A Cura Espiritual e a Medicina Oficial da Terra
A CURA ESPIRITUAL
1. A PRINCIPAL FINALIDADE DO ESPÍRITISMO É “CURAR” O ESPÍRITO
O Espiritismo não tem como finalidade principal urgente a cura das
doenças do corpo.
Embora, sem alarde, coopere nesse setor de ordem humana, o seu
objetivo relevante é ensinar, é orientar o espírito, no sentido de libertar-se
de seus recalques ou instintos inferiores até alcançar a “saúde moral” da
angelitude.
Por conseguinte, não pretende competir deliberadamente com a medicina
do mundo, conforme pressupõe alguns médiuns e neófitos espíritas.
Se esse objetivo fosse o essencial, então, os mentores que orientaram
Allan Kardec na codificação da doutrina espírita certamente ter-lhe-iam
indicado todos os recursos e métodos técnicos que assegurassem aos médiuns
seguro êxito terapêutico no combate às doenças que afetam a humanidade.
2. OS ESPÍRITOS INSPIRAM E COOPERAM, SEM A INTENÇÃO DE DEPRIMIR A
PROFISSÃO DOS MÉDICOS
O Alto inspira e coopera nas atividades terapêuticas utilizando os
médiuns, mas sem qualquer intenção de deprimir ou enfraquecer a nobre profissão
dos médicos, cujos direitos acadêmicos devem prevalecer acima da atuação dos
leigos .
Embora os espíritos benfeitores auxiliem por intuição os médicos
dignos e piedosos, que se devotam a curar o ser humano, deveis considerar que
os profissionais da Medicina também constituem uma legião de missionários dos
mais úteis à humanidade.
Mesmo porque, tais cientistas, além das suas funções comuns, ainda se
dedicam a pesquisar elementos terapêuticos que vençam as moléstias rebeldes, de
consequencias fatais.
Eis porque o Espiritismo não é destinado a concorrer com os médicos
terrícolas, nem tem a pretensão de sobrepor-se sua capacidade profissional.
3. AS CURAS OBTIDAS POR INTERMÉDIO DA MEDIUNIDADE DE CURA TEM POR
OBJETIVO PRINCIPAL CHAMAR A ATENÇÃO DO ENFÊRMO
O alívio, o reajuste físico ou as curas conseguidas por intermédio da
faculdade mediúnica, têm por objetivo principal sacudir o ateísmo do enfermo,
despertando-lhe o entendimento para os ensinamentos da vida espiritual.
CENTRO ESPÍRITA - HOSPITAL DE ALMAS
4. CENTRO ESPÍRITA ALEM DE ESCOLA TRATA DA ALMA
Nós os Espíritas, aceitamos, sem laivos de dúvidas, que o Centro
Espírita, além de escola onde aprendemos o mecanismo da vida desvendado pela
Codificação Kardequiana, é, também, hospital onde "as feridas do
sentimento encontram medicação e todas as inquietudes recebem repouso".
Quando transformados em hospital de almas, o Centro Espírita ministra
passes; oferece água fluidificada; favorece a desobsessão; abre canais de ajuda
espiritual pela força da prece e do esclarecimento; revigora a esperança pela
veiculação das promessas de Jesus e torna a fé inabalável com os alicerces
racionais que a Nova Luz outorga a quem deseje, para a reconstrução de uma nova
vida.
5. HOSPITAIS TRATAM O CORPO O ESPIRITISMO A ALMA
Os hospitais do mundo, atendendo a sua missão, estão preocupados,
apenas com o corpo. O objetivo da Casa Espírita é o de corrigir as mazelas do
espírito.
Infelizmente a cirurgia mediúnica, está mais na moda do que o estudo
da Doutrina.
Há uma verdadeira febre antidoutrinária em razão da busca da saúde,
como o uso rituais, imagens ou roupas especiais nas sessões de fluidoterapia,
que comprometem a pureza e a simplicidade da prática do Espiritismo.
