Segundo a Doutrina Espírita, a educação representa o
desenvolvimento intelecto-moral, não se resumindo na mera instrução escolar,
que visa o futuro desempenho de uma profissão, conforme se pensa atualmente,
por influência da mentalidade materialista.
O Espírito André Luiz, no seu livro “Mecanismos da
Mediunidade”, psicografado por Francisco Cândido Xavier, esclarece que, no
período infantil, devido ao fato do Espírito encarnado estar ainda vivendo uma
espécie de “sonolência espiritual”, a influência que os seus cuidadores (pais
ou equivalentes) exercem sobre ele representa verdadeira hipnose, sendo que os
modelos de pensamento, sentimento e ação sugeridos costumam perdurar no
psiquismo deste último pelo resto da vida, salvo quando se tratam de Espíritos
de significativa evolução, os quais, por sua própria superioridade, se tornam imunes
às eventuais influências negativas do ambiente onde vivem.
Conclui-se, daí, a responsabilidade dos cuidadores
pelas imagens que implantam na mente das crianças.
Francisco Cândido Xavier dizia: “Cada um é responsável
pelas imagens que plasma na mente dos seus semelhantes.” Afirmava assim quanto
às ideias que sugerimos aos demais irmãos e irmãs em humanidade. Imaginem-se as agravantes quando se tratam de crianças, praticamente
indefesas pela própria condição de “sonolência espiritual”, conforme explica a
Doutrina Espírita!…
Nossas atitudes diárias, os pequenos detalhes que
aparentemente passam despercebidos nas nossas palavras, ações e omissões e os
nossos próprios pensamentos, que são assimilados pelas crianças, impregnam-nas
e, quando negativos, plasmam os modelos que tendem a transformá-las em
verdadeiros problemas ambulantes, que trarão dificuldades a serem
enfrentadas pelos professores nas escolas, sujeitos ao desrespeito por parte de
alunos arrogantes; pelos colegas, vítimas de booling e agressões verbais e até
físicas; e, futuramente, nos ambientes de trabalho, através da má vontade no
trato com colegas, chefes e o público em geral.
Tudo isso deve ser pensado pelos adultos para que,
autoanalisando-se, verifiquem o tipo de exemplos, mais do que de palavras, que
passam às novas gerações.
O ingresso da Terra na categoria de mundo de
regeneração depende não só da determinação do Divino Governador, que é Jesus, mas
da contribuição de cada criatura transformada em “homem novo”,
multiplicadora de bons exemplos de humildade, desapego e simplicidade.
A humildade significa a postura interna e externa de
respeito à filiação divina de cada um dos demais irmãos e irmãs em humanidade;
o desapego representa a valorização da evolução intelecto-moral muito mais do
que os interesses materiais; e a simplicidade se traduz na aceitação e
aprovação dos méritos alheios, sem desejo de autopromoção inútil e valorização
dos outros.
Sem exemplificarmos diariamente essas virtudes,
estaremos condenando nossas crianças, adolescentes e jovens ao fracasso
espiritual, devendo responder, perante a Justiça Divina, pelas consequências da
sua mentalidade competitiva, questionadora, exclusivista, elitista,
antidemocrática, antifraterna, egocêntrica, em suma, em desacordo com as Leis
Divinas.
“A semeadura é espontânea, mas a colheita é
obrigatória”: atentemos para essa realidade do mundo moral!
Luiz Guilherme Marques
GRUPOS UNIVERSO ESPÍRITA - WHATSAPP E TELEGRAM
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