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segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

*educar_010c_Tema Uniões Infelizes Separações Divórcios - nosso papo sobre* CONTINUAÇÃO

*educar_010c_Tema Uniões Infelizes Separações Divórcios - nosso papo sobre*

CONTINUAÇÃO

Oi Tati Boa Tarde!

Bom, eu sou bem inexperiente na Doutrina, mas pelo pouco que sei, posso te dizer que a maioria dessas dúvidas são originadas na nossa cabeça sabe, não tem muito a ver com a espiritualidade em si. Claro que se você está com o seu noivo, você tem um papel muito importante na vida dele. E esse papel é dar o melhor de si para ele e para a sua relação. Cada pessoa que passa na nossa vida deixa uma experiência e essas experiências, se nós soubermos as aproveitar, só tem a facilitar os nossos futuros relacionamentos.

Agora, esqueça o que passou, comece uma vida nova com seu noivo, aproveite esses momentos, que são únicos e tão legais, não é mesmo?

Sabe, eu falo isso por ser uma pessoa muito ciumenta e meu noivo nunca casou nem morou com ninguém, mas os mesmos pensamentos que você tem, eu também tenho. E percebo que muitas brigas são causadas por esses pensamentos. Procure, (assim como eu estou tentando hihihihihi) ter só pensamentos bons, ações boas, palavras boas. Pense, fale e aja só no bem, assim você estará atraindo para si só energias boas e entidades elevadas que irão te ajudar a responder todas essas questões. O tempo é nosso maior aliado, só que infelizmente, devido à nossa pouca evolução, nós não sabemos o aproveitar e enfiamos os pés pelas mãos (estou falando de mim, tá? hahahahaha)

Nos prendemos à questões sem importância e esquecemos de aproveitar os pequenos e valiosos momentos. Não se culpe pelas suas questões. Confie da infinita sabedoria de Deus que une e desune as pessoas sempre de acordo com o melhor pra nós. Ele é como um pai que muitas vezes precisa dizer "não" para um filho e deixá-lo triste momentaneamente por que vê que aquele "não" vai ser de extrema importância para o futuro de seu filho.

(Nossa, agora preciso aplicar isso tudo pra mim também hahahahahaha!)

Olha, agora que nos conhecemos, conte comigo sempre que precisar e sempre que essas nuvenzinhas aparecerem por perto, Ok?

PS: Que bom que você já marcou a data do casamento, meus parabéns! Eu fiquei noiva em janeiro agora e estou esperando meu noivo terminar o mestrado para que possamos estabilizar melhor nossa vida. Qualquer coisa, me escreva!
Bjs
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Uma dúvida meio boba,
Porque a gente precisa ter tantos encontros afetivos com diferentes pessoas? Porque a gente gosta de várias pessoas? Porque a gente gosta e depois desgosta?

É uma necessidade que a gente conheça várias pessoas? Todas elas teriam mesmo que passar por nossa vida para algum resgate ou coisa assim?

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Tentando responder algumas perguntas da Sandra: penso que muitos de nossos relacionamentos tem relação com carmas/dramas de outras encarnações, são pessoas que atraímos ou somos atraídos por afinidades (acho que explica porque às vezes achamos que amamos depois descobrimos que não é amor) ou por algum motivo espiritual específico. Acredito, também, que nosso espírito sinta necessidade de estar ao lado de alguém (nossa alma gêmea) e assim sentir-se completo, mas muitas vezes não a encontramos ou não a reconhecemos e acabamos nos relacionando com várias outras almas na tentativa de encontrá-la. E, li em um livro espírita (não lembro o nome, era um romance), que as almas gêmeas nem sempre andam juntas - encarnadas ou desencarnadas - e não estão obrigatoriamente no mesmo nível espiritual, sendo assim fica bem difícil reconhecermos e aceitarmos nossa(s) "metade(s)" exatamente como ela é.... Por isso entendo, que devemos nos preparar espiritualmente e emocionalmente, pra atraí-la e reconhecê-la. Acredito que se estivermos tranquilos, felizes e com muito amor no coração, atrairemos alguém exatamente assim, pois como sabemos semelhantes se atraem, não é verdade?!?!?!

Obrigada pela oportunidade de expor minhas ideias, espero ter conseguido passar meu recadinho. . . Beijos com carinho,
Alice

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Oi Alice Muito obrigada pelas explicações... Mas ainda tenho dúvidas...

