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domingo, 31 de agosto de 2008


BEZERRA, O ABOLICIONISTA DO IMPÉRIO

Antes mesmo de se tornar figura conhecida no meio espírita, por sua dedicação ao bem, o Dr. Bezerra de Menezes já oferecia, a quantos dele se aproximassem, mostras do seu espírito humanitário.


Tudo isso pode ser comprovado também por sua vida política, na qual sempre se mostrou preocupado com os problemas que afligiam os menos favorecidos.


Foi, inclusive, um dos que combateram a escravidão, por ele denominada “lepra social”. Tal indignação e vontade de mudar aquela triste realidade, levou o médico-político a escrever o livro “A escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extingui-la sem dano para a nação”, publicado em 1869, ou seja, 19 antes da abolição da escravatura no Brasil. O conteúdo desta obra histórica estava, até bem poucos meses, guardado nos arquivos da Fundação Biblioteca Nacional, do Rio de Janeiro, e permaneceria assim não fosse o trabalho do pesquisador Paulo Roberto Viola, que, numa das suas incursões àquela centenária casa de cultura, “descobriu” esse precioso fragmento de história, que traz agora novamente a lume em parceria com a Associação Editora Espírita F. V. Lorenz.


“O legado abolicionista do Dr. Bezerra de Menezes transcende as fronteiras da grande e heróica luta escravocrata, que teve à frente o comando espiritual do Mentor do Brasil, o Anjo Ismael. A obra daquele que viria a ser o Apóstolo do Espiritismo no Brasil, após a sua conversão à Doutrina Espírita, faz saltar aos olhos o fato de que o autor já detinha uma familiarização íntima e antiga com o Evangelho de Jesus, evidenciando que a conversão ao Espiritismo, em 1875, foi apenas um ajuste de percurso na trajetória espiritual do ilustre médico espírita” – diz Viola, nas páginas iniciais do livro, que tem prefácio do médico psiquiatra Jorge Andréa dos Santos, que enaltece a publicação, nas suas palavras, digna de “fazer parte dos alicerces da dignidade humana”.


No primeiro capítulo do livro, o Dr. Bezerra de Menezes chama a atenção para vários aspectos que demonstravam que a escravidão era um equívoco e uma grande incoerência. No que diz respeito à religião, por exemplo, ressaltou que tal prática havia sido condenada pelo próprio Cristo, que pregou a liberdade; e mais: pela civilização do século XIX, que firmou o grande princípio de igualdade de todos os homens perante a lei; e pela economia política, que demonstra que o braço livre produz mais e é mais eficaz do que o braço escravo.


“Essa lamentável aberração do espírito humano ainda é condenada pela moral, cujas leis não se compadecem com os sentimentos depravados de uma raça embrutecida; e reclamam em nome da família e da sociedade a sua reabilitação pela pureza dos costumes e pela prática do bem” – frisou o Dr. Bezerra, que, como registra o livro, elaborou um projeto através do qual se conseguiria garantir a dignidade dos negros após a sua libertação, projeto este do qual consta, dentre outras sugestões, a criação de um imposto especial. Por meio dele, se conseguiria cobrir os gastos que o país viesse a ter com a emancipação. Bezerra chega, ainda, a falar na utilização de estabelecimentos agrícolas e industriais, de oficinas e fábricas mantidos pelo Governo, como escolas para os educandos libertos, as quais gerariam renda para o Governo, evidenciando, desta forma, que, além de humanamente correta, a abolição da escravidão, pelos moldes propostos, traria mais sustentabilidade à economia nacional.


Com formato de 14x21cm, o livro tem 94 páginas e divide-se em oito capítulos, onde se encontram ainda fotos e ilustrações, assim como uma breve biografia do Médico dos Pobres.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

PRESENÇA DE FABIANO DE CRISTO

Foi no dia de aniversário de nascimento de Fabiano de Cristo, 8 de fevereiro, em assembléia realizada no auditório do Lar Fabiano de Cristo, no Centro do Rio de Janeiro. Ao reverenciá-lo, brotaram memórias do tradicional Convento de Santo Antônio, nos séculos XVII e XVIII, como sede dos franciscanos no Brasil.
A palavra do professor Cesar Reis foi relembrando histórias vivas do Rio Antigo.
“Fabiano morava tão perto daqui.
Desse lado da cidade, onde hoje é o Campo de Santana, ficava o verde canavial, que ocupava enorme área, Vêem-se muitos trabalhadores escravos com enxadas, outros com o facão na mão. Trabalho duro, os talos cortados, a moenda, o caldo de cana, a usina de açúcar, torrões de açúcar para vender na cidade.”
“Na passagem do vendedor dos pães de açúcar, as crianças corriam atrás, em volta do vendedor. De repente, passa no meio delas aquele franciscano castigado pelos anos. Andava devagar, as pernas pesadas, a sotaina surrada, mas no rosto um sorriso contagiante.”
“As crianças percebem a presença do velho amigo quando começa a saltitar junto com elas, de um pé para o outro, puxando a sotaina para o meio das canelas, imitando-as.
A roupa levantada deixa ver as pernas inchadas, a ferida aberta coberta com panos, nos joelhos vêem-se as feridas mal curadas.
“O ar de inocência e pureza infantil, na brincadeira de rua, mais evidencia a religiosidade do frade. Sua fé ardente todos conheciam, o que surpreendia era a alegria, como uma religião natural.”
“Era conhecido por suas curas, sabia do segredo das plantas, suas ‘aguinhas’ curavam qualquer doença ou mesmo tristeza.
Fazia cataplasmas, ungüentos que fechavam feridas, dores nas costas ou nas pernas. Aprendera o uso das ervas com seus amigos índios que o guiaram nas travessias da Serra da Mantiqueira.”
“Dos canteiros de Fabiano, no fundo do Convento, ele extraía matéria-prima para os pozinhos, pomadas e xaropes que usava na enfermaria. Ali também sua marca era o sorriso, alegria que curava.”
“A operação dolorosa que fizera tempos atrás não o havia abatido. A lâmina em brasa abrira os tumores nos dois joelhos, mas depois não cicatrizara e inflamava constantemente. Ele sofria sorrindo.”
“A doença avançava sobre aquele corpo maltratado. Os cuidados com as feridas malcheirosas das pernas eram também constantes. Claudicando, Fabiano era a alegria do Convento de Santo Antônio, de toda a cidade. Atendia às pessoas da corte, o governador, escravos, índios, gente faminta.
A moringa em que levava suas aguinhas ainda hoje está no Convento.
“Amor era a linguagem de Fabiano, remédio para todas as situações. Sua missão no Brasil foi recebida das mãos de Ismael, protetor do Brasil: criar aqui o novo modelo de cultura para o Planeta, o Coração do Mundo. Tarefa imensa, trabalho de dedicação e competência.
“Não há povos escolhidos, mas missões a cumprir. Participar da construção deste modelo de amor, mais que uma grave responsabilidade representa verdadeira e pura alegria, a felicidade de trabalhar e conviver com Fabiano de Cristo”.
“A luta é o meio.
O aprimoramento é o fim.”
“Fonte viva” Emmanuel

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Sábado, 15/3/2008 – no 2085

SOLIDÃO NA REDE

Pesquisa feita com mais de 2.000 meninos e meninas britânicos revelou que 60% deles visitam sites de bate-papo na internet para combater a solidão, e 53% para compartilhar seus problemas.
Participaram da pesquisa jovens com idades entre 11 e 16 anos, dentre os quais 1.187 eram meninos e 866, meninas. O estudo foi realizado pela organização britânica de proteção à criança “National Society for the Prevention of Cruelty to Children” (NSPCC), que também constatou que 50,4% dos entrevistados já passaram por experiências desagradáveis na rede mundial de computadores, tais como intimidação, ameaças e assédio sexual. Mais de 60% dos ouvidos usam a rede para encontrar pessoas parecidas com elas e “receber conselhos de pessoas da mesma idade”. Quando indagados sobre o motivo que os leva a acessar a internet, 55% dos jovens disseram que entram na rede para saber que não estão sozinhos. Mais da metade dos jovens entrevistados, ou seja, 1.071, revelaram visitar sites de bate-papo pelo menos uma vez por dia.
“Interação social na internet é parte da vida de milhões de crianças. Temos que reconhecer e responder a esta realidade ajudando-as a usar a internet de forma mais segura e, ao mesmo tempo, a denunciar abusos” – disse a diretora da NSPCC, Mary Marsh.
A pesquisa é parte de uma campanha promovida pela entidade britânica que visa encorajar crianças e jovens a denunciar abusos sofridos em sites de bate-papo, conforme divulgou a BBC Brasil (www.bbcbrasil.com) na matéria “Solidão leva crianças à internet, diz estudo britânico”.
A solidão sempre existiu mas nos tempos atuais, quando as pessoas parecem estar tão distantes, apesar de todas as tecnologias que criam a sensação de proximidade, a fé e a convivência fraterna continuam sendo um antídoto contra esse problema que afeta a tantos. E, a propósito do tema, Joanna de Ângelis, através da psicografia de Divaldo Pereira Franco, escreveu a página “Não estás a sós”, que é parte do livro “Lampadário espírita”:
“Chegas de coração angustiado, e podes constatar a alegria de todos, enquanto choras.
Permaneces com a alma em aflição, e verificas o sorriso alheio, construindo felicidade como se zombasse da tua dor.
Partes conduzindo a agonia, que se demora esmagando teu peito, enquanto a garrulice de muitos atesta que somente tua alma está tomada pela paixão.
Não te enganes, porém.
A dor que te constringe não é apenas tua.
A lágrima que escorre por tua face não é solitária no círculo em que permaneces.
Choram também outros olhos e sofrem outros corações que, no entanto, são obrigados
a sorrir.
Eles, os alegres-infelizes, caminham a sós...
Têm tudo a se transformar em nada e, no tumulto, não dispõem de amor nenhum...
Em ti, porém, o panorama é diferente.
Há luz no teu céu escuro e esperança na tua desdita.
Sabes que todas as dores nasceram ontem, e conheces que hoje inicias a edificação do ditoso porvir.
Indaga daqueles que ontem sofreram; pergunta aos que experimentaram aflições nos dias que já se foram; inquire os corações solitários que caminhavam em abandono; sindica junto às viúvas crucificadas na saudade; sonda a alma das mães que fecharam os olhos dos filhinhos amados; interroga os seres que foram ultrajados e guardaram postura, qual o tributo com que a vida respondeu à sua agonia resignada, à sua inominável aflição coroada de esperança em nosso Pai, e eles responderão, concordes, e a uma só voz:
‘Lutar é sofrer.
Sofrer é libertar-se!...’
Vê-los-ás, agora, ditosos e robustos, amadurecidos e confiantes, sorrindo, com os olhos fitos na Grande Luz que há dois mil anos rompe estradas claras do mundo.
E compreenderás que Jesus está contigo, em silêncio, invisível e compassivo, mas não ausente nem distante, ajudando-te
na sublime escalada no rumo da Imortalidade, como teu companheiro, sem nunca te deixar a sós.”

