O CANDOMBLÉ
Os negros africanos, ao chegarem ao Brasil, trouxeram um culto
primitivo, oriundo de sua pátria, conhecido como Candomblé. Aparentemente de
maneira infantil, cultuavam alguns deuses chamados por eles de
"orixás". Essas divindades seriam, por um lado, ligadas à natureza e por
outro aos homens.
Praticantes seculares do mediunismo, os negros adeptos do Candomblé,
não aceitavam e não aceitam até hoje, a "incorporação" em seus
médiuns de Espíritos de "mortos". No Candomblé um Espírito errante é
chamado de "egum".
Nos terreiros de Candomblé, só se manifestam mediunicamente as
divindades chamadas de "orixás".
O Panteão Africano constitui-se basicamente por sete Orixás Maiores e
ainda por muitos Orixás Menores. Os primeiros, são voltados para o lado mais
divino da obra de Deus. Os últimos, são mais ligados à própria criatura humana.
Os "orixás", ao presidirem a própria natureza através de
seus agentes, trariam em si características de personalidade que os ligariam a determinados
estados evolutivos da espécie humana. A vibração provocada pelo tipo de
personalidade de um certo indivíduo, vai colocá-lo sob a influência de determinado
"Orixá". Diz-se, então, que ele é oriundo daquela faixa psíquica, ou como
fazem no Candomblé, que ele é "filho de Santo".
Os Orixás maiores são:
OXALÁ - Símbolo da natureza religiosa, santificada. Não é Deus, mas
está abaixo Dele, presidindo seus desígnios. Para os iniciados é o Cristo, para os
umbandistas, Jesus. Na natureza, liga-se aos céus e tudo o que nele há.
IEMANJÁ - Símbolo da natureza feminina, da beleza e da reprodução. Na
natureza, liga-se às águas do mar. No sincretismo, Nossa Senhora.
XANGÔ - Símbolo da justiça. Envolve o cumprimento da lei de causa e
efeito, com os seus "agentes" de naturezas diversas. Segundo os
estudiosos, é esse orixá que dá origem à justiça terrena. Na natureza liga-se
às montanhas. No sincretismo, seria São Jerônimo.
OGUM - Simboliza a idéia de trabalho, de luta, de guerra, de vitória.
Na natureza, liga-se aos metais. No sincretismo, é São Jorge.
OXÓSSI - Simboliza a natureza jovem, de homens e mulheres, a alegria
saudável, a energia jovial. Na natureza está ligado às matas. No sincretismo, é
São Sebastião.
IORIMÁ - é símbolo de maturidade, de serenidade, amor, compreensão e
humildade.
Na natureza, liga-se à movimentação das águas, cachoeiras etc. É o
estado de experiência do velho. No sincretismo, é São Cipriano.
IORY - Traz em si a natureza infantil. Representa as vibrações
inocentes da criança, sua simplicidade etc. Na natureza, simboliza a alegria
existente nas matas, nos rios, nos lagos etc. No sincretismo, é Cosme e Damião.
Essas variedades de divindades formam o mundo dos Orixás, dos
sentimentos, com o qual cada criatura possui sintonia em determinada faixa,
segundo o grau evolutivo que atingiu em sua ascensão espiritual.
Mas, conforme o Candomblé, existe outro lado espiritual, de uma
natureza ruim, onde as mentes se encontram em desequilíbrio: é o reino de Elegbara.
Na Umbanda é conhecido como mundo de Exu e na Igreja católica, como região do
Diabo.
A origem dos orixás, segundo as lendas do povo africano, é a
fragmentação do pensamento criativo, quando este, por sua vontade, vai presidir a
criação de determinado orbe. Os orixás não estariam sujeitos à evolução, embora
fossem ligados aos Espíritos que o estão, pela afinidade vibratória que os caracterizam.
Filhos do grande "Olorum" (Deus Pai), os "orixás"
seriam cumpridores de Sua vontade, em plano mais grosseiro. As histórias narradas pelas lendas,
à primeira vista parecem infantis, mas quase sempre elas possuem fundamentos
lógicos. Infelizmente, tudo o que veio da África está atualmente muito diluído,
misturado à prática de adivinhações, de baixa magia e de rituais inconsequentes.
Entretanto é importante que se compreenda as origens dessa crença a fim de que
se tenha uma visão mais completa do que ela representa em nossa
cultura.
José Queid Tufaile Huaixan
GRUPOS UNIVERSO
ESPÍRITA - WHATSAPP E TELEGRAM
16 9 97935920 -
31 8786-7389
Nenhum comentário:
Postar um comentário