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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

DIVERSÃO E TRISTEZA Evangelho Redivivo

Evangelho Redivivo

DIVERSÃO E TRISTEZA


Somos, em nosso dia-a-dia, levados a escolher algumas diversões para compensar o suposto desgaste de energia, em virtude do trabalho braçal ou mental. Optando pelo cinema, deparamo-nos com diversas cenas de morte e de violência; assistindo à telenovela, chafurdamo-nos nas imagens de traição, sexo, maldade e outras. De sorte que o resultado pode ser o contrário do que esperávamos, pois podemos acrescentar mais estresse ao invés de relaxamento. 

Lembremo-nos de que nunca somos espectadores passivos. Quer seja verdadeira ou não, a imagem jogada em nosso cérebro tem repercussão em nossos estados emocionais. O cérebro não é capaz de distinguir uma imagem verdadeira de uma falsa. Ele simplesmente produz substâncias químicas para lidar com as situações estressantes.  Havendo excesso dessas imagens, ele não terá condições de se defender adequadamente, passando essas sensações para o nosso estado emocional. À vezes ficamos tristes, sem razão aparente, e não percebemos que advém desses excessos. 

Nesse estado de desequilíbrio emocional, os Espíritos menos felizes aproveitam-se dessas brechas e nos influenciam negativamente, aumentando as sensações de derrotismo e de mau êxito. Quantas não são as vezes que nos perpassam um frio na barriga, um medo sem nexo e uma sensação doentia. O pensamento sombrio, uma vez iniciado, vai se fortificando, como uma bola de neve. Por isso, é preciso tomar consciência da situação e dar um basta. Se o deixarmos avançar, a ruptura futura pode ser bem mais difícil.

A conscientização deste estado mental sugere-nos dois tipos de atitude: 1) pedir auxílio aos benfeitores espirituais; 2) fazer esforço de mudar o foco da atenção. No caso especifico das diversões, podemos substituí-las por uma leitura balsamizante, um passeio em contato com a natureza e uma visita cordial. Caso não resolva o nosso problema, tentemos alguma atividade física, como por exemplo, a jardinagem. A Psicologia descobriu que as pessoas deprimidas olham muito para baixo. Por que não nos exercitarmos, de vez em quando, olhar para o alto?

O caminho da evolução requer a vigília constante de nossos pensamentos e ações. Deixarmo-nos levar pelo comodismo das circunstâncias é fácil; o difícil é enfrentar o ridículo dos homens e as contrariedades de nossa existência. Saibamos criar a nossa química mental de felicidade, a fim de que possamos estar bem, independente dos estímulos externos. Se formos colocados numa situação estressante, tomemos consciência dela; depois, removamos tudo o que possa atrapalhar a execução de nosso projeto de vida.

Nada nos é proibido. Contudo, saibamos proibir aquilo que possa atrapalhar o nosso equilíbrio psicofísicoespiritual.


SÉRGIO BIAGI GREGÓRIO



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