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A COLA INFALÍVEL

Ivone Molinaro Ghiggino

Os tarefeiros do Mestre estão sempre atentos junto a nós, buscando relembrar-nos os ensinos do Evangelho, que é o código de conduta que devemos seguir em nossa vida.
Assim, em agosto de 1997, um amigo espiritual, que se identificou como “O filósofo-aprendiz”, passou-nos a seguinte história simbólica:
“Quando pequena ainda, ao quebrarem-se seus brinquedos, ela aprendeu com a mãe amorosa a colá-los, pedaço a pedaço, usando cola normal.
Já maior, colou cadernos, livros, gravuras, sempre a contento. Mais tarde, operando em sua casa, ao romperem-se utensílios de uso, conseguia recuperá-los, colando-os sempre, pacientemente.
Contudo, num determinado tempo, deu-se o imprevisto: a dor a invadiu, rompendo-lhe o coração... A dor do desamor, a dor do abandono, a dor terrível da solidão...
E seu coração, angustiado, oprimido, quebrou-se em retalhos tão pequenos, em tantos pedacinhos, que ela chorou, chorou, chorou!
Recolheu os pedacinhos, e, ansiosa, buscou colá-los, sem êxito algum... Os pedaços não se uniam, para desespero seu, apesar de tantas diferentes colas que lhe foram aconselhadas...
Triste, em desalento, levantou seus olhos interiores a Jesus, e orou, pedindo ajuda! E o Mestre veio, de mansinho, com a suavidade majestosa de Espírito Puro...
Aproximou-se dela, afagou-a, beijando-lhe a testa febril... Cuidadosamente, com muita ternura e respeito, foi meigamente recolhendo os pedacinhos daquele coração tão quebrado, que até já ameaçava parar de trabalhar... E, ao toque de Sua luz, os pedacinhos se encaixaram e uniram, sem que restasse marca do acidente anterior!
Deslumbrada e emocionada, banhada pelo pranto da gratidão, ela tocou-lhe nas mãos estendidas em sua direção, e, com timidez, lhe perguntou: ‘Mestre, obrigado!
Mas, diga-me, que cola o Senhor usou E Ele, com Sua voz sublime, cheia de modulações cariciosas, esclareceu: ‘Minha Irmã querida, eu usei a única cola capaz de colar corações fragmentados pelo desamor: a cola do Perdão!”
Realmente, perdoar é uma das mais difíceis conquistas morais para nós, espíritos ainda imperfeitos, jornadeando aqui na Terra. Essa nossa dificuldade se deve ao orgulho que, irrefletidamente, cultivamos.
No entanto, Jesus foi bem claro no Sermão do Monte: “Bem-aventurados os misericordiosos...” (Mateus, 5:7). E ser misericordioso é suportar como cristão os defeitos alheios, relevar os agravos recebidos, renunciar a propósitos de vingança, não guardar ressentimento, e estar sempre pronto a servir quem o ofendeu: perdoar
(“O Evangelho segundo o Espiritismo”, capítulo 10).
Aliás, o perdão faz parte ativa da caridade (“O Livro dos Espíritos”, questão 886: “Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus? – Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”). E sabemos também que “Fora da caridade não há salvação” (“O Evangelho segundo o Espiritismo”, capítulo 15).
Já está comprovado pela medicina que o perdão é agente terapêutico indispensável na preservação da saúde física e mental: psiquiatras afirmam que, se acumulamos sentimentos negativos, podem desencadear-se em nós inúmeros transtornos, não só psicológicos, mas também somáticos. Perdoar faz bem ao coração, à alma, às relações!
Recordemos as palavras de Jesus, quando nos recomenda que devemos nos reconciliar o mais rápido possível com nossos desafetos (Mateus, 5:25), conceito esse reforçado por ele quando responde a Pedro que é necessário perdoar nosso irmão setenta vezes sete vezes!..
Como nos disse outro espírito amigo:
“Seguindo o Mestre que amamos, / a quem te fere e injuria, / perdoa setenta vezes / sete vezes cada dia!”
Ajudados pelo Plano Maior e mobilizando a energia de nossa vontade, podemos fazê-lo: há exemplos de vários pais cujos filhos foram assassinados brutalmente, e que encontraram consolo e forças no Pai e no Cristo para perdoar aos criminosos, indo até eles na prisão e auxiliando-os em sua regeneração!...
Dia virá, asseverou-nos o Mestre, em que o amor irrestrito assenhorar-se-á de nossos corações, destruindo mágoas, e transformando nossa Terra em mundo de verdadeira felicidade.
Só depende de nós!


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EM NOME DE DEUS

D. Villela

A mediunidade é milenarmente conhecida, pois espíritos e homens sempre conviveram na Terra embora, geralmente, sem que os últimos tivessem consciência desse fato. Isto, aliás, fez com que esse relacionamento, que é geral e permanente, fosse, equivocadamente, considerado raro e excepcional como ocorre ainda hoje, ou até inexistente, como supõem os materialistas. As civilizações antigas referiam-se a espíritos bons ou malfazejos capazes de influenciar nossas vidas, e a religião tinha como uma de suas principais finalidades o trato com tais entidades, não raro consideradas deuses. Os médiuns, por uma disposição própria, podem perceber essa influenciação que neles se manifesta de forma muito variada conforme suas características pessoais, mas evidenciando de maneira inequívoca a presença, junto deles, de uma outra individualidade.
Como é compreensível, a ignorância, a superstição e o egoísmo por muito generalizados entre nós, não deixaram de desvirtuar essa faculdade – como ocorreu com todas as demais possibilidades humanas – imaginando que os espíritos estariam dispostos a isentar-nos do trabalho (revelando-nos, por exemplo, a localização de tesouros escondidos), a decidir por nós o que fazer em determinadas situações ou até a prejudicar nossos adversários e desafetos.
Sempre houve, contudo, quem compreendesse o fenômeno e o empregasse nobremente apesar de incompreensões e perseguições, por vezes cruéis.
Com a Doutrina Espírita a mediunidade foi pela primeira vez estudada sistematicamente definindo-se então suas variedades, o papel do medianeiro e, sobretudo, estabelecendo-se com segurança a sua finalidade que é a comprovação da vida espiritual com todas as conseqüências dessa constatação, entre elas o funcionamento da Lei de causa e efeito no campo moral, conforme sempre afirmaram as religiões. Entre os pontos então esclarecidos figura a inexistência de quaisquer sinais ou características que permitam dizer de antemão se alguém possui ou não mediunidade, o que só a experiência poderá mostrar. Tal experimentação, por outro lado, devia ser realizada com respeito, cuidado e objetivo sério, dispondo-se o candidato a colaborar na extensão do bem. Por isso recomendou o Codificador que esse convite à espiritualidade para que se comunicasse devia sempre ser feito em nome de Deus, providência esta que, em sua simplicidade definia toda uma orientação para o trabalho, a ser realizado em segurança sob a supervisão de generosos amigos espirituais.
Consoante a Doutrina Espírita, o desenvolvimento mediúnico consiste num processo de conhecimento pessoal durante o qual quem possua sensibilidade mediúnica aprende a controlá-la, observando o que se passa consigo durante o fenômeno, com vistas a poder atuar convenientemente no intercambio com os desencarnados.
Modernamente aquela recomendação do Codificador continua a ser aplicada nas Casas Espíritas, onde o desenvolvimento da mediunidade se processa sob a supervisão de companheiros mais experientes, depois de adquirir o interessado conhecimentos básicos da Doutrina Espírita e da própria mediunidade, mas, sempre, em nome de Deus, e segundo as suas leis de Amor e Justiça.
Oportuno lembrar por fim outro detalhe interessante. Algumas pessoas, sobretudo na Europa, admirando embora o Espiritismo devido à sua racionalidade e embasamento na observação, têm dificuldade em aceitar seu aspecto religioso contra o qual se posicionam devido aos graves desvios religiosos do passado. Mas, como vemos mais uma vez, é muito clara a atitude de Kardec: em nome de Deus, sempre, evidenciando o caráter também religioso da Doutrina.
“O Livro dos Médiuns” (Segunda Parte, capítulo 17, item 203).

“Pela força do exemplo, vencerás.”
“No portal da luz” Emmanuel

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NOSSA FAMÍLIA ESPIRITUAL É IMENSA!



Jorge Pedreira de Cerqueira


Somos espíritos milenares. Já nascemos e morremos muitas vezes no caminho do aprendizado espiritual.
Sendo assim, inúmeros são aqueles que já dividiram conosco emoções, sentimentos, dores, sofrimentos e experiências. Se pudéssemos observar o plano espiritual a nossa volta veríamos que existem instrutores amigos que nos intuem, nos ajudam e nos acompanham no processo de aprendizado.
Cada encarnação representa, para nós, uma nova oportunidade de vivenciar experiências e meditar conseqüências, aprendendo lições importantes para a nossa caminhada evolutiva.
O amor que desenvolvemos pelos entes queridos, companheiros de jornada, é o mesmo que já fomos capazes de sentir em diversas oportunidades. Já fomos pais, filhos, irmãos, esposos, esposas e amigos de muitos outros entes queridos que, necessariamente, não estão convivendo conosco na vida presente.
O apego diante da perda de pessoa amada, às vezes, nos impede de ver que Deus nos dá a misericórdia do esquecimento do passado para que possamos realizar as experiências, que nos são necessárias, sem a influência de fatos do passado e que ocasionalmente possam ter marcado nossas existências atuais ou anteriores.
O amor deve ser doado sem apego ou fixação, pois, caso contrário, continuaremos a nos manter prisioneiros de sentimentos egoístas que ainda habitam em nós.
Cada ser que nos é concedido, pelo Pai, receber, neste mundo de provas e expiações, é um irmão do caminho que precisa de nós tanto quanto precisamos dele e que se aqui está é porque aqui precisa estar.
Jamais devemos nos preocupar em quem seja esse irmão ou irmã que Deus nos envia como oportunidade de aprendizado.
Devemos ser capazes de amá-lo em suas próprias características, deixando no passado outras experiências já vividas.
Nossa parentela espiritual é muito grande. São muitos aqueles que nos amam e a quem, de alguma forma, ainda devemos estar ligados. Devemos amar a todos os que chegam à nossa família terrena para mais uma jornada de experiências, sem a preocupação de querer desvendar seus passados. Devemos aceitá-los em suas próprias individualidades, conforme a vontade de Deus, sem corrermos o risco da injustiça de julgá-los diferentes daquilo que realmente são.

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Sábado, 8/3/2008 – no 2084

Evangelho Seg. o Espiritismo - Cap. XXIV - A LÂMPADA SOB O VELADOR

A lâmpada sobe o velador. Porque fala Jesus por Parábolas.
Não vades ter com os gentios.
Os sãos não têm necessidade de médicos.
O valor da Fé.
Carregar sua cruz.
Quem quiser salvar sua vida, Perdê-la-á.

