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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

1 – Conceito e Histórico

Módulo XI

Mediunidade

1 – Conceito e Histórico

Mediunidade é a faculdade de intermediar o plano físico e o plano espiritual.

É uma faculdade orgânica, e não constitui patrimônio especial de grupos nem privilégio de castas.” 86

86 “Estudos Espíritas”, cap. 18.

O Médium é aquele que serve de instrumento entre os dois planos da vida.

De modo geral, podemos afirmar que todos somos médiuns, porque pelo simples fato de sofrermos influência de Espíritos, já estamos exercendo nossa mediunidade. De maneira mais específica, quanto à acentuação da faculdade, podemos salientar que a mediunidade é faculdade de poucos.

Em todos os tempos, a mediunidade revelou ao homem a existência do plano espiritual, por isso é vero afirmar que o fenômeno mediúnico não nasceu com o Espiritismo, e sim que existe desde as mais remotas eras da vida humana no planeta. Temos notícias das comunicações mediúnicas desde o homem primitivo caracterizando o mediunismo, passando por vários povos até atingir o rigor científico do século XIX.

As musas não eram senão a personificação alegórica dos Espíritos protetores das ciências e das artes, como, os deuses Lares e Penates simbolizavam os Espíritos protetores da família. Os feiticeiros, magos, adivinhos, e posteriormente oráculos, pítons e taumaturgos, eram todos médiuns mesmo que usando outras designações.

O profetismo em Israel tem sua origem em Moisés. No Velho Testamento, encontramos várias passagens em que o grande legislador conversa com Deus. É lógico que a conversa não é com o Criador, mas com um Espírito mensageiro de Deus. Porque Deus não entra em contato direto com os homens, mas para tal faz uso de Espíritos superiores que funcionam como intermediários entre Ele o os Espíritos de nosso nível evolutivo.

Para ilustrar, transcrevemos abaixo uma passagem do livro “Êxodo”, em que tal fato acontece:
E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo no meio duma sarça. Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia;

pelo que disse: Agora me virarei para lá e verei esta maravilha, e porque a sarça não se queima.

E vendo o Senhor que ele se virara para ver, chamou-o do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés! Respondeu ele: Eis-me aqui.

Prosseguiu Deus: Não te chegues para cá (...) (Êxodo, 3: 2 a 5)

Notamos que no princípio o narrador bíblico diz ser o “anjo do Senhor”, e depois o próprio Deus.

Essas confusões acontecem devido à falta de informação a respeito do tema. Informação que só a Doutrina Espírita, com o seu estudo sistematizado, pode oferecer.

Moisés é um médium espetacular. Em muitos momentos ele vê, em outros ele ouve, e até fenômenos de efeitos físicos ele realiza com muita naturalidade.

É muito comum ouvir de irmãos nossos de outras religiões, a afirmação de que o Espiritismo encontra-se em erro diante de Deus, porque Moisés proibiu o exercício da mediunidade. Vejamos a citação bíblica a que eles se referem:

Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos.

Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti Perfeito serás para com o Senhor teu Deus.

Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém, quanto a ti, o Senhor teu Deus não te permitiu tal coisa. (Deuteronômio, 18: 9 a 14)

Em primeiro lugar, gostaríamos de dizer que se Moisés proibiu, é porque a mediunidade existe; ninguém proíbe algo que inexiste. Depois, podemos afirmar que o que Moisés proibiu o Espiritismo também condena, que é o mau uso desta faculdade.87

87 Ver “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. XXVI.

Quanto à mediunidade em si, ele mesmo deu várias provas de que a aprovava.

Vejamos a seguinte passagem do livro “Números”:

Mas no arraial ficaram dois homens; chamava-se um Eldade, e o outro Medade; e repousou sobre eles o espírito, porquanto estavam entre os inscritos,ainda que não saíram para irem à tenda; e profetizavam no arraial.

Correu, pois um moço, e o anunciou a Moisés, dizendo: Eldade e Medade profetizaram no arraial.

Então Josué, filho de Num, servidor de Moisés, um de seus mancebos escolhidos, respondeu e disse: Meu Senhor Moisés, proíbe-lho Moisés, porém, disse-lhe: Tens tu ciúmes por mim? Oxalá que do povo do Senhor todos fossem profetas, que o Senhor pusesse o seu espírito sobre eles! (Números, 11: 26 a 29)

Desta forma, fica claro que Moisés não só não proíbe a mediunidade, como até dela faz uso.

Mas a mediunidade chega ao seu ápice com Jesus, porque o Mestre não foi um médium comum, mas o “Excelso Médium de Deus”. Por seu intermédio, toda a Lei Divina se fez visível, e o seu grau de sintonia com o Pai era tal, que Ele mesmo nos afirmou:

Eu e o Pai somos um.” (João, 10: 30)

O Cristianismo, desde a Ressurreição até o Concílio de Nicéia, fez uso constante da Mediunidade. Através deste concílio realizado no ano 325 de nossa era, na cidade de Constantinopla, foi condenado o uso da mediunidade e outros pontos mantidos pelos primeiros cristãos, dando início à desagregação e à decomposição do Cristianismo em suas legítimas bases, que fora tão profundamente marcado pelo dia de Pentecostes.

