Pensar o Espiritismo
Doutrina
DIREITOS
E DEVERES
Entende-se por direito a faculdade legal de praticar ou
deixar de praticar um ato. De acordo com as Leis Naturais, temos o direito de
ser livre. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, datada de 10 de
dezembro de 1948, sintetiza, nos seus trinta artigos, a posição assumida pela
Organização das Nações Unidas, o que se entende por direitos fundamentais da
pessoa humana. Deduz-se que todos têm direito
à vida, todos têm direito ao trabalho, todos têm direito ao respeito como seres
humanos...
Ao lado dos
direitos, cada um de nós tem também deveres: para consigo mesmo (sua
consciência); para com o próximo; para com o mundo em que habita. Acontece que
visamos muito mais aos direitos do que aos deveres. Exemplo: exigimos o direito
de liberdade, mas negligenciamos o dever de ser livre. Como explicar? Observe
que todo o ato livre, para que realmente seja livre, deve ter como conseqüência
uma ampliação da liberdade. O vício, que é um ato livre, não amplia a nossa
liberdade, porque a necessidade gerada cria uma dependência, impedindo a
continuidade dos atos livres.
A vida é composta
de direitos e deveres. Importa saber qual é a nossa parcela dos direitos e dos
deveres para que assim, cumprindo com os deveres que a nossa consciência nos
indicar, adquiramos o direito em relação ao próximo e à sociedade. Ninguém é
herói por acaso. Faltava-lhe as circunstâncias para por em prática tudo o que
arquitetara, silenciosamente, no seu subconsciente. Há muita sabedoria na
frase: “A vida de deveres fáceis e enfadonhos não é tão fácil quanto parece”. O
óbvio não é tão óbvio quanto o senso comum o apregoa.
Entre a projeção
de um ideal e sua realização há geralmente muita dor. Essa dor precisa ser
melhor avaliada. Diz-se, muitas vezes, que o homem sofre porque ignora. Será
isso verdade? Há várias espécies de dor: dor-auxílio, dor-provação e
dor-evolução. Observe que a dor é o aguilhão que nos faz voltar para dentro de nós
mesmos, no sentido de perscrutarmos o nosso íntimo, para criarmos condições de
encetar a verdadeira transcendência do espírito imortal. É nesse momento que,
impulsionados pela nossa fraqueza, nossa pequenez, pedimos perdão àqueles que
ofendemos, que injuriamos. Será que de outra forma o faríamos?
E como não estamos
encarnados para borboletear, temos de fazer esforços para construir uma
consciência tranqüila, livre dos preconceitos e das opiniões do senso comum.
Não adianta simplesmente agirmos de acordo com a consciência; temos de agir de
acordo com a consciência bem formada. Se, os nossos esforços diários forem
suficientes, iremos paulatinamente substituindo as sensações dos sentidos
físicos pelas sensações dos sentidos espirituais, os quais nos dão fortaleza,
bom ânimo e forças para o cumprimento de todos os nossos deveres.
Estejamos
despertos mais para o cumprimento dos deveres do que para o atendimento aos
prazeres materiais. Somente assim construiremos uma personalidade e um caráter
que sirvam para todas as situações.
ARTIGOS DE SÉRGIO BIAGI GREGÓRIO
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