Os Espíritos Superiores que ditaram a Doutrina
Espírita para Allan Kardec lhe afirmaram que a Lei Divina está escrita na
consciência.
Façamos algumas reflexões sobre essa importantíssima
revelação.
Como se sabe, o Pai Celestial criou cada ser “simples
e ignorante”, sem que tenhamos condições de conhecer o ponto de partida,
presumivelmente menos complexo ainda do que o que chamamos de Reino Mineral.
Destinados todos os seres à perfeição relativa – tanto
que Jesus disse: “Vós sois deuses. Vós podeis fazeis fazer tudo que Eu faço
e muito mais ainda”. – a simples “semente” gradativamente vai se tornando o “carvalho
gigantesco”, através das reencarnações, que são o caminho da evolução, passando
pelos Reinos inferiores da Natureza até os níveis superiores à angelitude.
A Lei Divina deve ter sido inserida na essência de
cada ser no instante mesmo da sua criação, ou seja, quando o Pai, pela primeira
vez, pensou nele como Seu filho amado.
Sabemos que o fato do Pai Celestial pensar em nós nos
mantém vivos, pois Seu Pensamento é a Única Força que realmente existe no
Universo, sendo o mais meros reflexos e consequências dessa Potência.
Como a Lei Divina atua na consciência de cada ser? –
Sustentando-lhe a vida e a evolução conforme o molde programado pelo Pai.
Nos seres humanos que já alcançaram nosso grau
evolutivo intelecto-moral, ela avalia nossos pensamentos, sentimentos e ações,
informando-nos, pelos resultados da paz interior ou seu contrário, se
estamos adequados à Lei.
Não há como fugir dessa realidade, pois um dos itens
da Lei, que é a de Causa e Efeito, também chamada Lei do Carma, recompensa ou
penaliza conforme o padrão moral adotado, sendo sua atuação automática, como
todas as demais previsões da Lei.
No nível intelectual em que nos encontramos, são-nos
cobradas as virtudes da humildade, do desapego e da simplicidade, pois que já
temos condições de pensar, sentir e agir segundo esse padrão.
Caso contrariemos a exigência consciencial, os
resultados nos acompanham de variadas formas, gerando sofrimentos que
medicamento material algum pode curar ou fuga psicológica nenhuma exime de
suportar.
Essas virtudes correspondem àquelas que Jesus ensinou,
traduzíveis na expressão: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como
a si mesmo.”
A humildade nos faz reconhecer que somos uma peça na
engrenagem universal, submetida ao Pai; o desapego nos leva a colocar nossa
evolução intelecto-moral acima das coisas e interesses materiais; a
simplicidade nos ensina a modéstia.
A consciência vai-se iluminando à medida que cumprimos
nossos deveres, ou seja, adequamo-nos à Lei Divina: assim é que os Espíritos
Superiores a tem muito mais acordada e exigente que a nossa.
Não é o nível intelectual que a faz mais aperfeiçoada,
pois a inteligência pode representar mero acervo de conhecimentos horizontais,
ligados às coisas e interesses materiais. O que importa e define seu nível é o
conhecimento das Coisas de Deus, objetivo dos seres que já despertaram para o autoconhecimento
no sentido mais elevado da palavra.
As coisas do mundo são pequenas perto das Coisas de
Deus e é grande a distância que existe entre os que se dedicam às últimas em
relação aos que se ocupam das primeiras.
Infelizmente na nossa época, quanta gente há que se
ocupa das primeiras e vive horizontalmente!
Temos de procurar despertá-las para a superação dessas
amarras e levá-las à sintonia com os padrões mais elevados da inteligência
iluminada pela moralidade.
Peçamos, nas nossas orações, ao Pai Celestial que nos
desperte mais ainda ao mesmo tempo que conceda a compreensão das Coisas Divinas
aos nossos irmãos e irmãs em humanidade, pois assim estaremos
contribuindo para o ingresso da Terra na classe dos mundos de regeneração.
Luiz Guilherme Marques
GRUPOS UNIVERSO ESPÍRITA - WHATSAPP E TELEGRAM
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