Todos as pessoas com as quais nós nos relacionamos são carmas/darmas ou  são atraídos por afinidades. O que acontece quando por ex, um casal se separa, mas uma das partes ainda está amando e sofre com essa perda? De quem é a responsabilidade por esse sofrimento? Será que pelo fato de eu estar fazendo alguém sofrer, não estou aí desenvolvendo mais um débito?
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Os encontros e desencontros creio fazer parte da nossa necessidade de intercâmbio emocional, afetivo, de desenvolvimento da personalidade, de descobertas de nós mesmos; ou pelo menos deveríamos aproveitá-los para tal; fazendo parte também de nossa evolução e aprendizado para uma vida afetiva mais rica.

Não há como se responder firmemente que os diversos encontros são programados pela necessidade de reajuste entre aqueles dois espíritos, mas provavelmente há a necessidade da passagem do aprendizado com o relacionamento que se tem, até que se chegue, se for aquela uma das previsões da encarnação, a encontrar a alma afim para um encontro maior que culminará na formação do lar, em uma responsabilidade maior (maior porque os outros encontros também são de responsabilidade, ou deveriam ser).

A informação correta seria almas afins, conforme exposto no LE, na explicação dada no anexo existente em o livro O Consolador e no Livro do Roberto Lúcio (Sexualidade).

*educar_010d_Tema  Uniões Infelizes Separações Divórcios - nosso papo sobre*

Oi Pessoal, espero ter contribuído perante o tema.

Abraços

José Valdir

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*OS ESPÍRITAS E O CASAMENTO*

Casamento: união espiritual e física

À luz do Espiritismo, o casamento monogâmico, união permanente de um homem e uma mulher:

– é um progresso na marcha da humanidade (representa um estado superior ao de natureza, em que vivem os animais);

– atende à afinidade (que une os semelhantes) ou à necessidade de expiações (resgate ou correção de erros cometidos anteriormente), ou a missões (que regeneram e santificam);

– resulta de resoluções tomadas na vida do infinito, antes da reencarnação dos espíritos (livremente assumidas pelos que já sabem e podem fazê-lo; sob orientação dos mentores mais elevados, os que não estão habilitados para isso).

Tem, pois, o casamento um iniludível caráter e implicações espirituais. Deve-se basear no afeto e na responsabilidade recíprocos e ser respeitado e mantido o mais possível.

Empenhemo-nos com toda boa vontade, tolerância e devotamento aos nossos compromissos conjugais.

Divórcio: possível mas não aconselhável

O casamento, na Terra, não é indissolúvel de um modo absoluto, porque os espíritos aqui encarnados geralmente são pouco evoluídos: nem sempre atendem ao que ficara planejado na vida espiritual e nem sempre respeitam os compromissos que assumiram. A impossibilidade de separação do casal traria, em alguns casos, grandes danos morais e psicológicos aos cônjuges e poderia levar a atitudes desesperadas, como o suicídio ou o homicídio, sendo preferível, antes, a separação.

Respondendo aos israelitas sobre o divórcio, Jesus esclareceu: “Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres por causa da dureza dos vossos corações, mas ao princípio não foi assim”. (Mt. 19:8) É ainda pela dureza dos corações humanos que muitos casamentos se desfazem e o divórcio acontece.

Antes de concretizarmos uma separação conjugal, recorramos a todos os recursos de compreensão e harmonização possíveis:

– aconselhamento de psicólogos experimentados em assuntos de casais;

– meditação, oração e reuniões de assistência espiritual (muitas vezes a desarmonia do casal é provocada ou estimulada por nossos adversários espirituais).

Em caso da separação se tornar inevitável, convém que os cônjuges aguardem algum tempo sem assumirem novos interesses ou compromissos afetivos, para não obstar uma possível reconciliação.

Quando o divórcio acontece, não acaba com o objetivo espiritual daquele casamento, que apenas fica adiado e terá de ser retomado em outra oportunidade (talvez em outra encarnação). Só que a situação poderá ter-se agravado e ficado mais difícil para o cônjuge faltoso, pelo ressentimento e desconfiança que gerou ou por haver perdido a condição mais propícia para concretizar aquele objetivo.

