*Espiritismo Comparado*
*ÉTICA
E ESPIRITISMO*
Ética - etimologicamente deriva da
palavra grega ethos (comportamento).
É a parte da Filosofia que se ocupa do valor do comportamento humano.
Investiga, assim, o sentido que o homem impõe à sua conduta para ser
verdadeiramente feliz.
A consciência
moral e a liberdade humana estão intimamente ligadas. Por consciência moral, entende-se a capacidade que o homem tem de
julgar e escolher o seu próprio caminho na vida. Já, a liberdade, refere-se à possibilidade da escolha deste ou daquele
caminho. A liberdade não é algo que se forma no vazio, mas dentro das
limitações impostas pelas circunstâncias. Assim sendo, o exercício da liberdade
é a luta que o homem trava para ampliar ou romper esses limites.
Os grandes
filósofos sempre destacaram os valores morais em suas obras. Aristóteles em A Ética a Nicômaco, desenvolve, em
detalhes, o acervo dos conceitos sobre a ação humana e sua relação com as
idéias elevadas de uma vida superior. Espinosa, em A Ética, encerra extensa doutrina sobre a maneira de fortalecer as
virtudes e combater as paixões. Em Kant, a Ética é deixada ao sabor da própria
consciência, onde a ação humana é ditada pela “boa vontade”, ou seja, pela
intencionalidade do eu.
Allan Kardec
em O Livro dos Espíritos, quando
trata das Leis Morais, define a moral como a regra da boa conduta e portanto,
da distinção entre o bem e o mal. Dá sua contribuição à formação da ética
espírita. Em sua resposta à pergunta 630 - como se pode distinguir o bem do mal? -, diz-nos que o bem é tudo o que
está de acordo com a lei de Deus e o mal é tudo o que dela se afasta. Assim,
fazer o bem é se conformar à lei de Deus; fazer o mal é infringir essa lei.
A Ética
espírita é uma decorrência da Lei Natural. Contudo, o Codificador, para lhe dar
um cunho de praticidade, legou-nos O
Evangelho Segundo o Espiritismo, como norma de conduta. Observe que, das
cinco partes das matérias contidas nos Evangelhos: os atos comuns da vida do
Cristo, os milagres, as profecias, as palavras que serviram para o
estabelecimento dos dogmas da Igreja e o ensinamento mora, ateve-se,
exclusivamente, à última, por se tratar de um código divino onde a própria
incredulidade se inclina.
O
comportamento ético-espírita só pode fixar-se e expandir-se em terra fértil.
Desta forma, o adepto do Espiritismo deve, em primeiro lugar, limpar, adubar e
regar o “terreno interior”, a fim de
criar condições favoráveis de receber a semente evangélica para,
posteriormente, fazê-la frutificar canto por um.
Fonte de Consulta
COTRIM, G.. Fundamentos
da Filosofia - Para uma Geração
Consciente. 5.ed., São Paulo, Saraiva, l990.
SÃO MARCOS, M. P.. Filosofia Espírita e seus Temas. 1.ed.,
São Paulo, FEESP, l993.
KARDEC, A.. O Livro dos Espíritos. São Paulo, FEESP,
l972.
*ARTIGOS DE SÉRGIO BIAGI
GREGÓRIO*
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