A LÂMPADA SOB O VELADOR. PORQUE FALA JESUS POR PARÁBOLAS

"Os que acendem uma lanterna, não a metem debaixo do alqueire. Mas põem-na sobre o candeeiro, a fim de que ela de luz a todos, os que, estão na casa" (MATEUS)
"Ninguém acende uma lâmpada e a cobre com alguma vasilha ou põe debaixo da cama. Porque não há coisa encoberta que não haja de ser manifestada; nem escondida que não haja de saber-se e fazer-se pública." (LUCAS)
"E chegando-se a ele os discípulos lhe disseram: por que razão lhes falas tu por Parábolas? Ele, respondendo, lhes disse: porque a vos outros, é dado saber os mistérios do Reino Dos Céus, mas a eles, tal não lhes é concedido. Porque ao que já tem, mais lhe será dado, e terá em abundância, mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.
Por isso é que eu lhes falo por parábolas. Porque eles vendo, não vêem e ouvindo não ouvem, nem entendem, de sorte que neles se cumpre o que o Profeta disse:
Vós ouvireis com os ouvidos e não entendereis; vereis com os olhos e não vereis.
Porque o coração deste povo se fez pesado e os seus ouvidos se fizeram surdos; e eles fecharam seus olhos para não suceder que vejam com os olhos e ouçam com os ouvidos; não entendam no coração e se convertam; e eu os sare." (MATEUS)

COMENTÁRIOS DE ALLAN KARDEC

Jesus explica aos Apóstolos o porque em Parábolas ao povo. "Porque não estão em estado de compreender certas coisas. Vêem, olham, ouvem mas não compreendem; seria inútil tudo lhes dizer neste momento.
A vós eu vo-lo digo; porque a vós é dado compreender estes mistérios" Todo ensino deve ser proporcionado à inteligência daquele a quem é dirigido, porque há pessoas que ficam deslumbradas e não esclarecidas, se a luz for muito forte.
Cada coisa deve vir a seu tempo; o grão semeado fora da época não germina. Entretanto, aquilo que a prudência manda calar momentaneamente, cedo ou tarde deve ser descoberto, porque chegado a um certo grau de desenvolvimento, os homens por si mesmos, procuram a luz viva. Pesa-lhes a obscuridade. Então querem racionalizar a sua Fé; é então, que a luz não deve ser posta debaixo do alqueire. Porque, sem a luz da razão, a Fé se enfraquece.
Na sua previdente sabedoria, só gradualmente a Providencia revela as verdades, à medida que a humanidade vai ficando madura para recebê-las; mas tudo quanto há de oculto, deve um dia ser revelado.
Entretanto, mesmo com os Apóstolos, falou de modo vago sobre muitos pontos, cuja inteira compreensão estava reservada para tempos futuros.
Foram esses pontos que deram lugar a interpretações tão diversas, até que a ciência de um lado e o Espiritismo de outro, viessem revelar as leis da natureza, que tornam compreensível o seu verdadeiro sentido.
Entretanto, os Espíritos procedem com admirável prudência; só gradualmente abordam as diversas partes conhecidas da doutrina, de modo que as outras serão reveladas à medida que chegue a ocasião de aparecerem.
Não vades ter com os Gentios.
Aos Apóstolos, enviou Jesus dando-lhes as seguintes instruções: "Não ireis a caminho dos Gentios, nem entreis nas cidades dos Samaritanos, mas ide antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel e pregai dizendo que está próximo o Reino dos Céus." (MATEUS)

COMENTÁRIOS DE ALLAN KARDEC

Em muitas circunstancias prova Jesus que suas vistas não se circunscrevem ao povo Judeu, mas alcançam toda a humanidade. Sê, pois, disse aos companheiros que não fossem aos pagãos, sabia que o povo Judeu, acreditava na unicidade de Deus e esperavam o Messias; estavam, pois mais preparados para receber sua palavra.
Entre os Pagãos até a base faltava. E os apóstolos, não se achavam, ainda, suficientemente esclarecidos para tão pesada tarefa.
Sabia, entretanto, que a conversão dos Gentios se faria ao devido tempo. Realmente mais tarde, os Apóstolos iriam plantar a cruz no próprio centro do paganismo.
Tais palavras podem ser explicadas aos adeptos e aos propagadores do Espiritismo. Os incrédulos sistemáticos, os zombeteiros obstinados, os adversários interesseiros, são para estes o que eram os Gentios para os Apóstolos.
É que existem idéias, que são como certas sementes que só germinam em tempo próprio e terreno preparado.
Ao tempo de Jesus, tudo estava circunscrito e localizado. Hoje as idéias se universalizam. A verdade triunfa pouco a pouco como o Cristianismo triunfou do Paganismo.
Não é mais com armas de guerra que se combate, mas com o poder das idéias.
Os sãos não necessitam de Médicos.
"E aconteceu que estando Jesus à mesa, eis que vindos muitos publicanos e pecadores, se sentaram a comer com ele e com os seus discípulos. E vendo isto os fariseus diziam aos discípulos.
Porque come o vosso Mestre com publicanos e pecadores? Ma, ouvindo Jesus disse:
Os sãos não necessitam de médico, mas sim os enfermos." (MATEUS)

COMENTÁRIOS DE ALLAN KARDEC

Jesus dirigia-se principalmente, aos pobres e deserdados, por serem os que mais necessitavam de consolação. Estas palavras aplicam-se no Espiritismo.
Por vezes admiramos de que a mediunidade seja concedida a criaturas indignas e capazes de fazer mau uso; parece até que tão preciosa faculdade, deveria ser atributo exclusivo dos mais merecedores. Digamos de saída, que a mediunidade depende de certas disposições orgânicas, de que todo homem pode ser dotado, como a de ver, ouvir e falar.
Nenhuma existe, da qual o homem, em virtude de seu livre arbítrio, não possa abusar; E se Deus houvesse concedido a palavra, por exemplo, somente aos incapazes de dizer maldade, haveria mais mudos que falantes.
Deus deu ao Homem as faculdades, deixando-o livre para usá-las. Mas sempre punindo os que dela abusam. Se o poder de comunicação com os Espíritos só fosse dado aos mais dignos, quem ousaria pretende-lo? Alias, onde se encontraria o limite entre dignidade e indignidade?
A mediunidade é dada sem distinção, a fim de que os Espíritos possam levar a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, entre pobres como entre ricos, entre os sábios para os fortificar no bem, entre os viciosos para os corrigir. São estes últimos, os enfermos carentes de médico.
Porque Deus não deseja a morte do pecador, privar-lo-ia do socorro que o pode tirar do lodaçal? Os bons Espíritos lhe vêm em auxilio e seus conselhos, recebidos diretamente, são de natureza a impressionaí-lo mais vivamente do que se os recebesse por vias indiretas. Em sua bondade, e poupando-lhe a pena de ir procurar a luz distante, Deus a coloca ao seu alcance.
Poderia alegar ignorância quando ele próprio tiver escrito, visto com os próprios olhos, escutado diretamente e escutado pela própria boca a sua condenação? Se não aproveitar, será punido pela perda ou pela perversão de sua faculdade, da qual se apoderarão os maus espíritos. A mediunidade
Não implica relações habituais com os Espíritos protetores e superiores. É simplesmente, uma aptidão para servir de instrumento, mais ou menos dócil, aos Espíritos em geral.
O BOM MÉDIUM, pois, não é aquele que facilmente, produz a comunicação, mas o que conserva afinidade para com os bons Espíritos e só por estes é assistido.
É somente neste sentido que a excelência das Qualidades morais é poderosa sobre a mediunidade.

VALOR DA FÉ

"Todo aquele que me confessar e reconhecer diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai. Que está nos Céus e o que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai." (MATEUS)
"Porque se alguém se envergonhar de mim e de minhas palavras, também o filho do homem se envergonhará dele, quando vier na sua majestade e na de seu Pai e na dos santos anjos." (LUCAS)

COMENTÁRIOS DE ALLAN KARDEC

Jesus ataca a covardia, do ponto de vista especial de sua doutrina, dizendo que se alguém se envergonhar de suas palavras, ele também dele se envergonhará. Que negará aquele que o tiver negado. Por outras palavras: Os que temerem confessar-se discípulos da VERDADE, não são dignos de ser admitidos no Reino da Verdade.
Assim será com os adeptos do Espiritismo, porque sua doutrina não é senão o desenvolvimento e a aplicação do Evangelho. A eles, pois, se dirigem as palavras do Cristo. Semeiam na Terra para colher na vida Espiritual, os frutos de sua coragem e de sua fraqueza.

CARREGAR A SUA CRUZ - QUEM QUIZER SALVAR A SUA VIDA, PERDÊ-LA-Á

"O que quiser salvar a sua vida, Perdê-la-á.
Mas o que perder a vida por minha causa, achá-la- á." (MATEUS)
"E chamando a si o povo, com seus discípulos, disse-lhes: se alguém me quiser seguir, negue-se a si mesmo e tome a sua cruz e siga-me.
Porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; pois de que aproveita ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”(MARCOS)
Em verdade, em verdade vos digo, que se o grão de trigo que cai na terra, não morrer, fica ele só, mas se morrer produzirá muito fruto.
O que ama sua vida, perdê-la-á e o que aborrecer a sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida futura.

COMENTÁRIOS DE ALLAN KARDEC

Regozijai-vos, diz Jesus, quando os homens vos odiarem e vos perseguirem por minha causa, porque sereis recompensados no Céu. Sede felizes quando s homens, por sua má vontade para convosco, vos fornecerem, ocasião de provar a vossa Fé, porque o mal que vos fazem, redundará em vosso proveito.
Lastimai-vos, pois, pela sua cegueira e não os amaldiçoeis. E acrescenta: "O que me quiser seguir, tome a sua cruz", isto é, suporte corajosamente as tribulações, suscitadas pela sua Fé e receberão na vida futura o prêmio de sua coragem, de sua perseverança e de sua abnegação.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

É PRECISO MEDITAR

Meditar faz bem ao coração. É o que comprovou mais um estudo, desta vez realizado pela Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Os pesquisadores selecionaram 23 pacientes recém-hospitalizados, que foram divididos em dois grupos.
O primeiro recebeu orientação para praticar a meditação todos os dias, por 20 minutos; e o segundo, recebeu o suporte de informações médicas a respeito da doença.
O experimento durou seis meses, período em que todos os pacientes continuaram tomando normalmente os medicamentos convencionais.
Os resultados revelaram que aqueles que praticaram a meditação tiveram maior desempenho nos testes efetuados três e seis meses após o início do estudo.
Eles demonstraram maior condicionamento físico e menores índices de depressão, febre e hospitalização. “A meditação pode ser um complemento eficaz para melhorar a qualidade de vida do paciente” – disse o médico Ravishankar Jayadevappa, coordenador do trabalho, à revista “Isto É”, que divulgou em sua página da internet, no início de fevereiro, os resultados do estudo, citando, também, outra pesquisa realizada pela Universidade Maharishi (EUA), com 150 pacientes e que teve a duração de um ano.
Os que praticaram a meditação obtiveram melhor controle da pressão e precisaram de menos remédios, em comparação aos que só fizeram exercícios de relaxamento ou aos que só receberam informações de saúde.
Alguns pesquisadores trabalham agora para entender como funciona esse mecanismo.
Para o “Cedars-Sinai Research Institute” (EUA), que realizou pesquisa a respeito, a meditação pode atuar no sistema nervoso, ajudando a regular a resposta do organismo ao estresse, um dos principais fatores de risco para o coração. Já os cientistas da Universidade de Harvard descobriram que a meditação provoca um aumento de óxido nítrico no sangue. Essa substância tem efeito vasodilatador, facilitando o fluxo sangüíneo e diminuindo a pressão arterial.
No Brasil, os benefícios da meditação estão sendo a cada dia mais reconhecidos.
Em São Paulo, por exemplo, a prática já é adotada em dois hospitais e 42 postos municipais de saúde. É importante salientar que se trata de um método complementar.
“É um recurso coadjuvante. Os pacientes não podem abandonar as recomendações médicas” – esclareceu o médico Hilton Chaves, secretário da Sociedade Brasileira de Hipertensão, à jornalista Cilene Pereira, da “Isto É”.
A agitação da vida moderna tem respondido por muitos problemas, sobretudo aos associados à saúde, física e mental.
Por tudo isso é que Emmanuel, no livro “Caminho, verdade e vida”, psicografado por Chico Xavier e publicado pela Federação Espírita Brasileira em 1948, tratou na página intitulada “Na meditação”, dessa prática, através da qual se pode obter equilíbrio e fortalecimento espiritual para as lutas do dia-a-dia. Diz o benfeitor:
“Tuas mãos permanecem extenuadas por fazer e desfazer.

SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Boletim Semanal
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CAP. XXIII DO EVANGELHO SEG. O ESPÍRITISMO - MORAL ESTRANHA

1. Aborrecer Pai e Mãe.
2. Deixar Pai, Mãe e filhos.
3. Deixai que os mortos enterrem os seus mortos.
4. Não vim trazer a paz, mas a divisão.

ABORRECER PAI E MÃE
"E muitas gentes iam com ele, voltando-se Jesus lhes disse:- Se alguém vem a mim, e não aborrecer Pai e Mãe, mulher e filhos irmãos e irmãs, e ainda a sua mesma vida, não pode ser meu discípulo.
E o que não leva a sua cruz, e não vem em meu seguimento, não pode ser meu discípulo. Assim pois, qualquer de vós que não dá de mão a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo.(LUCAS)
"O que ama, mais a seu Pai ou a sua Mãe, não é digno de mim." (MATEUS)

COMENTÁRIOS DE ALLAN KARDEC
A língua Hebraica não era rica e tinha muitas palavras com significado múltiplo.
Aliás, é necessário levar em conta os costumes e o caráter dos povos que influem sobre o gênio particular das línguas.
O vocábulo ABORRECER nesta frase de S. LUCAS vem das antigas línguas e quer dizer AMAR MENOS, NÃO AMAR IGUALMENTE.
Os Apóstolos amaram os seus familiares e foram ao mesmo tempo discípulos da Jesus.
Jesus na casa de Simão Pedro, abençoa a sua família e cura-lhe a sogra.
De uma língua para a outra a significação dos termos apresenta maior ou menor grau de energia, pode ser uma injúria ou uma blasfêmia em uma língua e nada representar de ofensivo em outra, conforme a idéia a ela ligada.
Na mesma língua, certas palavras perdem deu valor depois de alguns séculos. Eis porque uma tradução literal nem sempre reproduz perfeitamente e as vezes é necessário empregar palavras equivalentes ou perífrases.
Portanto se alguém vem a mim e não amar menos, ou pelo menos não amar igualmente, aos seus pais, irmão, mulher, esposo e filhos, não é digno de mim.
Sem discutir as palavras, é preciso aqui procurar o pensamento, que era evidentemente este: "os interesses da vida futura se sobrepõe a todos os interesses e todas as considerações humanas."
Porque está de acordo com o fundo da doutrina de Jesus, ao passo que a idéia de renuncia à família seria sua negação.

E O QUE NÃO LEVAR A SUA CRUZ, NÃO É DIGNO DE MIM
Jesus aconselha Bartolomeu a ter bom animo e orienta-o quanto as provas e expiações, junto aos familiares e os pescadores de profissão.
Esclarece-o sobre as alegrias do Céu e as verdades da Boa Nova.

DEIXAR PAI MÃE E FILHOS
"E todo o que deixar, por amor de meu nome, sua casa, ou os irmãos, ou as irmãs, Pai, Mãe mulher e filhos ou ainda as fazendas, receberá cento por um e possuirá a vida eterna." (Mateus)
Então disse Pedro: Eis aqui estamos nós que deixamos tudo e te seguimos.- Jesus lhes respondeu:- m verdade vos digo que ninguém há que uma vez que deixou pelo reino de Deus a casa ou os pais ou os irmãos, ou a mulher, ou os filhos. Logo neste mundo receba muito mais e no século futuro a vida eterna.
E disse-lhe outro: Eu, Senhor, seguir-te-ei, mas dá-me licença que eu vá primeiro dispor dos bens que tenho em minha vida, ou em casa. Respondeu-lhe Jesus: Nenhum que mete a mão no arado, e olhe para traz, é apto para o Reino de Deus. (LUCAS)

COMENTÁRIOS DE ALLAN KARDEC

A idéia é “os interesses da vida futura sobrepõem-se a todos interesses e todas as considerações humanas".
No sermão da montanha, Jesus disse:- Os vencedores da terra, não necessitam das Boas Noticias
A Boa Nova é para os tristes, os pobres, os aflitos, os sedentos de justiça e de misericórdia.
Censura-se um homem que deixa o Pai, a mãe e outros familiares, para marchar em defesa dos Pais?
A lei não estabelece como obrigação que a filha deixe os pais, para seguir o esposo?
Há, pois deveres que tem precedência sobre outros. O mundo formiga de casos em que as mais penosas separações são necessárias, nem por isso se partem as afeições, o afastamento não diminui o respeito nem a solicitude devidos aos pais, nem a ternura para com os filhos.
A própria separação é necessária ao progresso.
Aqui as coisas são encaradas apenas do ponto de vista terreno.
O Espiritismo nos faz vê-las de um ponto de vista mais alto, mostrando-nos que os verdadeiros laços de afeição, são os do Espírito e não os do corpo, que não se rompem pela separação, nem mesmo pela morte do corpo, ao contrário fortificam-se na vida espiritual pela depuração do Espírito. Verdade que Consola e dá uma grande força para suportar as vicissitudes da existência.

DEIXAI QUE OS MORTOS ENTERREM OS SEUS MORTOS
"E a outro disse Jesus: Segue-me, e ele lhe disse: Senhor permite-me que eu vá primeiro enterrar meu Pai? Jesus lhe respondeu: Deixe que os mortos, enterrem os seus mortos, e tu vai e anuncie o Reino de Deus." (LUCAS)
Não penseis que eu vim trazer a paz sobre a Terra. Eu não vim trazer a paz, mas a espada; porque eu vim separar o homem de seu pai, a filha de sua Mãe, a nora de sua sogra; e o homem terá como inimigos os de sua casa.(S. MATEUS)
Eu vim trazer fogo sobre a Terra e quero que logo se acenda. Eu devo ser batizado com um batismo, e me sinto apressado que se cumpra.
Credes que eu vim trazer paz sobre a Terra? Não eu vos asseguro, mas, ao contrário, a divisão; porque de hoje em diante, se cinco pessoas em uma casa, elas estarão divididas umas contra as outras, três contra duas, e duas contra três. O Pai estará em divisão com o filho, e o filho com seu Pai; a Mãe com a filha e a filha contra a Mãe. A nora com a sogra, e a sogra com a nora. (LUCAS)

COMENTÁRIOS DE ALLAN KARDEC

Será possível que Jesus, a personificação da doçura e da bondade, que não cessou de pregar o AMOR ao próximo, pudesse ter dito " Não vim trazer paz, mas a espada, vim separar Pais e filhos, irmãos e esposos, vim lançar fogo sobre a Terra e tenho pressa que ele se acenda?
Não, não há contradição nestas palavras.
Elas dão testemunho de sua alta sabedoria.
Jesus quis dizer que toda IDÉIA NOVA encontra forçosamente oposição e nem uma só se firmou sem lutas.
Em casos tais, resistência é sempre proporcional à importância dos resultados previstos, porque quanto maior for ela, maior o número de interesse ferirá.
A medida da importância e dos resultados de uma idéia nova na emoção que ela desperta ao aparecer, na violência da oposição levantada e no grau e na persistência da cólera de seus adversários.
Jesus vinha proclamar uma doutrina que solapava pelas bases os abusos nos quais viviam os fariseus, os escribas e os sacerdotes do seu tempo; assim o fizeram morrer, crendo matar a idéia matando o homem; mas a idéia sobreviveu, porque era verdadeira; cresceu, porque estava no designo de Deus.
É de notar-se que o Cristianismo chegou quando o paganismo se achava em seu declínio, debatendo-se contra as luzes da razão. Sócrates e Platão haviam aberto o caminho e predisposto os Espíritos.
Vencedores do paganismo os Cristãos passaram a ser perseguidos. Foi a ferro e fogo que plantaram a cruz do cordeiro imaculado nos dois mundos. É um fato notório que as guerras de religião ficaram mais cruéis e fizeram mais vitimas que as guerras políticas
Culpa da doutrina do Cristo? Certo que não, porque ele condena formalmente toda violência.
Estas coisas aconteciam, porque tratavam da inferioridade do homem. "Não penseis que a minha doutrina se estabeleça pacificamente, ela acarretará lutas sangrentas, às quais meu nome servirá de pretexto, porque os homens não me terão compreendido.
Separados por suas crenças, os irmãos desembainharão as espadas uns contra os outros, e a divisão reinará entre os membros de uma mesma família.
Vim lançar fogo a Terra para limpa-la dos erros e dos preconceitos, assim como se lança fogo em um campo, para destruir a erva daninha, e tenho pressa que tal fogo se acenda para que a depuração seja mais rápida, pois desse conflito triunfará a verdade.
E quando o campo estiver preparado eu vos enviarei o CONSOLADOR, O ESPÍRITO DA VERDADE, que virá restabelecer todas as coisas.
O Espiritismo vem realizar no tempo preciso as promessas de Jesus. Entretanto não pode fazê-lo sem destruir os abusos.
Mas já passou s era dessas lutas sangrentas e de perseguições, as quais serão absolutamente morais e o seu fim se aproxima.
Estas palavras de Jesus devem, pois, entendidas como uma previsão da cólera que sua doutrina ia levantar, dos conflitos ocasionais que lhe seriam a conseqüência, das lutas que ela ia ter que sustentar antes de se estabelecer, como aconteceu aos Hebreus antes da sua entrada na Terra da Promissão.
O mal devia vir dos homens e não do Cristo.
Ele era como um médico que vem curar, atacando os tumores malignos do doente!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Causas ocultas da dor

"Amar a DEUS acima de todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo". JESUS
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Espíritas, amai-vos; Espíritas, instruí-vos". O Espírito da Verdade, cap. 6 de O Evangelho segundo o Espiritismo
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Na patogênese da alienação mental, sob qualquer aspecto em que se apresente, sempre defrontaremos um Espírito falido em si mesmo, excruciando-se sob a injunção reparadora, de que não se pode deslindar, senão mediante o cumprimento da justa pena a que se submete pelo processo da evolução.

As Soberanas Leis, que mantêm o equilíbrio da vida, não podem, em hipótese alguma, sofrer defraudações, sem que se estabeleçam critérios automáticos de recomposição, em cujo mister se envolvem os que agem com desregramento ou imprevidência.Sintetizadas na lei de amor, que é a lei natural fomentadora da própria vida, toda criatura traz o gérmen, a noção do bem e do mal, em cuja vivência programa o céu ou o inferno e aos quais se vincula, nascendo as matrizes das alegrias ou das dores, que passam a constituir-lhe o modus vivendi do futuro, atividade essa pela qual ascende ou recupera os prejuízos que se impôs.

Não há, nesse Estatuto, nenhum regime de exceção, em que alguém goze de benção especial, tampouco de qualquer premeditada punição.

Programado para a ventura, o Espírito não prescinde das experiências que o promovem, nele modelando o querubim, embora, quando tomba nos gravames da marcha, possa parecer um malfadado "satanás", que a luta desvestirá da armadura perniciosa que o estrangula, fazendo que liberte a essência divina que nele vige, inalterada.

Quem elege a paisagem pestilencial, nela encontra motivos de êxtase, tanto quanto aquele que ama a estesia penetra-se de beleza, na contemplação de um raio de Sol ou de uma flor, inundando-se de silêncio íntimo para escutar a musicalidade sublime da Vida.

Não existe, portanto, uma dor única, na alma humana, que não proceda do próprio comportamento, sendo mais grave o deslize que se apóia na razão, no discernimento capaz de distinguir, na escala de valores, as balizas demarcatórias da responsabilidade que elege a ação edificante ou comprometedora...Só Jesus viveu a problemática da aflição imerecida, a fim de lecionar coragem, resignação, humildade e valor ante o sofrimento. Ele, que era Justo, de modo que ninguém se exacerbe ou desvarie ao expungir as penas a que faz jus.”