Na Idade Média, época de obscurantismo, os médiuns são perseguidos e maltratados como feiticeiros. Temos como exemplo a excepcional Médium Joana D’Arc, que em todos os lugares era inspirada por seres invisíveis, escutava suas vozes, e por eles deixava-se dirigir, tornando-se assim a “Heróica Virgem de Domremy”.

Podemos citar ainda como expoentes significativos da mediunidade, Dante Alighieri, que sob influência espiritual escreveu “A Divina Comédia”, Goethe e sua obra mediúnica “O Fausto”, e mais tarde, os já conhecidos dos espíritas, Emmanuel Swedenborg, Andrew Jackson Davis, Eusápia Paladino, entre outros.

Este breve relato mostra assim que a mediunidade é imanente no próprio homem.

Talvez por isso, o Cristo, em toda a sua sabedoria, afirma ao apóstolo Pedro:

Bem aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja (...) (Mateus, 16: 17 e 18)


Apostila do Curso de Espiritismo e Evangelho
Centro Espírita Amor e Caridade
Goiânia – GO
Trabalho realizado em 1997 pelo Grupo de Estudos desta Casa Espírita com a coordenação de
Cláudio Fajardo

Divulgação

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

CONDUTA MEDIÚNICA

CIÊNCIA
 (2ª Parte)
Rubens Santini

“O médium precisa aprender também a dominar seus impulsos emocionais, a fim de que a mensagem que passa por ele, vinda de alguém no Plano Espiritual e destinada a alguém no plano da matéria, não se contamine com as suas próprias paixões e desacertos íntimos. Ele terá de ser como o lápis bem apontado, com o grafite na consistência própria, na cor certa, ou o aparelho de som dotado de dispositivos de alta fidelidade para que a boa gravação não seja reproduzida com distorções, zumbidos e estáticas que a tornem irreconhecível. Deve se esforçar para que a mesma qualidade de som existente na gravação-fonte seja a que se reproduz nos alto-falantes, com toda a fidelidade e autenticidade possíveis.
(...) Na mediunidade, não há disputa de campeonatos nem medalhas de ouro ao vencedor, porque não há vencedores, no sentido de que um médium possa suplantar outros. Na mediunidade, ganha aquele que serve na obscuridade, modestamente, com devotamento e honestidade.
Quando ouço falar que alguém é um “grande médium”, fico logo de pé no freio. Existem grandes médiuns? Mediunidade é grandeza? Muita gente avalia os médiuns pelos fenômenos espetaculares que podem produzir ou pela ampla variedade de faculdades que exibem. Quanto a mim, não é isso que busco num médium. Ele, ou ela, pode até de dispor de ampla faixa de sensibilidades - que isto não é defeito mas prefiro aquele que, embora dotado de faculdades várias, dedica—se modestamente a uma ou duas, para exercer bem e com dedicação. (...)
Como instrumento de comunicação o médium tanto pode veicular mensagens aceitáveis e autênticas, como inaceitáveis e falsas, dependendo das condições que oferece. Não deve ser endeusado, no primeiro caso, nem crucificado no segundo. Seria o mesmo que destruir o telefone porque acabamos de receber, por ele, uma notícia falsa, ou elogiá-lo porque acaba de nos trazer uma alegria.
Ao mesmo tempo, não há como perder de vista o fato de que o médium é um Ser humano, que pode falhar por ser endeusado, e pode embotar-se ou perder-se quando, em vez de socorrido, for arrasado porque a sua comunicação é considerado inaceitável.”
A posição do médium
A mediunidade é dom generalizado em todas as criaturas a espera de educação e disciplina. Sem certas regras orientadas pelo Cristo, ela é apenas um instrumento de satisfação pessoal ou meio de vida na pauta dos negócios...
A posição do sensitivo ante sua mediunidade é que sua língua deve perder a força de ferir, suas mãos a força de revidar e suas idéias a força de contrariar as Leis de Deus.
Todos os médiuns são testados por meios variados. Por onde que não se espera é que o inimigo chega. O defeito que insistimos em apontar nos outros é o que temos com mais saliência. Se tiveres que chorar por alguém que errou, chora por ti mesmo. Se tiveres que alterar a voz com irmãos que julgaste incursos em erro, altera a voz contigo mesmo. Se tiveres de anunciar alguma virtude que não possuis, fala das qualidades dos companheiros e dos esforços que eles fazem para melhorar.
A posição do médium no lugar em que for chamado a trabalhar é a de servir de instrumento para o bem em todas as direções da vida... Quando vamos trabalhar na caridade, recebemos de Deus uma cota de luz divina, mas não podemos esquecer que tal cota é para ser doada, e se ela transforma fielmente no que nós desejamos que ela seja, torna-se uma carta com endereço certo.
Eis a posição do médium diante da consciência."
Educação Mediúnica
— “Médium algum se perderá nas vielas do desequilíbrio se estabelecer para si mesmo um programa de renovação.
