LENDO PARA VOCÊ

A morte não é o fim
– Assis Azevedo/Espírito João Maria –
Editora O Clarim
Mesmo com todo o conhecimento doutrinário que vamos adquirindo através do tempo, da leitura constante de obras espíritas, ainda não é fácil aceitarmos as perdas das pessoas amadas. Dizemos aqui, perdas, como força de expressão, porque sabemos que não perdemos ninguém. A vida continua em toda a sua plenitude no plano espiritual, e um dia, encontraremos os nossos entes queridos.
É a história que narra esse livro acima citado. Esse livro teve a aprovação unânime dos seis avaliadores das cidades de Sorocaba, Limeira, Americana, Indaiatuba, Rio Claro e Piracicaba, que trabalham em conjunto nessa área do clube do livro.
Sabemos que no meio espírita, há inúmeras pessoas que não gostam do gênero romance, dentro da literatura espírita, mas pouco podemos fazer, porque, ultimamente, para essa área de clubes do livro, é o que temos recebido das editoras.. Mas se prestarmos atenção veremos que sempre dentro da trama amorosa dos romances, estão inseridos conhecimentos doutrinários importantes, que ás vezes causam até questionamentos.
Vamos então ao resumo e a um comentário importante da história. Um acidente, choque de duas caminhonetes, provoca a desencarnação de nove jovens.
Confusos, vêem os dois veículos totalmente destruídos, mas não percebem que estão todos “mortos”. Quando a notícia chega aos familiares, é um desespero total. Pais, irmãos, namoradas, namorados, demais parentes, ficam desolados. Passado o impacto, todos tomam a resolução de reunirem-se para consolo, procurar entender o porquê do acidente, discutir sobre a imortalidade da alma e a existência de Deus. E as reuniões prosseguem, as discussões são acaloradas, e nota-se como está sendo difícil aceitar a situação, devido à ausência de uma religião, materialistas que são.
E os jovens desencarnados, como estão? Foram socorridos e levados a uma das muitas colônias que existem no plano espiritual. Nessa colônia vão se recuperando, encontram outros jovens nas mesmas condições e o tempo passa. Mas, esses jovens precisam reencarnar logo, devido a compromissos que ainda não foram cumpridos, pois esse acidente foi imprudência. E as reencarnações são programadas, porque os pais, ainda são jovens, e também haverá casamentos dos outros filhos.
Portanto há plenas condições para as reencarnações. Nessa colônia tornam-se muito amigos de um espírito, com o qual já conviveram em reencarnações antigas. Esse espírito precisa reencarnar, pois tem dívidas muito grandes a resgatar, mas está muito difícil achar uma família para recebê-lo.
Ele então toma uma decisão que surpreende a todos. Pede para reencarnar através de qualquer mulher, e que seja abandonado por ela e até jogado em uma lata de lixo. E todos reencarnam.
Temos visto ultimamente, casos divulgados pela mídia, de mães que abandonam os recém-nascidos, jogam em latas de lixo, lagoas, etc. Mas notem que essas crianças sobrevivem, pois o amparo dos bons espíritos não falha.
E nós? E a mídia? Só sabemos criticar e condenar, não é? Esquecemos das palavras do Cristo: “ Não julgueis para não serdes julgados; porque com a mesma medida que medirdes, vos medirão também”.
E ainda; “Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado”.
Vamos refletir sobre essas nossas atitudes?
(zildea@ig.com.br)


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Ano VII – N° 56 – SETEMBRO/OUTUBRO 2006