Manoel Philomeno de Miranda (espírito) / psicografia de Divaldo Franco. Livro: Nas Fronteiras da Loucura
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A vida surpreende-nos a todos através do veículo da morte, que nos convida a outra dimensão de pensamento e vida, quando a consciência, livre dos impositivos cerebrais, desperta in totum para a compreensão do ser que somos. Felizes, portanto, aqueles que, diante da verdade, não procuram mecanismo escapistas nem formulações paliativas, mediante os quais fogem do enfrentamento com o dever, procurando a reabilitação que se faz indispensável. Ninguém, todavia, foge de si mesmo.
Não é necessário prestar-se a satisfação aos outros, a respeito dos atos, nobres ou horrendos, porque o problema é interno, pessoal, intransferível. E graças a essa conduta dúplice - a interior, que é legítima, e a externa, que se apresenta como convencional, a da aparência - que incontáveis indivíduos derrapam nos transtornos neuróticos da depressão e de mais graves injunções psicóticas, exatamente por desejarem impedir o reflexo dos atos monstruosos que lhes constituem o caráter real.

Victor Hugo (espírito) / psicografia de Divaldo Franco. Livro: Os Diamantes Fatídicos.

Mundos em colisão

Quando o universo adulto e o infantil se chocam, quem sai mais ferido?

Os adultos criaram uma sociedade confusa. As mensagens são conflitantes. Por um lado, apresentamos às crianças um mundo de fantasia e sonho, cores alegres, músicas, brincadeiras, festas de aniversário e meigas apresentadoras de TV. Um universo que consideramos adequado à sua idade e nível de desenvolvimento psicossocial. Por outro lado, distantes de nossa observação e freqüentemente com nosso assentimento, estão elas expostas a todo tipo de informação proveniente da mídia e das conversas em redor. Afinal, elas assistem TV no quarto enquanto estamos na sala e nem sempre temos idéia do que estão vendo, mas permitimos...

Ultimamente, assuntos trágicos têm conquistado espaço no noticiário, que apresenta as faces da imensurável violência cometida contra crianças, algumas vezes, por seus próprios familiares, por pessoas do seu círculo de convivência diária ou pelos encarregados de cuidar delas.

Qual é a atitude mais comum dos adultos que convivem com as crianças expostas à crueza desses relatos? Em geral, aproveitam o pouco tempo que têm com a criança para falar sobre coisas leves, como o sabor do sorvete que será comprado para a sobremesa, e conversam freqüentemente num tom de voz exageradamente adocicado (as crianças percebem tais exageros como falsidade). Contudo, entende-se que não é apropriado tratar com elas de outros aspectos da dura realidade do mundo lá fora. E, por esse motivo, pais e educadores dão início ao seu próprio “faz-de-conta” : faz de conta que nada aconteceu

Contudo, criança sente. É comum dizer-se que criança capta coisas “no ar”.

Enxergando as necessidades da criança

Isto significa que, por um lado, incentivamos as crianças a acreditarem em sentimentos como a bondade, e a confiarem em pessoas especialmente próximas como aptas a protegê-las e a cuidar delas: “Obedeça à babá, ela sabe o que é melhor para você.” Mas não nos damos conta de que existem coisas acontecendo no mundo, e eventualmente em nossa própria cidade, pelas quais a criança não pode evitar ser afetada.

Mesmo quando os fatos ainda não foram apurados, as especulações levantam suspeitas e geram receios. Os pequenos ouvem rádio, vêem fotos na internet e cenas no telejornal, escutam conversas no metrô e, ainda que pareçam distraídas com seu jogo de montar, o que é transmitido na TV chega até ela, penetra em seus pensamentos e em seu coração.

Em momentos como esses, as emoções sentidas e não expostas ficam guardadas. A dúvida e a insegurança crescem. No seu blog, a psicóloga Rosely Sayão narra duas situações reais: “Uma criança, de 8 anos, perguntou à mãe se o pai poderia matá-la quando ficasse muito bravo. Outra, um pouco mais nova, perguntou se iria ficar de mãos amarradas quando fosse ao castigo”.

São perguntas que expressam necessidades emocionais importantes. Mas nem tudo aquilo de que uma criança precisa está sempre claro e visível, ou é dito por ela. Muito do que ela necessita são coisas invisíveis como, por exemplo, a segurança em relação aos sentimentos dos adultos por elas. Por isso, ela precisa de alguém que preste atenção constante ao seu olhar, aos seus gestos e palavras, a fim de identificar o que lhe falta e providenciá-lo.

Não seria demais, nestes tempos que correm, ofertar à criança testemunhos de afeto, e conversar com ela transmitindo a segurança de que a amamos e desejamos seu melhor, de que faremos tudo ao nosso alcance para que ela esteja sempre bem, saudável e alegre.

Somos os mediadores da realidade perante nossos filhos, apresentamos a eles o mundo onde recém-chegaram. Cuidemos para que sua experiência entre nós seja a mais bela e satisfatória possível, amenizando os impactos mais agressivos do ambiente com a sensibilidade, a atenção e o carinho daqueles que a amam.
Rita Foelker

CAP. XXII DO EVANGELHO SEG. O ESPIRITISMO - NÃO SEPAREIS O QUE DEUS UNIU

1. INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO.
2. DIVORCIO.
3. CONCLUSÃO ESPÍRITA.
"E chegando-se a ele os fariseus, dizendo para o tentar: É por ventura licito a um homem repudiar a sua mulher, por qualquer causa, que seja?
E ele lhes respondeu: Não tendes lido que quem criou o homem, desde o principio, os fez macho e fêmea? E disse: por isso deixará o homem pai e mãe e se juntará à sua mulher e serão dois numa só carne?
Assim que já são dois, numa só carne, não separe logo o homem o que Deus ajuntou.
Replicaram-lhe, pois: porque mandou Moisés dar o homem à sua mulher, carta de desquite e repudiá-la?
Respondeu-lhe Jesus: Porque Moisés, pela dureza de vossos corações, vos permitiu repudiar as vossas mulheres, mas ao princípio não foi assim.
Eu, pois vos declaro que todo aquele que repudiar sua mulher, se não é por causa da fornicação, e se casar com outra, comete adultério, e o que se casar com a que outro repudiou comete adultério.

COMENTÁRIOS DE ALLAN KARDEC
Só é imutável o que vem de Deus, tudo quanto é obra humana está sujeito a mudança.
As leis da natureza são as mesmas em todos os tempos e em todos os Países. Mas as leis humanas mudam com os tempos, os lugares e o progresso da inteligência.
No casamento o que é de ordem Divina é a união dos sexos para operar a renovação dos seres que morrem. Mas as condições que regulam esta união são de tal modo humana, que não há em todo mundo e mesmo na Cristandade, dois países em que sejam absolutamente as mesmas e mesmo um em que elas não tenham sido modificadas com o tempo.
Disso resulta que para a lei civil o que é legitimo num país e numa época, é adultério noutro país ou noutra época, e isto porque a lei civil tem por objetivos regular os interesses das famílias, os quais variam com os costumes e as necessidades locais.
É assim que em certos países o casamento religioso é o único legitimo, enquanto noutros basta o casamento civil.
Mas na união dos sexos, ao lado da lei Divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei Divina imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral, que é a LEI DO AMOR.
Deus quis os seres fossem unidos, não apenas pelos laços da carne, mas pelos da alma, a fim de que a mútua afeição dos esposos se prolongasse aos filhos e que teriam de amá-los, cuidar deles e fazê-los progredir. Nas condições atuais, a lei do AMOR não é levada em consideração.
Com facilidade essa afeição se rompe.
Não é a satisfação do coração que se busca, mas a do orgulho, da vaidade, da cupidez e de todos os interesses materiais.
Quando tudo vai bem para o lado dos interesses, diz-se que o casamento é vantajoso. Mas nem a lei civil, nem os compromissos que ela estabelece podem substituir a lei do AMOR se esta não presidiu à união, aquilo que foi unido pela força, separa-se por si mesmo.
Daí as uniões infelizes, que acabam se tornando criminosas.
A lei civil tem como finalidade, regular as relações sociais e os interesses das famílias conforme as exigências da civilização.
Por isso é útil, necessária, mas variável. Deve ser previdente, pois o homem civilizado não pode viver como selvagem.
O divorcio é uma lei humana que tem por fim separar legalmente o que está separado de fato.
Não é, pois contrário à lei de Deus.
Perguntar-se-á se é mais humano, mais caridoso, mais moral, unir um a outro, dois seres que não podem viver juntos, do que lhes dar a liberdade; se a perspectiva de uma cadeia indissolúvel não aumentam o número das uniões irregulares.
O próprio Jesus não consagra a indissolubilidade absoluta do casamento, quando diz: MOISÉS pela dureza de vossos corações vos permitiu repudiar as vossas mulheres.
Isto significa que desde os tempos de MOISÉS, quando a mútua afeição não era o fim único do casamento, poderia tornar-se necessária a separação. Mas acrescenta, "No princípio não era assim", isto é, na origem da humanidade, quando os homens ainda não estavam pervertidos pelo egoísmo e pelo orgulho segundo a lei de Deus, as uniões fundadas sobre a simpatia e não sobre a vaidade ou ambição, não davam lugar ao repudio.
Especifica o repudio no adultério. Ora, o adultério não existe onde reina uma afeição recíproca sincera.
Proíbe ao homem, desposar a mulher repudiada, mas é preciso levar em consideração os costumes e o caráter dos homens dessa época.
A Lei Mosaica, neste caso, prescrevia a LAPIDAÇÃO, costume bárbaro que JESUS quis abolir quando disse: "QUEM ESTIVER SEM PECADO, QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA".

CONCLUSÃO ESPÍRITA
Não separeis o que Deus uniu, vale ainda para os Irmãos de um mesmo lar, para Pais, Esposos e Filhos. A família deve permanecer unida. Os irmãos devem se querer bem e respeitar os demais familiares, Avós, tios, primos sobrinhos etc.
Vale ainda para as agremiações religiosas. Especialmente para os Espíritas que sabem que não estão unidos pelo acaso.
Temos trabalho em conjunto para ser realizado. Uns para com os outros, e com o plano espiritual simultaneamente.
Viemos compromissados com trabalhos doutrinários e sociais, tais como o AMOR ao EVANGELHO de JESUS, o respeito a doutrina dos Espíritos, que é a filosofia que abraçamos.
E que ninguém se iluda. A ILUMINAÇÃO DO ESPÍRITO DEVE ESTAR EM PRIMEIRO LUGAR, porque se o homem tiver Jesus no coração, sua reforma intima se fará continuamente.
Lembrando que o Apostolo PAULO, nos aconselha trilhar por fileiras. Aqueles que se desgarrarem terão que caminhar por conta própria.
Juntos somos mais fortes, para enfrentar a aspereza do caminho. A separação geralmente em qualquer caso é sempre um adiamento junto aos compromissos assumidos.
Lembremo-nos sempre das alianças, com o plano espiritual, para a realização de nossos compromissos. Não podemos, nem devemos falhar.
E o que é muito importante, não tentarmos ninguém à vir a falhar, porque estaremos assim, SEPARANDO O QUE DEUS UNIU.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

