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sábado, 23 de agosto de 2008

PENSAVA QUE ESTAVA TUDO BEM, MAS.... O PASSADO O CONDENAVA

Em 1935, quando ainda Humberto de Campos, escrevia através da mediunidade de Chico Xavier, com o seu nome próprio (depois passou a escrever como Irmão X), conta-nos, através de seu livro Palavras do Infinito, um caso interessante, que nos alerta sobre a nossa conduta neste mundo, pois muito seremos cobrados, e, por vezes, por inimigos ferrenhos.
Humberto de Campos encontrou no mundo espiritual um amigo dos tempos que estava encarnado e este amigo, conhecido como Coronel C. A (omite o nome verdadeiro, pois era muito conhecido no nordeste), conta-lhe o seguinte: - Lembra-se da admiração que eu sempre manifestava pelo Dr. A . F?. Pois bem. O Antonico era advogado de renome na minha terra.Usufruía elevada posição na sociedade.
Simpático, inteligente. Orador de fama ganhava todas as causas.Criava sua família com irrepreensível moralidade.Como católico era considerado uma das figuras de mais prestígio na paróquia.Chefiava iniciativas de caridade e presidia a associação religiosa.Eu tinha grande admiração por ele e, quando soube na espiritualidade que ele estava por desencarnar, consegui autorização para reencontrá-lo.Acompanhei seus últimos momentos em vida.
Aos meus olhos, vendo seus últimos momentos, aquele quadro era o da morte de um justo. A sociedade, a igreja, a família, todos prestando a ele grandes homenagens. Não via a hora de ele sair do corpo para abraçá-lo na espiritualidade. Fiquei no cemitério, os coveiros terminaram seu trabalho. Nisso vi uma mulher, esgueirando-se entre as lápides enegrecidas. Parou junto daquela cova fresca. Não era nenhuma alma encarnada. Aquela mulher pertencia ao reino das sombras.
Observei-a, gritos estentóricos ecoaram aos meus ouvidos. – A. F. - exclamou – chegou a hora da minha vingança! Ninguém poderá advogar a tua causa, ninguém poderá interceder por tua sorte, como não puderam cicatrizar no mundo as feridas que abriste em meu coração.
Lembras-te de mim sou a R. S., que infelicitaste com a tua infâmia! Já não és aquele moreno insinuante que surrupiou a fortuna de meus pais, destruindo-lhes a vida e atirando-me no meretrício.
Envergonhada, abandonei a terra que me vira nascer para ganhar o pão no mais horrendo comércio.
Réu de um crime nefando foste sacerdote da justiça; eu, a vítima, fui obrigada a sufocar e viver minha fraqueza na miséria.Eu poderia ter um lar, ter filhos, mas desviaste meu caminho, por isso venho te condenar, ó desalmado assassino.
Há mais de 5 anos espero-te, mas agora o inferno será de nós dois! O Coronel fez uma pausa, enquanto eu meditava naquela história.
- A mulher chorava muito. Orei por ela e procurei fazer tudo pelo Antonico, mas quando atravessei com o meu olhar a terra que lhe cobria os despojos, afigurou-se-me ver um monte de ossos que se moviam sob uma ação misteriosa de um ser furioso que parecia apertar o pescoço do cadáver do meu amigo. E ele, Coronel, isto é, o espírito, estava presente? - Estava, sim. Presente e desperto. Lá o deixei, sentindo os horrores daquela sufocação.
E o Coronel não pode fazer nada pelo amigo que ficou à sorte de suas próprias mazelas, colhendo, como disse Jesus, o que plantou. A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.

Redação,Arauto –
jairocapasso@uol.com.br)


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Correspondência para O Arauto
Rua 15 de Novembro, 944 14º andar – sala 143
Ano VII – N° 56 – SETEMBRO/OUTUBRO 2006

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