6. O ESPIRITISMO NÃO VEIO COMPETIR COM A CIÊNCIA
Divaldo Pereira Franco em Diretrizes de Segurança, nos recomenda:
"Não devemos trazer para o Espiritismo o que pertence aos outros ramos do
conhecimento.
A missão de curar é do médico. O Espiritismo Não veio competir com a
ciência médica.
Não devemos pretender transformar a Casa Espírita em nosso consultório
médico".
Esta recomendação nos conduz a concluir que o Centro Espírita é um
hospital para a alma Não para o corpo. A cura deste poderá vir por
consequência, pois Não desconhecemos as origens das doenças que nos afligem...
Se a finalidade do hospital é curar o doente, quando esta cura
acontece, o hospital alcançou o seu fim. Aí o paciente recebe alta e vai embora
agradecendo a Deus Não ser preciso lá continuar. Já no Centro Espírita tal Não
deve acontecer.
7. A FUNÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA É ESCLARECER
A cura do mal físico ou espiritual deverá dar ao paciente motivo e
condições para que na Casa permaneça, na busca de entender as razões pelas
quais a doença o trouxe até ali e o porquê da cura.
Nesta linha de raciocínio, compete aos espíritas compreender a missão
verdadeira da Doutrina e a função real do Centro.
Aquela é chamada com propriedade, de "Consoladora",
destinada à reforma íntima do homem; a este devemos dar o epíteto de
"Célula Moderna do Cristianismo", com a tarefa de interpretar a
essência dos ensinamentos evangélicos à luz do Espiritismo, e divulgá-los ao
mundo inteiro, viabilizando a implantação do reino de amor e fraternidade.
Não é o objetivo do Espiritismo remendar corpos; antes, sim, cuidar de
almas.
8. A PRINCIPAL FINALIDADE DO ESPÍRITISMO É “CURAR” O ESPÍRITO
Quando Jesus curava os doentes que iam ao seu encontro, o seu objetivo
era curar os corpos para, indiretamente, despertar ou “curar” as almas.
E a mediunidade de cura tem, igualmente, essa finalidade.
Muitos médicos, embora inconscientes do fenômeno, agem também como
“médiuns”.
A mediunidade de cura mediante o Espiritismo, em sua profundidade, é
uma cooperação do objetivo crístico, condicionada a evangelização do homem.
Nosso intuito é esclarecer quanto ao lamentável equívoco de muitos
adeptos espíritas confundirem a finalidade precípua do Espiritismo, que é a de
“curar o espírito enfêrmo”, e não a de
estabelecer-se na Terra, uma única organização mundial de assistência médica,
de caráter espírita, destinada a cuidar, essencialmente, da saúde do corpo de
seus habitantes.
9. HÁ MÉDICOS MAIS BEM ASSISTIDOS QUE MUITOS MÉDIUNS DE CURA
Infelizmente, certas criaturas mercenárias ainda usam a sua faculdade
mediúnica como para os negócios excusos, aliando a prática da caridade na seara
espírita com a remuneração fácil da moeda do mundo!
10. MUITOS MÉDICOS ALEGAM QUE A CURA ESPIRITUAL É INTROMISSÃO DESLEAL
QUE AFETA A SUA ESFERA PROFISSIONAL
Desde que a medicina acadêmica ainda não consegue curar tôdas as
enfermidades do corpo físico e se mostra incapacitada para solucionar as
doenças psíquicas de origem obsessiva, é evidente que os médicos não podem
censurar os esforços do curandeirismo mediúnico, que tenta suprir as próprias
deficiências médicas no tratamento das moléstias espirituais.
A medicina oficial, malgrado o seu protesto à intrusão do médium ou do
curandeiro na sua área do profissional, fracassa diante dos casos de obsessões,
quando pretende tratá-los de modo diferente da técnica tradicional adotadas
pelos espíritas e médiuns.