CARIDADE E CÁLCULO

D. Villela

É milenar a postura que considera a religião como agência ou instância de trocas entre criatura e Criador, figurando as promessas, oferendas, votos e rituais entre os recursos a serem movimentados pelos crentes para a obtenção do favor divino, a expressar-se, invariavelmente, em benefícios materiais: saúde, prosperidade, vitória nas guerras...
Conquanto na Antigüidade já figurasse entre as recomendações religiosas a necessidade do bem e da ajuda ao próximo, estes eram habitualmente itens negligenciados pela grande maioria, preocupada com questões imediatas. Após a vinda da Boa Nova, com seu incisivo apelo à movimentação em favor do próximo, a caridade passou a figurar entre os deveres de seus seguidores, mas... Ocorreram novamente distorções, não só pela feição predominantemente material que lhe foi atribuída (esmolas, orfanatos, de valor indiscutível, na verdade) como pelo fato de passar, também ela, a ser empregada como moeda naquele equivocado mecanismo: vou dar isso ou aquilo, pois isto me assegurará vantagens na vida espiritual e mesmo na presente, o que, aliás, foi (e ainda é) reforçado por dirigentes religiosos de diferentes confissões.
Jesus fez curas e alimentou a multidão, mas realizou permanentemente a caridade moral, perdoando companheiros e inimigos e oferecendo a quantos o procuravam orientação para a felicidade verdadeira, que se baseia em condições íntimas, ligadas à nossa natureza espiritual.
A caridade é o amor que se posiciona ante as dificuldades e problemas alheios, podendo expressar-se das formas mais diversas, ostensivas (a dádiva, por exemplo) ou não, como a prece por um doente ou a compaixão pelas vítimas do vício. Compreensivelmente, a gradação desse sentimento é muito ampla, indo desde a disposição de dar (e não vender ou trocar) aquilo de que não mais precisamos até os exemplos em que a preocupação com a dor do próximo leva a preterir o interesse próprio em gestos de sublime renúncia, como ocorreu com a doação de importância mínima feita por uma viúva muito pobre ao templo de Jerusalém, que, no entanto, conforme a observação do Mestre, que assistia à cena, valia mais ante as Leis Divinas do que as vultosas quantias oferecidas na mesma ocasião.
Pessoas existem que se declaram sensibilizadas ante os quadros dolorosos da miséria e da ignorância, afirmando-se dispostas a fazer algo para atenuá-los desde que dispusessem de recursos em escala maior, chegando mesmo, algumas, a fazer tal rogativa ao Criador, o que, de alguma forma, lembra aquele aspecto negocial mencionado de início. Se não podemos criar uma instituição filantrópica, podemos e devemos ajudar as já existentes que habitualmente enfrentam problemas para manter suas atividades e para as quais as pequenas contribuições de muitos representariam valioso auxílio. Sem esquecermos as nossas disponibilidades de tempo que podem igualmente ser mobilizadas em favor do próximo.
É claro que entre dar por cálculo e não dar é sempre melhor a primeira atitude, cujos frutos pertencerão ao doador, mas devemos reconhecer que se trata ainda de exercício preliminar, pois a caridade legítima é impulso fraterno dos que se alegram com a felicidade daqueles a quem ajudam.
A essência do ensinamento sobre a dádiva da viúva pobre é que o valor de qualquer ação fraterna é relativo às circunstâncias e à intenção com que é praticada.
Doações, materiais ou não, pequenas embora mas que expressam nossa sincera preocupação com o próximo, nos aproximam, assim, daquela mulher anônima e necessitada cuja atitude foi exaltada por Jesus.
“O Evangelho segundo o Espiritismo”
(capítulo 13, itens 5 e 6).

“A estrada para cima
chama-se caridade.”
“Algo mais” Emmanuel

SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
LAR FABIANO DE CRISTO

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O Céu e o Inferno

por ALLAN KARDEC
Uma das características do Espiritismo é a fé raciocinada. Assim ao analisar a questão do Céu e Inferno, no livro homônimo, Allan Kardec partindo do raciocínio lógico apoiado no conhecimento, tendo uma visão histórica e social, separando as leis humanas que são temporais dependentes da cultura e da época, das leis divinas ou naturais que são universais, nos leva a construção de uma fé que transcende a imagem ou um dogma.
Inferno
Desde as épocas mais primitivas o homem se preocupou com seu destino após a morte. Assim as penas e recompensas foram reflexos dos instintos predominantes. Ao analisarmos o caminhar da Humanidade tendo como base seus ritos e crenças veremos que dominado pela matéria o homem compreende a espiritualidade imaginando para as penas e gozos futuros um quadro mais material que espiritual.Não podendo compreender senão o que vê o Homem primitivo idealizou um inferno reunindo tudo quanto lhe representasse tortura e suplício. Assim nas regiões frias o inferno seria uma geleira eterna, sem sol sem calor.Já nas regiões quentes seria um fogo abrasador. As mesmas considerações que entre os antigos tinham feito localizar o reino da felicidade, fizeram circunscrever igualmente o lugar dos suplícios. Tendo se colocado o primeiro nas regiões superiores seria natural reservar os lugares inferiores par o centro da Terra. Acreditavam existir cavernas de entrada para regiões sombrias no interior da terra,nos lugares baixos.Na Mitologia grega o inferno seria um lugar subterrâneo onde estariam as almas dos mortos. O conhecimento do Inferno pagão nos é fornecido quase exclusivamente pela narrativa dos poetas. Citam-se Homero, Virgílio e Dante Alighieri. Este, por exemplo, na sua "Divina Comédia" descreve os aspectos lúgubres dos lugares, preocupando-se em realçar o gênero de sofrimento dos culpados tendo como base dos tormentos o fogo.Na fig1 temos a ilustração deste Inferno idealizado por Gustave Doré, importante artista que viveu entre 1832 -1883.
Em algumas religiões esta idéia se perpetua até hoje, utilizando para reafirmá-la o conhecimento cientifico da existência do magma terrestre ainda em fase de resfriamento como referência desta teoria. O Inferno perpetuado pela religião cristã dogmática foi elevado a um lugar de maiores suplícios do que aquele dos pagãos (caldeiras ferventes, tonéis de óleo, rochedo em brasa, ale,m de suplícios morais, sexuais e emocionais etc.) a todos aqueles que tiveram um vida de pecado ou que não professava esta ou aquela religião. Como os pagãos, os cristãos dogmáticos também possuem o seu rei dos infernos - Satã - com a diferença, porém, de que Plutão se limitava a governar o sombrio império, que lhe coubera em partilha, sem ser mau; retinha em seus domínios os que haviam praticado o mal, porque essa era a sua missão, mas não induzia os homens ao pecado para desfrutar, tripudiar dos seus sofrimentos. Satã, no entanto, recruta vítimas por toda parte e regozija-se ao atormentá-las com uma legião de demônios armados de forcados a revolvê-las no fogo.
Pela Teologia de muitas religiões ditas cristãs as penas e gozos serão distribuídos segundo as obras de cada ser,sendo estabelecido como o gozo celestial para os bons,as torturas do inferno para os maus, e para o inocentes (nem bons e nem maus)o limbo.
No cap.IV livro " O Céu e Inferno" Allan Kardec analisa a questão colocada para Igreja, de casos especiais como por exemplo o das crianças falecidas em tenra idade, que sem fazer mal algum, não poderiam ser condenadas ao fogo eterno. Não tendo feito bem algum, também não lhes assistia direito à felicidade suprema. Ficam no limbo, por ser esta uma situação definida, na qual, se não sofrem, também não gozam da bem-aventurança em sorte irrevogavelmente fixada.Allan Kardec destaca que tal privação levaria a um suplício eterno e tanto mais imerecido.O mesmo se dá quanto ao selvagem que, não tendo recebido a graça do batismo e as luzes da religião, peca por ignorância, entregue aos instintos naturais. Certo, este não teria a responsabilidade e o mérito cabíveis aos que procedem com conhecimento de causa. A simples lógica repele uma tal doutrina em nome da justiça de Deus, que se- contém integralmente nestas palavras do Cristo: "A cada um, segundo as suas obras." Obras, sim, boas ou más, porém praticadas voluntária e livremente, únicas que comportam responsabilidade. Neste caso não podem estar a criança, o selvagem e tampouco aquele que não foi esclarecido. Para o Espiritismo: Céu e Inferno são figuras de linguagem e não lugares circunscritosNa questão 1011 d e O Livro dos Espíritos, estudamos :
De acordo, então, com o que vindes de dizer, o inferno e o paraíso não existem, tais como o homem os imagina?
"A localização absoluta das regiões das penas e das recompensas só na imaginação do homem existe. Provém da sua tendência a materializar e circunscrever as coisas, cuja essência infinita não lhe é possível compreende São simples alegorias: por toda parte há Espíritos ditosos e inditosos. Entretanto, conforme também já dissemos, os Espíritos de uma mesma ordem se reúnem por simpatia; mas podem reunir-se onde queiram, quando são perfeitos."
As penas e os gozos são inerentes ao grau de perfeição dos Espíritos. Cada um tira de si mesmo o princípio de sua felicidade ou da sua desgraça. E, como os espíritos estão por toda parte, não existe um lugar circunscrito ou fechado que possamos chamar de céu ou de inferno.
Bibliografia consultada
Allan Kardec "Livro dos Espíritos".
Allan Kardec "Céu e Inferno" capitulo IV.
Laurelucia Orive Lunardi
Abril / 2004

PREPARAÇÃO DE TRABALHADORES PARA A ATIVIDADE MEDIÚNICA E DE DESOBSESSÃO NA CASA ESPÍRITA

1. GRUPOS, CENTROS OU SOCIEDADES ESPÍRITAS

Esses grupos, correspondendo-se entre si, visitando-se, permutando observações, podem, desde já, formar o núcleo da grande família espírita, que um dia consorciará todas as opiniões e unirá os homens por um único sentimento: o da fraternidade, trazendo o cunho da caridade.( Allan Kardec, L. M. Cap. XXIX, item 334).
O CENTRO ESPÍRITA

• Campo de luz aberto a todos apontando rumos de libertação.

• Atualizá-lo, sem lhe modificar os objetivos básicos.

• Desenvolver as s/ atividades sem alterar as estruturas ético-morais.

• Qualificá-lo para os grandes momentos do presente e do futuro, preservando as bases doutrinárias.

• Amor e estudo, ação da caridade.

• Oficina de trabalho, templo de oração, lugar de reequilíbrio, hospital das almas, iluminação de consciências.
(Esp. Vianna de Carvalho, Médium Divaldo P Franco)

O que são:

• São núcleos de estudo, de fraternidade, de oração e de trabalho, praticados dentro dos princípios espíritas;

• São escolas de formação espiritual e moral, que trabalham à luza da Doutrina Espirita;

• São postos de atendimento fraternal para todos os que os procuram com o propósito de obter orientação, esclarecimento, ajuda ou consolação;

• São oficinas de trabalho que proporcionam aos seus freqüentadores oportunidades de exercitarem o próprio aprimoramento íntimo pela prática do Evangelho em suas atividades;

• São recantos de paz construtiva, que oferecem aos seus freqüentadores oportunidades para o refazimento espiritual e a união fraternal pela prática do “amai-vos uns aos outros”;

• São núcleos que se caracterizam pela simplicidade própria das primeiras casas do rituais ou outras quaisquer manifestações exteriores;

• São as unidades fundamentais do Movimento Espírita..

Seus objetivos:
Os grupos, Centros ou Sociedades Espíritas têm por objetivo

• Promover o estudo, a difusão e a prática da Doutrina Espírita, atendendo às pessoas:

• Que buscam esclarecimento, orientação e amparo para os seus problemas espirituais, morais e materiais;

• Que querem conhecer e estudar a Doutrina Espírita;

• Que querem trabalhar, colaborar e servir em qualquer área de ação que a prática espírita oferece.

União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo / USE Distrital Jabaquara – Julia Nezu

COMO DESTRUIR O EGOÍSMO?

