NOTAS DA GRANDE IMPRENSA
A revista “Época”, de 6 de dezembro, publicou entrevista com
a precursora do Estudo de Conversas Cotidianas, Deborah Tannen, autora de 19 livros
sobre o tema.
Deborah, que atualmente coordena a cátedra na Universidade
Georgetown, em Washington, disse ao repórter Alexandre Mansur como é possível
evitar conflitos domésticos, prestando atenção um pouco mais no que o outro
quer dizer, mesmo quando o seu desejo não esteja explícito, mas expresso de
forma subliminar nas chamadas mensagens ocultas.
“Imagine um casal diante do menu no restaurante. Quando o
homem anuncia que vai escolher um filé com fritas, a mulher diz: ‘Reparou que
eles também têm salmão?’ O homem protesta: ‘Pare de criticar o que eu como’.
Ela se defende: ‘Eu não critiquei. Só mostrei um prato que podia lhe agradar’.
A razão do desentendimento, no nível do que é dito, é que a sugestão da mulher
não era uma crítica. Mas o homem sabe que ela está falando de seus excessos com
carne vermelha. A impressão de desaprovação não vem da mensagem, mas da
metamensagem, baseada na história comum do casal. Entender isso evita que
discussões repisem os mesmos pontos” – afirma ela.
Segundo a estudiosa, todas as conversas dentro da família
são muito mais que troca de informação, no fundo são manobras de conexão e de
controle. “Usamos cada conversa como forma de nos aproximar ou nos afastar do
outro membro da família. Desejamos estar próximos o suficiente para nos sentir
protegidos, mas não tanto que fiquemos sufocados” – ressalta.
“O lar é a célula primeira da sociedade”. Frase bastante
conhecida, seu sentido ganha maior amplitude quando se lança sobre ela o
aspecto espiritual dos laços que unem os indivíduos que compartilham um mesmo
teto. No livro “Família”, o benfeitor Emmanuel, pela psicografia de Chico
Xavier, aponta alguns caminhos que podem auxiliar na convivência doméstica,
como na mensagem “Em família”:
“A família consangüínea é lavoura de luz da alma, dentro da
qual triunfam somente aqueles que se revestem de paciência, renúncia e
boa-vontade.
De quando a quando, o amor nos congrega em pleno campo da
vida, regenerando-nos a sementeira do destino.
Geralmente, não se reúnem a nós os companheiros que já
demandaram à esfera superior, dignamente aureolados por vencedores, e sim
afeiçoados menos estimáveis de outras épocas, para restaurarmos o tecido da
fraternidade, indispensável ao agasalho de nossa alma, na jornada para os cimos
da vida.
Muitas vezes, na condição de pais e filhos, cônjuges ou
parentes, não passamos de devedores em resgate de antigos compromissos.
(...) Aprende a usar a bondade, em doses intensivas,
ajustando-a ao entendimento e à vigilância para que a tua experiência em
família não desapareça no tempo, sem proveito para o caminho a trilhar.
Quem não auxilia a alguns, não se acha habilitado ao socorro
de muitos. Quem não tolera o pequeno desgosto doméstico, sabendo sacrificar-se
com espontaneidade e alegria, a benefício do companheiro de tarefa ou de lar,
debalde se erguerá por salvador de criaturas e situações que ele mesmo desconhece.
(...) Se não praticas no grupo familiar ou no esforço
isolado a comunhão com Jesus, não te demores a buscar-lhe a vizinhança, a
inspiração e a diretriz.
Não percas o tesouro das horas em reclamações improfícuas ou
destrutivas.
Procura entender e auxiliar a todos em casa, para que todos
em casa te entendam e auxiliem na luta cotidiana, tanto quanto lhes seja
possível.
O lar é o ponto de onde a alma se retira para o mar alto do
mundo, e quem não transporta no coração o lastro da experiência dificilmente
escapará ao naufrágio parcial ou total.
Procura a paz com os outros ou a sós. Recorda que todo dia é
dia de começar.”
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