*Pensar
o Espiritismo*
*Doutrina*
*DEPOIS DA MORTE*
O que devemos esperar além-túmulo? Nada de expectativas exageradas,
porque as mudanças não se dão aos saltos; o progresso é lento e
ininterrupto. A morte apenas indica uma mudança de plano, de
dimensão. Quando encarnados, temos um corpo físico; desencarnados,
ficamos sem ele. Contudo, continuamos vivos, sendo esta a grande
surpresa dos que cometem o suicídio.
Geralmente, o Espírito passa por uma perturbação, que pode ser
longa ou curta, dependendo de sua evolução moral e espiritual. É o
tempo necessário para a sua adaptação ao outro mundo, o verdadeiro
mundo do Espírito. Lembremo-nos de que embora os maus fiquem mais
tempo nesse estado de perturbação, nem por isso estarão isentos do
socorro dos mentores espirituais, pois segundo a orientação
evangélica: “Nenhuma das ovelhas se perderá”.
O céu e o inferno fazem parte da ortodoxia católica, em que
pressupõe lugares circunscritos no plano espiritual. O Espiritismo
esclarece que tanto um quanto o outro deve ser entendido como estados
mentais. Se, ao desencarnarmos, formos bafejados pelos eflúvios
balsâmicos dos benfeitores espirituais, poderemos nos considerar no
céu; se, ao contrário, formos influenciados por vibrações
pesadas, no inferno. Dolorosa, cheia de angústias para uns, a morte
não é, para outros, senão um sono agradável seguido de um
despertar silencioso.
Há íntima relação entre o perispírito e o desencarne. Quanto
mais sutis e rarefeitas são as moléculas constitutivas do
perispírito tanto mais rápida é a desencarnação, tanto mais
vastos são os horizontes que se rasgam ao Espírito. Devido ao seu
peso fluídico e às suas afinidades, ele se eleva para os gozos
espirituais que lhe são similares. Cada perispírito pode ser
comparado com balões cheios de gases de densidades diferentes que,
em virtude de seus pesos específicos se elevam a alturas diversas.
Porém, como Espírito tem vontade e livre-arbítrio, ele pode
modificar as tendências em curso.
As sensações descritas pelos Espíritos desencarnados assemelham-se
e podem ser resumidas da seguinte forma: todos afirmam terem se
encontrado novamente com a forma humana, nessa existência; terem
ignorado, durante algum tempo, que estavam mortos; haverem passado,
no curso da crise pré-agônica, ou pouco depois, pela prova da
reminiscência sintética de todos os acontecimentos da existência
que se lhes acabava; acolhidos pelos familiares e amigos; haverem
passado “sono reparador”; terem passado por um túnel.
Muitas religiões prometem recompensas além-túmulo. O Espiritismo
não faz tal assertiva; o mesmo ocorre com o Budismo. O Espiritismo
explica-nos que há uma lei – a de causa e efeito –, que se
cumpre no mundo dos Espíritos. De acordo com essa lei, aqueles que
na Terra viveram em erro e distantes dos princípios cristãos,
deverão sofrer as conseqüências desagradáveis (dor, remorso e
inquietação); aqueles, que viveram plenamente a prática do bem,
terão como conseqüência a felicidade dos bem-aventurados.
Para muitos, a morte é um grande enigma, é o ponto de ruptura dos
sonhos e das realizações terrenas. Quanto a nós, instruídos pela
sabedoria dos Espíritos superiores, saibamos interpretá-la como uma
mera continuidade desta vida.
*ARTIGOS DE SÉRGIO BIAGI GREGÓRIO*
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