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terça-feira, 26 de agosto de 2008

CAP. XXII DO EVANGELHO SEG. O ESPIRITISMO - NÃO SEPAREIS O QUE DEUS UNIU

1. INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO.
2. DIVORCIO.
3. CONCLUSÃO ESPÍRITA.
"E chegando-se a ele os fariseus, dizendo para o tentar: É por ventura licito a um homem repudiar a sua mulher, por qualquer causa, que seja?
E ele lhes respondeu: Não tendes lido que quem criou o homem, desde o principio, os fez macho e fêmea? E disse: por isso deixará o homem pai e mãe e se juntará à sua mulher e serão dois numa só carne?
Assim que já são dois, numa só carne, não separe logo o homem o que Deus ajuntou.
Replicaram-lhe, pois: porque mandou Moisés dar o homem à sua mulher, carta de desquite e repudiá-la?
Respondeu-lhe Jesus: Porque Moisés, pela dureza de vossos corações, vos permitiu repudiar as vossas mulheres, mas ao princípio não foi assim.
Eu, pois vos declaro que todo aquele que repudiar sua mulher, se não é por causa da fornicação, e se casar com outra, comete adultério, e o que se casar com a que outro repudiou comete adultério.

COMENTÁRIOS DE ALLAN KARDEC
Só é imutável o que vem de Deus, tudo quanto é obra humana está sujeito a mudança.
As leis da natureza são as mesmas em todos os tempos e em todos os Países. Mas as leis humanas mudam com os tempos, os lugares e o progresso da inteligência.
No casamento o que é de ordem Divina é a união dos sexos para operar a renovação dos seres que morrem. Mas as condições que regulam esta união são de tal modo humana, que não há em todo mundo e mesmo na Cristandade, dois países em que sejam absolutamente as mesmas e mesmo um em que elas não tenham sido modificadas com o tempo.
Disso resulta que para a lei civil o que é legitimo num país e numa época, é adultério noutro país ou noutra época, e isto porque a lei civil tem por objetivos regular os interesses das famílias, os quais variam com os costumes e as necessidades locais.
É assim que em certos países o casamento religioso é o único legitimo, enquanto noutros basta o casamento civil.
Mas na união dos sexos, ao lado da lei Divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei Divina imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral, que é a LEI DO AMOR.
Deus quis os seres fossem unidos, não apenas pelos laços da carne, mas pelos da alma, a fim de que a mútua afeição dos esposos se prolongasse aos filhos e que teriam de amá-los, cuidar deles e fazê-los progredir. Nas condições atuais, a lei do AMOR não é levada em consideração.
Com facilidade essa afeição se rompe.
Não é a satisfação do coração que se busca, mas a do orgulho, da vaidade, da cupidez e de todos os interesses materiais.
Quando tudo vai bem para o lado dos interesses, diz-se que o casamento é vantajoso. Mas nem a lei civil, nem os compromissos que ela estabelece podem substituir a lei do AMOR se esta não presidiu à união, aquilo que foi unido pela força, separa-se por si mesmo.
Daí as uniões infelizes, que acabam se tornando criminosas.
A lei civil tem como finalidade, regular as relações sociais e os interesses das famílias conforme as exigências da civilização.
Por isso é útil, necessária, mas variável. Deve ser previdente, pois o homem civilizado não pode viver como selvagem.
O divorcio é uma lei humana que tem por fim separar legalmente o que está separado de fato.
Não é, pois contrário à lei de Deus.
Perguntar-se-á se é mais humano, mais caridoso, mais moral, unir um a outro, dois seres que não podem viver juntos, do que lhes dar a liberdade; se a perspectiva de uma cadeia indissolúvel não aumentam o número das uniões irregulares.
O próprio Jesus não consagra a indissolubilidade absoluta do casamento, quando diz: MOISÉS pela dureza de vossos corações vos permitiu repudiar as vossas mulheres.
Isto significa que desde os tempos de MOISÉS, quando a mútua afeição não era o fim único do casamento, poderia tornar-se necessária a separação. Mas acrescenta, "No princípio não era assim", isto é, na origem da humanidade, quando os homens ainda não estavam pervertidos pelo egoísmo e pelo orgulho segundo a lei de Deus, as uniões fundadas sobre a simpatia e não sobre a vaidade ou ambição, não davam lugar ao repudio.
Especifica o repudio no adultério. Ora, o adultério não existe onde reina uma afeição recíproca sincera.
Proíbe ao homem, desposar a mulher repudiada, mas é preciso levar em consideração os costumes e o caráter dos homens dessa época.
A Lei Mosaica, neste caso, prescrevia a LAPIDAÇÃO, costume bárbaro que JESUS quis abolir quando disse: "QUEM ESTIVER SEM PECADO, QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA".

CONCLUSÃO ESPÍRITA
Não separeis o que Deus uniu, vale ainda para os Irmãos de um mesmo lar, para Pais, Esposos e Filhos. A família deve permanecer unida. Os irmãos devem se querer bem e respeitar os demais familiares, Avós, tios, primos sobrinhos etc.
Vale ainda para as agremiações religiosas. Especialmente para os Espíritas que sabem que não estão unidos pelo acaso.
Temos trabalho em conjunto para ser realizado. Uns para com os outros, e com o plano espiritual simultaneamente.
Viemos compromissados com trabalhos doutrinários e sociais, tais como o AMOR ao EVANGELHO de JESUS, o respeito a doutrina dos Espíritos, que é a filosofia que abraçamos.
E que ninguém se iluda. A ILUMINAÇÃO DO ESPÍRITO DEVE ESTAR EM PRIMEIRO LUGAR, porque se o homem tiver Jesus no coração, sua reforma intima se fará continuamente.
Lembrando que o Apostolo PAULO, nos aconselha trilhar por fileiras. Aqueles que se desgarrarem terão que caminhar por conta própria.
Juntos somos mais fortes, para enfrentar a aspereza do caminho. A separação geralmente em qualquer caso é sempre um adiamento junto aos compromissos assumidos.
Lembremo-nos sempre das alianças, com o plano espiritual, para a realização de nossos compromissos. Não podemos, nem devemos falhar.
E o que é muito importante, não tentarmos ninguém à vir a falhar, porque estaremos assim, SEPARANDO O QUE DEUS UNIU.

Um comentário:

  1. Jesus, explica que o homem que devolve sua esposa, segundo a lei mosaica, sem que esta tenha culpa, sem motivos, e desposa outra ele sim é que é adúltero, naquela época a mulher era tratada com menosprezo, na maioria das vezes assumindo a culpa alheia.
    Paulo Garcia Rosa

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