Evangelho Redivivo
DIVERSÃO
E TRISTEZA
Somos, em nosso
dia-a-dia, levados a escolher algumas diversões para compensar o suposto
desgaste de energia, em virtude do trabalho braçal ou mental. Optando pelo
cinema, deparamo-nos com diversas cenas de morte e de violência; assistindo à
telenovela, chafurdamo-nos nas imagens de traição, sexo, maldade e outras. De
sorte que o resultado pode ser o contrário do que esperávamos, pois podemos
acrescentar mais estresse ao invés de relaxamento.
Lembremo-nos de
que nunca somos espectadores passivos. Quer seja verdadeira ou não, a imagem
jogada em nosso cérebro tem repercussão em nossos estados emocionais. O cérebro
não é capaz de distinguir uma imagem verdadeira de uma falsa. Ele simplesmente
produz substâncias químicas para lidar com as situações estressantes. Havendo excesso dessas imagens, ele não terá
condições de se defender adequadamente, passando essas sensações para o nosso
estado emocional. À vezes ficamos tristes, sem razão aparente, e não percebemos
que advém desses excessos.
Nesse estado de
desequilíbrio emocional, os Espíritos menos felizes aproveitam-se dessas
brechas e nos influenciam negativamente, aumentando as sensações de derrotismo
e de mau êxito. Quantas não são as vezes que nos perpassam um frio na barriga,
um medo sem nexo e uma sensação doentia. O pensamento sombrio, uma vez
iniciado, vai se fortificando, como uma bola de neve. Por isso, é preciso tomar
consciência da situação e dar um basta. Se o deixarmos avançar, a ruptura
futura pode ser bem mais difícil.
A conscientização
deste estado mental sugere-nos dois tipos de atitude: 1) pedir auxílio aos
benfeitores espirituais; 2) fazer esforço de mudar o foco da atenção. No caso
especifico das diversões, podemos substituí-las por uma leitura balsamizante,
um passeio em contato com a natureza e uma visita cordial. Caso não resolva o
nosso problema, tentemos alguma atividade física, como por exemplo, a
jardinagem. A Psicologia descobriu que as pessoas deprimidas olham muito para
baixo. Por que não nos exercitarmos, de vez em quando, olhar para o alto?
O caminho da
evolução requer a vigília constante de nossos pensamentos e ações. Deixarmo-nos
levar pelo comodismo das circunstâncias é fácil; o difícil é enfrentar o
ridículo dos homens e as contrariedades de nossa existência. Saibamos criar a
nossa química mental de felicidade, a fim de que possamos estar bem,
independente dos estímulos externos. Se formos colocados numa situação
estressante, tomemos consciência dela; depois, removamos tudo o que possa atrapalhar
a execução de nosso projeto de vida.
Nada nos é
proibido. Contudo, saibamos proibir aquilo que possa atrapalhar o nosso
equilíbrio psicofísicoespiritual.
SÉRGIO BIAGI GREGÓRIO
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