Os cônjuges que souberem respeitar seu compromisso conjugal, tolerando-se e ajudando-se mutuamente, só terão a ganhar espiritualmente. Além de terem vencido suas provas ou expiações e de bem haverem cumprido seus deveres junto aos filhos, terão desenvolvido ou solidificado entre si invisíveis e duradouros laços de confiança e estima que os unirão de modo amigo e feliz, aqui e na vida do Além.

Quem cumpre fielmente seu papel espiritual e material no casamento, mesmo que seu cônjuge não cumpra bem sua parte, ficará liberado no plano espiritual da obrigação que o trouxera a esse casamento aqui na Terra.

*O casamento dos espíritas*

Que forma social ou religiosa devem os espíritas dar ao seu casamento?

Deve estar faltando orientação sobre isso nos centros espíritas porque, quando chega o momento de casar, muitos espíritas ainda não se sentem suficientemente esclarecidos ou convictos a respeito.

Examinemos, portanto, a questão. Faremos o estudo por etapas, pois apresenta diversos aspectos.

Quando os noivos são, ambos, espíritas.

O casamento civil sempre será observado, pois o Espiritismo, seguindo o evangélico preceito “daí a César o que é de César”, recomenda obediência às leis humanas que visam à ordem social.

Mas nenhuma cerimônia religiosa deverá ser programada, pois o Espiritismo – que procura nos libertar das exterioridades para nos ligar diretamente à vida espiritual – não tem sacramentos, dogmas ou rituais quaisquer nem sacerdócio organizado para efetuá-los.

Não quer dizer que falte ao espírita, em seu casamento, o aspecto espiritual. Pelo contrário, a espiritualidade estará presente em tudo.

Vejamos, por exemplo (relato ao final deste capítulo), como foi feito o casamento de Mário e Antonina, ambos espíritas, contado por André Luiz, no seu livro Entre o Céu e a Terra, psicografado por Francisco C. Xavier:

– houve cerimônia civil;

– não houve cerimônia religiosa;

– a comemoração espiritual não foi realizada em centro espírita (para não dar o caráter de cerimônia religiosa oficial);

– a prece foi proferida por um familiar dos noivos (para fazê-la não é preciso convidar um presidente de centro, um orador espírita, um médium, nem é preciso que um espírito se comunique para “dar a bênção”);

– houve intensa participação espiritual dos noivos, dos familiares e convidados, bem como dos amigos desencarnados.

Os noivos que forem verdadeiramente espíritas – mesmo que suas famílias não o sejam e queiram dar outra opinião – já sabem como se casar perante a sociedade e a espiritualidade.

E nenhum centro ou sociedade verdadeiramente espírita deverá realizar casamentos (quer em sua sede, quer em casa dos noivos ou outro local), pois o Espiritismo não instituiu sacramentos, cerimônias, rituais ou dogmas.

Quando só um dos noivos é espírita

Neste ponto, vamos expender uma opinião pessoal, que formulamos buscando o melhor entendimento espírita para a atualidade que vivemos. Que esta opinião seja meditada pelos confrades e aceita ou não, segundo o livre-arbítrio de cada um.

Inicialmente, é preciso considerar que vivemos numa sociedade em que predominam, de longa data, ideias e fórmulas religiosas diferentes das verdades espíritas. Nessa sociedade, os espíritas verdadeiros são ainda minoria e é pequena a probabilidade de que os seus pares para o casamento estejam na minoria de verdadeiros espíritas. E se nós, espíritas, não mais nos prendemos a essas ideias e fórmulas religiosas predominantes, outros (que são a maioria) ainda não conseguem se libertar delas.

Por outro lado, é certo que o espírita precisa ajudar a renovação das idéias religiosas e não conseguirá isso, se ocultar sempre o que já conhece e se ceder sempre aos atuais costumes religiosos. Além do que, o espírita tem o direito de não ficar preso às fórmulas religiosas que nada mais lhe significam.

Como fará, então, o espírita, quando o par escolhido for de outra religião? Parece-nos que deverá:

– procurar, logo na fase de namoro, verificar o entendimento religioso do futuro cônjuge;

– se houver possibilidade evolutiva no parceiro, trazê-lo ao entendimento espírita;

– não havendo essa possibilidade, analisar se, mesmo assim, os fatores de união persistem ou se é preferível não levar adiante o namoro.