“Amar o próximo como a si mesmo: fazer para os outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós.” É a mais completa expressão da caridade, porque resume todos os deveres para com o próximo. Não se pode ter guia mais seguro, a esse respeito, que tomando por medida, do que se deve fazer para os outros, o que se deseja para si. Com qual direito se exigiria dos semelhantes mais de bons procedimentos, de indulgência, de benevolência e de devotamento do que se os têm para com eles? A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo; quando os homens as tomarem por normas de sua conduta e por bases de suas instituições, compreenderão a verdadeira fraternidade e farão reinar, entre eles, a paz e a justiça; não haverá mais nem ódios nem dissensões, mas união, concórdia e benevolência mútua.
(Evangelho Segundo o Espiritismo, item 4, Cap. XI
(Amar o Próximo como a si mesmo)

O Espiritismo e a Dor

"É muito difícil fazer entender aos homens que o sofrimento é bom" Léon Denis
O problema da dor, considerada como toda manifestação de sofrimento humano, sempre esteve ligado à religião. Mesmo na Filosofia, observamos que maior preocupação acerca do assunto se concentrou na fase que antecede a separação entre filosofia e religião, no mundo helênico. Daí, o Budismo, o Bramanismo etc. pregando princípios filosóficos acerca do problema, tomando como premissas doutrinas de conteúdo nitidamente religioso.
Na tradição cristã-judaíca, os liames ainda permanecem: "porque tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança" - escreveu S. Paulo (Romanos 15:4).
Com o divórcio crescente entre a Filosofia e a Religião, notadamente com Sócrates, os teólogos começaram a trilhar outros caminhos para equacionar a questão - por que sofremos? -com o abandono, muitas vezes, total da razão e a apologia da revelação.
Mais perto de nós, certos pensadores, aparentemente saldos dos meios eclesiásticos, deram à dor uma significação mística, através de obras cujo valor filosófico fica escondido por trás de uma retórica exagerada, dentro dum lirismo afetado, extremamente sentimental. É o caso do pensador cristão Humberto Rhoden que dividiu a humanidade em resignados, regenerados e revoltados, dando a esses termos conceitos teológicos produzidos por meio de raciocínio excêntrico. Um outro autor recente e de grande valor, é Gibran Calil Gibran que na beleza poética de "O Profeta" entre outras coisas, à semelhança do Espiritismo, diz que "a dor é o rompimento do invólucro em que se encerra nossa compreensão" (pág. 55).
Admitamos assim, que a filosofia, transferindo seus objetivos para a Teoria do Conhecimento e "para o Ser enquanto Ser", abandonou o campo das especulações sobre o homem em si. Por outro lado, a religião fundamentou-se cada vez mais no conhecimento revelado e tentou equacionar o problema de maneira excessivamente teórica, sem nenhum valor pragmático.
Há gente que acusa o Espiritismo de ter seguido a mesma trilha das demais religiões, ao procurar desvendar o porque do sofrimento do homem, cometendo os mesmos erros daqueles. É o que se poderia pensar, desavisadamente, com a leitura de pensamentos psicografados, sobretudo de Emmanuel, como aquele que nos ensina que a dor costuma agitar os que se encontram no "vale da morte", onde o medo estabelece o ranger de dentes nas trevas exteriores; mas existe a luz interior que é a da esperança" (Vinha de Luz, 161).
De tudo isso, concluímos que a dor sempre foi vista como algo de origem transcendental. No estudo de seu conhecimento sempre entra, obrigatoriamente, aquele instinto que liga o homem ao infinito, ao ignoto, a Deus.
Acontece, entretanto, que essa tendência do homem a buscar o transcendental nem sempre - ou quase nunca - foi bem sucedida, dando os resultados esperados por ele em termos de paz interior, de um melhor entendimento de seus problemas existenciais. E a religião tentou superar essa dificuldade, procurando clarear o caminho com o facho escondido do dogma, apelando para a apologia da dor. Surgiu assim o conceito de que "Todo sofrimento é agradável a Deus".
Neste ponto, há relação aparente entre o Espiritismo e as demais doutrinas religiosas: pessoas há, dentro do movimento, que buscam a mortificação, pregada na doutrina da igreja, como forma de elevação espiritual. Coube a Emmanuel desfazer essa falsa interpretação doutrinária, ensinando que "não vale a pena sofrer, é preciso aproveitar o sofrimento". (Caminho, Verdade e Vida, pág. 50).
Voltando à posição da filosofia ante dor, temos diversas correntes de pensamento que a definem, apenas, sem mostrarem interesse em explicações da sua etiologia. Nessa linha de pensamento, os intelectualistas, ,com Leibniz, a definem como a "diminuição do Ser"; os simpatizantes e defensores da teoria da efetividade identificam o sofrimento com a ação (?), uma identificação um tanto confusa. Finalmente temos a retomada do pensamento antigo de Lucrécio e Epicuro, com a teoria simplista que define a dor como a ausência de prazer, sem nada acrescentar.
Como se trata de um problema de caráter geral no mundo e no seio da humanidade, e por isso essencial para o conhecimento, a posição do Espiritismo não tem necessidade de ser buscada em outra fonte que não a própria codificação. Kardec e o Espírito da Verdade esclareceram-no rio corpo da Doutrina. E o problema da dor é um desses pontos.
Em primeiro lugar, temos o conceito de evolução e o estudo dos diversos tipos de mundos habitados, de onde advém o ensinamento de que nos encontramos num mundo de expiação e provas, isto é, num mundo onde o sofrimento é uma característica dos espíritos nele encarnados. Nesse particular, entretanto, não é absolutamente correto, tomar o Espiritismo uma doutrina que vem pregar o sofrimento.
Para que possamos entender a posição da Doutrina, temos que vê-la em seu aspecto consolador, isto é, como doutrina que visa o sofrimento no interior de cada criatura, através do esclarecimento, o que ela representa, o que é, e suas causas. Parte ela, para isso, da premissa de que só usamos bem aquilo que conhecemos em seus conceitos de causa e efeito.
Como resultado dessa posição doutrinária, vemos o Espiritismo claramente diferenciado das outras religiões, com o novo conceito de resignação e consolação que ultrapassa ao campo intelectual e sentimental, indo até o campo do agir; É o que se nos depara no cap. V., n.° 13 de "O Evangelho Segundo o Espiritismo" onde se lê que "o homem pode minorar ou agravar as asperezas de sua luta, pela maneira com que encara a sua vida terrena". Aí observamos que, embora o conceito de sofrimento não perca seu aspecto transcendental, o homem perde a passividade pregada por outras doutrinas. E conclui no item 14 b do mesmo capítulo: "a calma e a resignação auferidas na maneira de encarar a vida terrena, bem assim a fé no futuro, conferem ao espírita essa serenidade que é o preservativo contra a loucura e o suicídio".
O "Livro dos Espíritos" não poderia ser mais explícito a esse respeito:
Questão nº 920:
- O homem pode gozar na terra uma felicidade completa?
Resposta dos Espíritos:
"Não, pois a vida lhe foi dada como prova ou expiação, mas dele depende abrandar seus males e ser tão feliz quanto se pode ser na terra".
Finalmente, devemos lembrar que a não compreensão da dor, tem gerado problemas sociais. Isso porque os "resignados" de Rhoden trazem consigo um arsenal interior pronto a explodir a cada instante; os regenerados se não tiverem consciência do fim do último de sua regeneração, em termos de eternidade, estão sempre numa condição de instabilidade interior; os revoltados sempre são foliões cujas lágrimas umedeceram e rasgaram as máscaras que lhes escondiam a face e buscam, de rosto nú, o sorriso do futuro na face carrancuda do presente.
Luis Terra

OFERENDA ÀS CRIANÇAS


(que serve para todos nós)


Na noite de 16 de julho de 1948, algumas irmãs do Distrito Federal se achavam em Pedro Leopoldo, e, algumas delas, em oração, pediram aos Amigos Espirituais uma lembrança para as criancinhas do “Centro Espírita Discípulos de Jesus”.


Foi JOÃO DE DEUS, o suave lírico de Portugal, quem veio e atendeu pela mediunidade de Chico, dedicando às crianças da referida Instituição a Poesia abaixo:


Ouve, agora, meu anjinho,
Se procuras o caminho
Do Paraíso no além,
Cultiva o jardim do amor,
Trabalha e atende ao Senhor
Sem fazer mal a ninguém.
Sê bondoso e diligente,
Serve ao mundo alegremente
Apega-te aos homens bons;
Foge à discórdia que exalta
À treva, à revolta, à falta,
E busca os divinos dons.
Depois, filho, mais tarde,
Entenderás, sem alarde,
Que a senda de perfeição
Para toda criatura
Começa, risonha e pura
Por dentro do coração.


(Lindos Casos de Chico Xavier, por Ramiro Gama)

O PODER DA PALAVRA E DO PENSAMENTO

Livro Obreiros da Vida Eterna (FEB), de André Luiz, item 2, no Santuário da Bênção, a espiritualidade nos ensina que deveríamos selecionar e cuidar mais do que falamos, pois as palavras criam campos favoráveis ou não aos nossos serviços.
A conversação cria o ambiente e coopera em definitivo para o êxito ou para a negação.
Exorta-nos a valorizar o tempo, se estamos verdadeiramente interessados em nossa elevação. E cita frase de profeta da antiguidade “a palavra dita a seu tempo é maçã de ouro em cesto de prata”.Não desperdiçar o tempo, com palavras inúteis é o que visa alertar.
Diz “somos de parecer que precisamos sanar os velhos desequilíbrios das intromissões verbais desnecessárias e, muitas vezes, perturbadoras e dissolventes nos ambientes que freqüentamos.
E também que” no mundo carnal, metade do tempo é desperdiçada inutilmente, através de conversações ociosas e inoportunas. Não se previnem nossos irmãos de que o verbo está criando imagens vivas, que se desenvolvem no terreno mental a que são projetadas, produzindo conseqüências boas ou más, segundo a sua origem.
Essas formas naturalmente vivem e proliferam e, considerando-se a inferioridade dos desejos e aspirações das criaturas humanas, semelhantes criações temporárias não se destinam senão a serviços destruidores, através de atritos formidáveis, se bem que invisíveis.
Citam que a ausência de qualquer palavra menos digna e a presença contínua de fatores verbais edificantes, facilitam a elaboração de forças sutis, nas quais os orientadores divinos encontram possibilidades de trabalhos a nosso favor. Toda conversação prepara acontecimentos de conformidade com a sua natureza.
Dentro das leis vibratórias que nos circundam por todos os lados, é uma força indireta de estranho e vigoroso poder, induzindo sempre aos objetivos velados de quem lhe assume a direção intencional. E, como tudo começa na mente, ensina-nos a necessidade permanente da limpeza interna do pensamento. Lembram pessoas que vão às casas espíritas, igrejas, templos, enfim em busca de bênçãos, que não se esqueçam da necessidade imperiosa de pensamentos limpos. ”Quem busca uma casa especializada em abençoar, não pode hospedar idéias negativas, não dignas, de rancor, ódio e falta de perdão. Pois terão dificuldades em ser ajudados, falta de seu preparo íntimo e pelo campo negativo que criam em torno de si, por sua negatividade interior.” O Missionário do bem, onde quer que se encontre, é sempre um semeador de luz”.
(André Luiz) E a palavra deve ser sempre um dos meios de iluminação.


