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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

*Pensar o Espiritismo* *Doutrina* MORTE

*Pensar o Espiritismo*





*Doutrina*



MORTE



Morte – Do lat. mortem – é simplesmente definida como ausência de vida;  foi sempre vista como mistério, superstição  e  fascinação pelo homem. De acordo com o Espiritismo, é o desprendimento total do  Espírito do corpo físico, em conseqüência da ruptura do  laço fluídico  que  prende  ou liga um ao outro,  quando  então  há o falecimento.

As sociedades modernas negam a morte. Nos Estados Unidos há o "Funeral  Home", ou seja, "casa de embelezamento de cadáver".  As altas tecnologias desenvolvidas para tratar as doenças dão  certa supremacia  aos  médicos. Atualmente, muitas crianças só  vêem  o falecimento através de filmes. Isso porque a maioria das  pessoas passa  os últimos instantes de sua existência em  hospitais,  que foram construídos para salvar vidas. A morte, em certo sentido, é uma derrota da medicina.

As religiões têm exercido poderosa influência nas "atitudes"  dos indivíduos com relação ao passamento. No Catolicismo, há a imagem do   fogo  eterno  queimando  nossas  entranhas;  nas   Doutrinas Orientais,  a  volta  do Espírito em um  corpo  animal.    Além     da questão  religiosa, há os erros de abordagem: tudo termina com  a morte;  imersão  no desconhecido; excesso de  preparação  para  o desenlace; dúvidas com relação à imortalidade e ilusão de  sermos indispensáveis à família.

Allan Kardec, no livro O Céu e o Inferno, trata exaustivamente do problema da morte. Diz-nos que o temor da morte decorre da  noção insuficiente  da vida futura, embora denote também a  necessidade de  viver e o receio da destruição total. Segundo o seu ponto  de vista,  o espírita não teme a morte, porque a vida deixa  de  ser uma   hipótese   para  ser  realidade.   Ou   seja,   continuamos individualizados  e sujeitos ao progresso, mesmo na  ausência  da vestimenta física.

Nós,  os  chamados civilizados, deveríamos aprender a  morrer.  É possível  que  o  desenvolvimento econômico  e  industrial  tenha obscurecido  nossa  mente sobre o fato. Contudo, cedo  ou  tarde, teremos  de  enfrentar o problema. Sócrates,  filósofo  grego  da Antigüidade, já nos alertava que a Filosofia nada mais é do que o estudo  da  morte. Pergunta-se: como anda o nosso treino  para  o desenlace?

A   transição   serena  exige   tranqüilidade   de   consciência. Desapeguemo-nos,  assim,  dos nossos familiares, de  nossos  bens materiais e de tudo aquilo que possa dificultar a nossa partida.


                      *ARTIGOS DE SÉRGIO BIAGI GREGÓRIO*



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