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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A EUFORIA ESPÍRITA


 EDITORIAL

...“Espíritas! O Evangelho é a alma do Espiritismo. O
espírita leal é consciente da responsabilidade que traz sobre os ombros e não foge ao compromisso do bem”. (Chico
Xavier – FE Abril/2010, p. 5)
Não queremos estragar a festa!
Afinal há que se reconhecer que todas as comemorações que estão sendo levadas a cabo, por este Brasil afora, através da imprensa escrita, falada, televisada e até cinematográfica, justificam-se, pois há (100) cem anos, nascia Chico Xavier, mais precisamente, a 02/04/1910, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais.
Todavia chama a atenção o fato de que em 31/03/1869 desencarnava na França, em Paris, Hippolyte Léon Denizard Rivail, mais conhecidamente por “Allan Kardec”.
Citamos aqui as datas, nascimento de um e falecimento de outro, pois em decorrência da proximidade entre elas, as comemorações poderiam abranger ambas.
Aniversário, por aniversário, se o primeiro, neste editorial, completa 100 anos de seu renascimento na Terra, o segundo assinala 141, que regressou à espiritualidade.
Além do que, ao terminar sua experiência, Kardec deixava concluída a Obra básica da Codificação, que, através do terceiro livro – O Evangelho Segundo o Espiritismo – o Espírito Verdade utilizou para resgatar os ensinos do Mestre1, no seu aspecto moral, que conforme menciona Chico Xavier, se constitui na alma do Espiritismo. 2
Como para os espíritas nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar é da lei natural, dentro das leis Morais que o Mestre, o Senhor Jesus, vivenciou para toda a humanidade, as perguntas que se fazem são as seguintes: 
- Se é motivo de comemoração a data de um século de ocorrência do nascimento de um, citando todas as Obras, no caso 456 livros, ações de benemerências mil, o ser humano que ele fora etc., a outra data, que registra os 141 anos de regresso à pátria espiritual, de Kardec, deixando uma Obra que se constituiu na base doutrinária para que a segunda, a elaborada por Chico, pudesse vir à luz, exaltando a Doutrina Espírita, como ciência, filosofia e religião, não seriam motivos suficientes para que os espíritas contemporâneos as comemorassem simultaneamente?
 - Não estaria nesta oportunidade, uma pedagógica ocasião para realçar-se o relacionamento intrínseco entre tais Obras, bastando lembrar a todos o alerta de Emmanuel, o mentor espiritual do médium, desde o início desta extensa obra psicografada através da mediunidade de Chico, que se algum conceito nelas expresso contrariasse aqueles recebidos por Kardec, nas primeiras, não se tivesse dúvidas e ficasse sempre com os de Kardec?          
- Ainda aqui, com a devida vênia do leitor, ousa-se formular mais uma dúvida, quanto ao fato de que se fossem ouvidos tais Espíritos, desencarnados, como se supõe que estejam, será que eles aplaudiriam toda essa euforia publicitária em torno de um só nome, etc.?
Não se é contra a divulgação da Doutrina! Jamais! 
Todavia será que o tempo e a mão de obra que estão sendo despendidos para participar-se de tantas comemorações e solenidades, fossem revertidos em favor de instituições assistenciais que estão fechando suas portas, por não desfrutarem de comunidade “consciente de que fora da caridade não há salvação”3, não seria forma bastante exemplificativa de homenagear a memória destes ilustres próceres do Cristianismo nos tempos hodiernos?
Afinal pelo que se sabe da história, quando desencarnou, Kardec estava preparando uma casa pequena, de sua propriedade, para amparar os velhos espíritas desamparados que perambulavam pelas ruas de Paris. 
Chico, enquanto suas pernas andaram, nunca deixou de visitar pessoalmente lares desamparados; amparar pessoas doentes e esquecidas da sociedade; orientar pessoas dos mais diversos cantos deste País que tocadas não só pelas suas palavras esclarecedoras, mas também pelo exemplo que ele dava em praticá-las, criaram, em seus locais de origem, um grande número de creches, asilos, hospitais, etc. para atendimento de necessitados. 
Ambos, Kardec e Chico, em épocas distintas, assim procederam amparados pela Mensagem Soberana do Espírito de Verdade,... “Homens, irmãos a quem amamos, aqui estamos junto de vós. Amai-vos também uns aos outros e dizei do fundo do coração, fazendo as vontades do Pai, que está no Céu:
Senhor! Senhor! ... E podereis entrar no reino dos Céus “4...        

1, 4 Prefácio O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec –  54ª ed FEB – tradução Guillon Ribeiro
2 Folha Espírita – Abr/2010 – p.5 – Juiz W. M. Oliveira 3O Evangelho segundo o Espiritismo – cap. XV, item 8 –  Allan Kardec – 54ª ed  FEB – tradução  Guillon Ribeiro

Correio da Fraternidade
ANO 21 – nº 250- Abril de 2010 Distribuição Gratuita
Grupo Espírita “Irmão Vicente”
O Grupo Espírita “Irmão Vicente”, abreviadamente GEIV, foi fundado em 1º de janeiro de 1962, como Associação religiosa e filantrópica, de duração ilimitada e com fins não econômicos, com sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
http://www.annesullivan.com.br/mantenedora.html

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