O ARAUTO
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Ano VII – N° 62 – SETEMBRO/OUTUBRO – 2007

CHICO XAVIER FALA DAS DUAS JUVENTUDES


(Entrevista realizada por Silveira Lima,
na Rádio Sociedade do Triângulo Mineiro de Uberaba, MG, em 05.07.1971)
Entrevistador: – Chico, uma mensagem aos jovens de Uberaba e do Brasil.
.
Quando lemos revistas modernas, jornais da época e encontramos referências à mocidade transviada, isso nos espanta, porque, não temos semelhante problema. Temos aqui tantas meninas e tantos rapazes estudando, trabalhando e auxiliando na vida social, no mundo familiar, criando valores novos na arte, na cultura, no trabalho, em tudo aquilo que é utilidade à vida humana.
Esses jovens todos nos dão tantos exemplos de bondade, de honestidade, de trabalho que, se posso enviar uma palavra aos jovens de Uberaba será essa apenas a que resuma as nossas felicitações a todos eles – essa mocidade laboriosa que nós acompanhamos todos os dias, em todas as praças e ruas de nossa cidade engrandecendo-as.
Quanto à outra juventude, vamos dizer, a outros grupos jovens do Brasil e do Mundo desejamos que nós possamos entrar em harmonia uns com os outros. Devemos saber que os jovens estão procurando um caminho de realização, tanto quanto nós outros, os adultos, precisamos de um caminho para harmonização com nossas próprias experiências, porquanto estamos na Terra, pela vontade de Deus para nos amarmos mutuamente, para nos querermos cada vez mais, mas nunca para usarmos da violência de uns com os outros.
(ARAUTO. Comentários. – Vemos como uma pessoa cheia de luz pode contagiar a muitos. Chico era uma Luz, um modelo e muitos seguiam seus exemplos, inclusive os jovens de sua Terra. Uberaba na época tinha mais Centros Espíritas que os Estados Unidos, muitos abertos com estímulos das lições de nosso querido Chico Xavier.


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POR QUE AS MORTES COLETIVAS,


POR QUE AS MORTES COLETIVAS, TERREMOTOS, TSUNAMES, DESABAMENTO DE PRÉDIOS, QUEDA DE GRANDES AVIÕES? (Quem responde é Léon Denis, Filósofo Francês e Espírita)
Pergunta-se às vezes o que se deve pensar das mortes prematuras, das mortes acidentais, das catástrofes que, de um golpe, destroem n u m e r o s a s e x i s t ê n c i a s humanas. Como conciliar esses fatos com a idéia de plano, de providência, de harmonia universal? As existências interrompidas prematuramente por causa de acidentes chegaram ao seu termo previsto. São em geral, complementa res de existências anteriores, truncadas por causa de abusos ou excessos. Quando, em conseqüências de hábitos desregrados, se gastaram os recursos vitais antes da hora marcada pela natureza. Tem se de voltar a perfazer, numa existência mais curta, o lapso de tempo que a existência precedente devia ter normal mente preenchido. Sucede que os seres humanos, que devem dar essa reparação, se reúnem num ponto pela força do destino, para sofrerem, numa morte trágica, as conseqüências de atos que têm relação com o passado anterior ao nascimento. Daí, as mortes coletivas, as catástrofes que lançam no mundo um aviso. Aqueles que assim partem, acabaram o tempo que tinham de viver e vão preparar-se para existências melhores. (LÉON DENIS, no Livro O problema do Ser do Destino e da Dor, primeira parte, item X - a Morte)

LENDO PARA VOCÊ

A VIDA SEMPRE FLORESCE – Ricardo Orestes Forni – Editora EME
Esse livro aborda com m u i t a p r o p r i e d a d e a s conseqüências advindas do suicídio. No Livro dos Espíritos, a pergunta 944 diz o seguinte: “O homem tem o direito de dispor da sua própria vida? Resposta: Não, só Deus tem esse direito. O suicídio voluntário é uma transgressão dessa lei”.
E nos dias atuais temos visto pelas notícias da mídia, casos freqüentes de suicídio. São nossos irmãos que por motivos os quais não nos cabe julgar, lançam mão desse método pensando que poderão fugir dos problemas e dificuldades que a vida nos apresenta. Dolorosa decepção! Mas... Sabemos que Nosso Pai jamais desampara Seus filhos e de uma maneira ou de outra o socorro sempre vem.
Essa obra narra a história de um Espírito que durante três reencarnações seguidas se vale da porta falsa do suicídio, tendo a decepção de que a vida continua. Resgatado do Vale dos Suicidas, por intercessão de sua mãe é programada para ele uma reencarnação compulsória, em um lar espírita. Logicamente será portador de limitações físicas. Por aí podemos ver que limitações físicas e patologias congênitas, têm a sua matriz em existências passadas.
Mas a ciência prefere dizer que é acidente genético ou fatalidade. É mais fácil!
Geralmente, quando recebemos em nossos lares fi lhos com limitações físicas costumamos interpretar que é um resgate e que todos somos coniventes. Mas esse caso é diferente. O casal recebe esse filho por AMOR! E cumpre a sua missão de renúncia e dedicação! Durante o processo de resgate e programação da reencarnação desse Espírito, uma caravana composta de vários alunos e chefiada por um mentor, acompanha toda essa trajetória elucidando i m p o r t a n t e s p o n t o s doutrinários e esclarecendo dúvidas sobre os vários tipos de suicídio. E m v i s t a d e c o m o termina essa reencarnação compulsória, o autor apresenta no final comentários muito interessantes sobre morte encefálica.
Boa leitura!
(zildea@ig.com.br)

ESPÍRITO DIRIGE TÁXI EM SÃO PAULO!

(TRANSFIGURAÇÃO)
Em 2006, tivemos contato com um confrade que mora em São Paulo, que viveu um momento insólito, fato inesperado. Publicou sua história na Revista Internacional do Espiritismo (n.5) e nós o procuramos via e-mail para saber mais sobre o fato.
Fato real, nesse dia, D. S., funcionário de um jornal em S. Paulo, ia para o trabalho.
Metrô em greve, ônibus superlotados. Não achava condução, até que conseguiu um táxi.
Entrou no carro e puxou conserva com o motorista: uma pessoa aparentando uns 50 anos, tipo caboclo como os da região norte-nordeste, pouco cabelo, fechado, aborrecido. Ele não respondeu e continuou carrancudo. Passado algum tempo, o passageiro quieto ouviu do motorista: — É, parece que vai chover, olha as nuvens! E continuou falando.
O passageiro continuou quieto, mas levou um susto quando olhou para o motorista. Viu um homem louro, olhos claros, bastante cabelo, usando óculos, mais jovem e simpático. Diferente do que estava dirigindo antes o táxi.
Depois que controlou o susto, pensou, mas o que é isso? Estou diante de uma transfiguração!
Como conhecia o espiritismo ficou com vontade de perguntar se o motorista estava ciente do que estava ocorrendo, se tinha consciência do fato.
Começou perguntando se acreditava em vida após a morte... A resposta foi, sim,... Até que o passageiro deu um jeito de falar com ele sobre o que viu.
Ele disse, é, tem a ver!... Hoje é quinta feira; toda quinta feira sempre acontece alguma coisa que quer atrapalhar o meu dia. À noite eu sou médium e freqüento um trabalho de desobsessão no bairro Santana. Mas toda quinta feira disse que experimentava sempre certos obstáculos em sua rotina. O que ocorre é que espíritos que irão estar no trabalho e o terão como médium, costumam se aproximar mais cedo. E, se ele tivesse conhecimento, tivesse a mediunidade educada, recebido orientação mediúnica, estaria mais preparado para não sofrer influências, como aquela, quando o espírito o dominou totalmente, até dirigindo o táxi, no lugar dele..
É falta de vigilância do médium. Aprendemos a absorver ou rechaçar as energias, no Coem.
Ao percebermos o envolvimento, fora do local e hora do trabalho, se for energia pesada, rechaçamos, não aceitamos, elevando o pensamento e formando defesa de vibração mais elevada que o espírito que se aproxima. Senão, podemos ficar mediunizado em casa, no trabalho, na rua....Em nosso contato com o confrade D. S., falando sobre sua experiência, ele concordou que, inclusive, correu risco de vida com a situação.
O LIVRO DOS MÉDIUNS -
SEGUNDA PARTE -
CAPÍTULO VII
122- transfiguração. Ela consiste na mudança de aspecto de um corpo vivo. Eis um fato do qual podemos garantir a perfeita autenticidade, e que se passou nos anos de 1858 e 1859, nos arredores de Saint-Etienne. Uma jovem de uns quinze anos desfrutava da singular faculdade de se transfigurar, quer dizer, a de tomar, em dados momentos, todas as aparências de certas pessoas mortas; ....Um médico do local, muitas vezes foi testemunha desses efeitos bizarros, e, querendo se assegurar de que não era joguete de uma ilusão, fez a experiência seguinte. Conhecemos os fatos por ele mesmo, pelo pai da jovem e por várias testemunhas oculares muito honradas e muito dignas de fé. Teve a idéia de pesar a moça no seu estado normal, depois no estado de transfiguração, quando tinha a aparência de seu irmão de vinte e poucos anos de idade, que era maior e mais forte. Pois bem! Ele constatou que neste último estado o peso era quase o dobro. A experiência foi concludente e era impossível atribuir essa aparência a uma ilusão de ótica.
(jairocapasso@uol.com.br´


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Ano VII – N° 62 – SETEMBRO/OUTUBRO – 2007

AS TRAGÉDIAS E A VISÃO ESPÍRITA

Deus é Pai. Todo o universo está submetido às Suas leis sábias e perfeitas. Nós é que temos que entendê-las. O Espiritismo nos explica que reencarnamos inúmeras vezes na Terra e em outros planetas, sempre com o objetivo de nosso aprendizado evolutivo (moral e intelectual). Recebemos do Pai, múltiplas oportunidades de aprendizado. Além disto, o nosso livre-arbítrio nos permite escolher o caminho que desejarmos, pela nossa própria decisão (claro, dentro de certo círculo de limitação). Assim plantamos e colhemos os resultados de nossas ações. Nas próprias palavras de Jesus: "Colhemos o que semeamos". Desta forma, obtemos bons frutos de nossas semeaduras, mas também, enfrentamos problemas inerentes às decisões equivocadas que tomamos nesta existência, como também, colheitas de semeaduras invigilantes de outras encarnações.
Como, geralmente o mal não acontece pelas mãos de um único individuo, gera-se o “Carma Coletivo”. Ou seja, um grupo de indivíduos que podem juntos ou não, ter ocasionado determinado delito, direta ou indiretamente, prejudicando outras pessoas. Não foi assim no Coliseu Romano nos primórdios da era Cristã? Os culpados pelo sacrifício dos Cristãos na época, não foram apenas o Imperador e soldados. Mas todos aqueles que aplaudiram e apoiaram o ato insano. E Jesus nos ensina: “quem com ferro fere, com ferro será ferido”.
Nos acidentes que aconteceram, bem como o terremoto no Peru, nada foi por acaso. Aconteceram dentro de uma programação sideral, para o resgate dos envolvidos. Reencarnaram e tiveram um determinado tempo aqui na Terra, até a eclosão dos acontecimentos fatais. Mas, regressaram bem melhores, pois ficaram quites com a “Lei de Causa e Efeito”. Esses espíritos pediram para desencarnarem desta forma, antes de reencarnarem. Esqueceram provisoriamente o passado de outras existências, como acontece a quase todos nós.
Qual lição que podemos tirar dessas tragédias? Que de nossa parte, possamos sempre trabalhar em nossa reforma íntima, visando cultivar a verdadeira fraternidade cristã. A Lei de Causa e Efeito não é fatalista. A todo o momento podemos alterá-la, conforme o nosso comportamento. Reveses que estavam (ou estão) programados para esta existência, podem ser alterados, conforme o nosso modo de vida. Vamos então melhorar as nossas atitudes?
(AATV)


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