*Evangelho Redivivo*
*FÉ:
MÃE DA ESPERANÇA E DA CARIDADE*
Fé – do lat. fide
- significa adesão e anuência pessoal a Deus, a seus desígnios
e manifestações; firmeza na
execução de sua promessa ou compromisso. Esperança – do lat. sperantia, do verbo sperare
–, ato de esperar o que se deseja;
aquilo que se
espera ou deseja. Caridade
– do lat. caritate - é o amor que
move a vontade à busca efetiva do
bem de outrem, identificando-se com o amor de Deus.
A fé é um
sentimento inato no indivíduo. A direção dada a esse sentimento pode ser
cega ou raciocinada.
A fé cega, não examinando nada, aceita sem controle o
falso como verdadeiro, e se
choca, a cada passo, contra a evidência e a razão; levada ao excesso
produz o fanatismo. A fé raciocinada,
a que
se apoia sobre os
fatos e a lógica, não
deixa atrás de
si nenhuma obscuridade; crê-se
porque houve consentimento da razão.
Há virtudes cardeais e virtudes teologais. As
virtudes cardeais compreendem a justiça,
a prudência, a temperança e a fortaleza. As virtudes teologais, ou
seja, aquelas em que há os dons infusos por
Deus, são representadas pela fé pela esperança e pela
caridade. Dentre
as virtudes teologais, a fé ocupa
lugar de destaque, pois
dá embasamento à esperança
e à caridade.
A caridade, por sua
vez, é a mais perfeita,
porque pode ser praticada, indistintamente, por todas as
classes sociais.
A fé, mãe da
esperança e da caridade, é filha do sentimento e da razão. Quer dizer, a fé, ao ser movida
pelo livre-arbítrio, tem o suporte do sentimento e da razão, que lhe dão
garantia de obter o esperado, desde que
aja caritativamente. Nesse
sentido, o Espírito Emmanuel diz-nos: "A fé é guardar no
coração a certeza iluminada de
Deus, com todos os valores da razão
tocados pelo perfume do
sentimento".
A esperança e a
caridade, como vimos, são filhas da fé. Esta deve velar pelas filhas que tem.
Para isso, convém construir a base do edifício em fundações sólidas. A nossa fé tem de ser mais forte do que os sofismas e as zombarias dos
incrédulos, porque a fé que não
afronta o ridículo dos homens não
é a verdadeira fé. Além disso,
para que a fé seja proveitosa, deve ser ativa, ou
seja, não deve-se entorpecer.
A esperança
é fruto da crença em Deus. Pratiquemos, pois, a caridade no presente, a
fim de tornarmos certo o futuro incerto.
*SÉRGIO BIAGI GREGÓRIO*
Nenhum comentário:
Postar um comentário