A REFORMA MORAL NO MUNDO DE REGENERAÇÃO
Cada
divulgador da Doutrina Espírita se encarrega de levá-la ao conhecimento dos
adeptos sob um ângulo diferente, numa complementaridade que não é casual, mas
sim atende à programação dos Espíritos Superiores.
Caracteriza-se
como notável o trabalho divulgador do Espírito Joanna de Ângelis, encarregada,
pelo que se depreende, de implantar no mundo terreno a Psicologia Espírita, com
conotações religiosas e científicas, o que representa uma verdadeira mutação,
pois que traz à consideração a realidade do Espírito, em lugar da “mente” e
expressões outras, que apresentam-se superficiais, fazendo, naturalmente, com
que a cura dos pacientes ocorram em número reduzido.
Fazendo
uma comparação, não basta acrescentar mais dados ao nosso “hd” espiritual para
que mude nossa vida para melhor: é necessário colocarmos em ação os comandos de
“limpeza de disco”, “desfragmentador de disco” e “antivírus”, que representam a
reforma interior.
Para
tanto, a autoanálise é imprescindível, consistindo em aprofundarmos as
reflexões sobre nossos defeitos morais e virtudes, com sinceridade verdadeira.
Se
é verdade que Allan Kardec afirmou que “fora da Caridade não há salvação”,
também disse que “conhece-se o verdadeiro espírita pelo esforço que faz para
domar suas más tendências”.
A
prática da Caridade tem sido muito valorizada no meio espírita, todavia, a
reforma moral é preocupação de um número menor de adeptos, justamente por
exigir um esforço muito maior e representar um processo “doloroso”, podendo-se
comparar ao tratamento de um tecido orgânico infeccionado…
Nas
camadas mais profundas do nosso psiquismo estão arquivados muitos pensamentos,
sentimentos e ações negativos, que são elementos vivos, pulsantes. O simples
fato de mudarmos nosso estilo de vida não elimina aqueles focos infecciosos,
que devem ser “tratados”, de tal forma que o Self absorva a sombra, como diz
Joanna de Ângelis, dentro da terminologia junguiana.
Passando
a Terra à categoria de mundo de regeneração, na certa, não será suficiente a
prática da Caridade, mas sim que cada Espírito encarnado ou desencarnado ligado
ao planeta tenha avançado bastante na própria reforma moral.
Em
caso contrário, volta e meia aqueles elementos “infeccionados” virão à tona,
fazendo com que a criatura se apresente irreconhecível, negativa, perigosa,
isso sem contar que a pressão desses elementos sobre os tecidos morais sadios é
constante, e teria a criatura de realizar um esforço hercúleo para manter o
perfil do “homem novo” enquanto não se realiza esse trabalho de cura moral.
É
preciso divulgarem-se, no meio espírita, as obras joanninas e outras
assemelhadas, a fim de que invista-se na reforma moral ao invés de simplesmente
realizarem-se obras beneméritas no mundo exterior.
O
interior do ser humano representa seu principal campo de trabalho, sendo que as
realizações no mundo exterior muitas vezes não correspondem ao que trazemos no
interior.
O
movimento espírita necessitava da contribuição joannina, havendo até antes dela
uma lacuna significativa, que só teria condições de ser preenchida a partir do
momento em que os próprios espíritas passaram a valorizar a Psicologia, a qual,
até há pouco tempo atrás, era pouco conhecida e pouco desenvolvida.
Na
verdade, a Psicologia é uma ciência mais importante que a própria Medicina,
pois entra portas a dentro do Espírito, enquanto que a Medicina cuida apenas do
corpo material.
É
necessário a nós, espíritas, realizarmos o estudo sistematizado da “Série Psicológica”
da referida Mentora Espiritual nos grupos de estudo dos Centros Espíritas tanto
quanto estudamos Allan Kardec, Emmanuel e André Luiz.
Sem
esse conhecimento estaremos desequipados para a Era Nova, que já está em curso.
Luiz
Guilherme Marques
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