O médico ou o médium transformam-se em instrumentos abençoados, quando
junto aos enfermos preocupam-se mais em aliviá-los de sua dor, do que auferir
qualquer vantagem material.
Em consequência, o médico também pode desempenhar junto aos enfermos
as funções de médium e atender às intenções dos espíritos benfeitores, caso
seja uma criatura afetiva, sensível, e mais um sacerdote do que um homem de
negócio.
11. AS CURAS ESPIRITUAIS TEM A FINALIDADE DE DESPERTAR E ATRAIR PARA O
ESPIRITISMO AQUELES QUE SE ENCONTRAM AINDA COM SUA MENTE DISTANTE DE ENTENDER O
LADO ESPIRITUAL
Repetimos novamente, que as curas espíritas incomuns despertam e
atraem para o Espiritismo os homens ateus, médicos ortodoxos, religiosos
dogmáticos e até os indiferentes, que depois de abalados em sua velha atitude
mental não podem deixar de respeitar e mesmo interessar-se pelos ensinamentos
valiosos da vida imortal.
Muitas criaturas, depois de exaustas da sua vida “via-crucis” pelos
consultórios médicos, hospitais cirúrgicos ou pelas estações terapêuticas, já
decepcionados e descrentes das chapas radiográficas, dos eletro-cardiogramas,
da radioterapia, da encelografia, ou mutilados pela cirurgia, aceitam
incondicionalmente os princípios morais e espirituais do espiritismo, depois de
curados extraordinariamente pela água fluidificada, pelos passes mediúnicos ou
medicamentos receitados pelos espíritos desencarnados.
12. O BEM DAS CURAS ESPIRITUAIS SUPERA OS EQUÍVOCOS DO MEDIUNISMO
Embora o Espiritismo não seja um movimento com o intuito de competir
com a medicina oficial, ele corresponde, no entanto, à promessa abençoada do
Cristo, quando prometeu o envio do Consolador no momento oportuno para curar os
enfermos de espírito, embora isso os homens ainda devam conseguir atraídos
primeiramente pela cura do corpo físico.
Embora nem todos os familiares dos enfermos beneficiados simpatizam,
de início, com os preceitos espiríticos, muitas vezes, os mais sensíveis
terminam aceitando a tese da reencarnação e a ação cármica da Lei de Causa e
efeito que rege os destinos da alma em prova educativa na matéria.
Eis os motivos por que os mentores espirituais ainda endossam o
receituário mediúnico sob o patrocínio do Espiritismo, apesar das receitas
inócuas, esdrúxulas ou completamente anímicas, produto da precipitação,
ignorância ou puro animismo dos incipientes.
O bem espiritual já conseguido no serviço benfeitor do receituário
mediúnico sob a égide espírita, supera satisfatoriamente os equívocos e as
imprudências de um mediunismo de urgência, mais preocupado pela cura do corpo
físico, do que mesmo com a saúde do espírito imortal.
13. OS HOMENS AINDA NÃO FAZEM JUS À SAÚDE FÍSICA ABSOLUTA
Na realidade, os homens ainda não fazem jus à saúde física em
absoluto, ante o desvio psíquico que exercem sobre si mesmos, no trato das
paixões e dos vícios perniciosos que perturbam a contextura delicada do
perispírito.
14. SÃO CURADAS AS PESSOAS QUE ESTÃO COM SUAS PROVAS CÁRMICAS
TERMINADAS
As pessoas de melhor graduação espiritual, ou que se encontram no fim
de suas provas cármicas dolorosas pelo sofrimentos ou vicissitudes morais já
sofridas nas vidas anteriores, realmente são eletivas e beneficiadas pela
homeopatia, irradiações fluídicas, passes mediúnicos ou água fluidificada,
dispensando a medicina cruciante das reações tóxicas.
Eis por que há tanta decepção e variedade quanto ao êxito do
tratamento dos homens, na Terra, pois a terapêutica salvadora de determinada
criatura é completamente inócua aplicada a outro enfermo nas mesmas condições
físicos.
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