Se, apesar da divergência religiosa, os laços afetivos e compromissos anteriores (assumidos no plano do espírito, como diz Emmanuel) levarem ao casamento, então o espírita se defrontará com a questão da forma de realizar esse casamento.

Quando o parceiro não-espírita tiver sincero fervor na religião que professa, a ponto de sentir-se “em pecado” e com traumas morais sem a cerimônia que o seu credo estabelece, parece-nos que o espírita (que está mais livre de injunções dogmáticas) poderá aceitar a forma externa do casamento segundo o costume da religião do seu cônjuge. Que “pecado” poderá haver, do ponto de vista espiritual, em comparecermos a uma igreja qualquer e partilharmos de uma prece, feita ela deste ou daquele modo?

Esta tolerância, porém, tem seus limites. Só se justifica diante de uma verdadeira necessidade espiritual do parceiro e não quando ele for religioso apenas de rótulo ou por convenção social. Nem deverá ser concedida quando a exigência da cerimônia é feita pela família dos noivos, sem qualquer necessidade espiritual destes.

Também não irá a tolerância a ponto de o espírita aceitar os sacramentos individuais (batismo, confissão, comunhão) para a realização da cerimônia. Somos livres para acompanhar o cônjuge à cerimônia indispensável para ele, mas, também, somos livres para não aceitar imposições pessoais, a que só com hipocrisia poderíamos atender. Caberá à outra parte conseguir a dispensa dos sacramentos individuais para o espírita.

E o vestido branco?

Vestir-se a noiva de branco faz parte dos costumes e tradições de nosso povo mas, a rigor, não é obrigatório nem mesmo na Igreja Católica.

Case-se com esse traje a jovem que assim o quiser, usando-o no civil ou na festa familiar, sem precisar querer uma cerimônia religiosa só para vestir o seu vestido branco, pois essa moda nada tem a ver com religião ou espiritualidade.

O casamento de Mário e Antonina


“Mário e a viúva esperavam efetuar o matrimônio em breves dias. Visitamos o futuro casal, diversas vezes, antes do enlace que todos nós aguardávamos, contentes.

Amaro e Zulmira, reconhecidos aos gestos de amizade e carinho que recebiam constantemente dos noivos, ofereceram o lar para a cerimônia que, no dia marcado, se realizou com o ato civil, na mais acentuada simplicidade.

Muitos companheiros de nosso plano acorreram à residência do ferroviário, inclusive as freiras desencarnadas que consagravam ao enfermeiro particular estima. A casa de Zulmira, enfeitada de rosas, regurgitava de gente amiga.

A felicidade transparecia de todos os semblantes. À noite, na casinha singela de Antonina, reuniram-se quase todos os convidados novamente.

Os recém-casados queriam orar, em companhia dos laços afetivos, agradecendo ao Senhor a ventura daquele dia inolvidável. O telheiro humilde jazia repleto de entidades afetuosas e iluminadas, inspirando entusiasmo e esperança, júbilo e paz. Quem pudesse ver o pequeno lar, em toda a sua expressão de espiritualidade superior, afirmaria estar contemplando um risonho pombal de alegria e de luz.

Na salinha estreita e lotada, um velho tio da noiva levantou-se e dispôs-se à oração. Carência abeirou-se dele e afogou-lhe a cabeça que os anos haviam encanecido, e seus engelhados lábios, no abençoado calor da inspiração com que o nosso orientador lhe envolvia a alma, pronunciaram comovente rogativa a Jesus, suplicando-lhe que os auxiliasse a todos na obediência aos seus divinos desígnios”.

(Do livro Entre o Céu e a Terra, de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier.).

*Avaliação:*

1) Por que os espíritas precisam casar no civil?

2) Há necessidade de cerimônia religiosa para o casamento? Por quê?

3) O aspecto espiritual estará presente no casamento de espíritas:

(  ) No sentimento verdadeiro que leva os cônjuges a voluntariamente se unirem, assumindo responsabilidade espiritual pela vida em comum.

(   ) No pedido de orientação e proteção espiritual que fazem os noivos, seus familiares e amigos, em favor do novo lar que se está formando.



*Bibliografia:*

*De Allan Kardec:*

– O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXII;

– O Livro dos Espíritos, perguntas 695 a 701.

*De Emmanuel:*

– O Consolador, pergunta 179.

 (José Valdir)

*SEGUE*



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