Exercício e renúncia.
Muita paciência ante as incompreensões que lhe surgem no caminho.
Capacidade de perdoar, por maior que seja a ofensa.”
— “O jugo é suave e o fardo é leve para o companheiro da mediunidade que se apóie no estudo, no trabalho, na oração constante, na humildade.”
— “Médiuns sérios atraem Espíritos sérios; médiuns levianos atraem Espíritos levianos.
O medianeiro que se não ajusta aos princípios morais pode ser vitimado pela ação do mundo espiritual inferior.
— “A falta de estudo, evangélico e doutrinário constitui sério escolho na prática da mediunidade.
O médium deve ler, estudar, refletir, assimilar e viver as edificantes lições do Evangelho e do Espiritismo, a fim de que possa oferecer aos Espíritos comunicantes os elementos necessários a uma proveitosa comunicação.
O médium estudioso, além disso, é instrumento dócil, maleável, acessível. Tem sempre uma boa roupagem para vestir a idéias a ele transmitidas. O que não estuda, nem se renova, cria dificuldades à transmissão da mensagem, favorecendo a desconexão. — “A educação mediúnica, por sinônimo de desenvolvimento mediúnico, deve ser iniciada no devido tempo, na época apropriada, isto é, ao se verificar a espontânea eclosão da faculdade. Não devemos “querer” o desenvolvimento mediúnico, mas “amparar” a faculdade que surge, pelo estudo e pelo trabalho, pela oração e pela prática do bem.
Forçar a eclosão da mediunidade, ou o seu desenvolvimento, significa abrir as portas do animismo, com sérios inconvenientes para o equilíbrio, a segurança e a produtividade do medianeiro. A educação mediúnica deve ser, em qualquer circunstância, espontânea, natural, suave, sem qualquer tipo de violência externa e interna.”
— “Educação mediúnica pede tempo e trabalho, estudo e abnegação. Não acontece de um dia para outro.
Médium inquieto, apressado em transmitir boas comunicações antes do necessário preparo, é candidato em potencial ao desequilíbrio.
O médium disciplinado obterá ótimos frutos em sua tarefa, levando em consideração o seguinte:
— lugar e hora certos para o trabalho;
— assiduidade e pontualidade;
— respeito à codificação e apreço aos Instrutores Espirituais.
O médium prudente analisa, examina sugestões dos companheiros encarnados, aceitando—as se justas e sensatas O médium vaidoso comporta—se como dono da verdade. É sistematicamente refratário a advertência e conselhos.
A discrição é fator básico para o êxito fluídico conhecer problemas pela mediunidade ou por relatos íntimos e revelá-los, é falta de caridade.”
— “A ausência de trabalho é grave escolho da mediunidade, isso porque a ferramenta mediúnica exige utilização constante, ação contínua, não somente pela necessidade de aprimoramento das antenas psíquicas, como também pelo imperativo da conquista do sentimento do amor.
O trabalho assegura a assistência superior, protege o médium contra o assédio e o domínio de Entidades menos felizes, constroem preciosas amizades nos planos físicos e subjetivos.
Harmonia fluídica, amor e confiança, destreza psíquica e apuro vibracional representam o somatório da atividade mediúnica exercida da disciplina do trabalho.”
O hábito da prece
O hábito da prece mantém o médium em estado de vigilância, imprescindível ao bom êxito de sua tarefa.
Através da oração isolamo—nos das influências negativas, sintonizando—nos com as forças espirituais que iluminam.
A prece não nos isenta das provas, mas dá—nos forças para suportá—las.
“Nos momentos de dificuldade e sacrifício, vamos lembrar de orar para Nosso Pai.
A oração é um santo remédio para os nossos males. Não é só nas horas de aflição é que devemos recorrer a esse recurso maravilhoso.
Ela deve ser feita todos os dias. Pela manhã, agradecendo pelo descanso de nosso corpo físico, e pedir proteção para mais um dia de trabalho aqui na Terra. Ao anoitecer, antes de dormir, agradecendo pelo dia que tivemos, e pedindo para que nosso Espírito possa estar com nossos Amigos Espirituais, buscando novos esclarecimentos para nosso aprimoramento espiritual. Lamentamos que muitas pessoas Só recorrem à oração para pedir a conquista de bens materiais.
Conquistas essas que são perecíveis com o tempo. Devemos pedir sim, uma boa saúde para o nosso corpo físico, para que possamos ter a força e a energia necessária para cumprir com grande sucesso o que nos foi planejado pelo Plano Espiritual.
Devemos pedir a proteção os bons conselhos e a inspiração de nossos Guias Protetores para a resolução de nossos problemas em que, por ventura, estejamos atravessando.
Mas, devemos orar não só para pedir, mas também para agradecer pelas nossas conquistas do dia—a—dia e pelas dádivas recebidas.
Podemos orar para emitir vibrações positivas para daqueles entes queridos que estejam doentes ou em dificuldades.
Devemos orar, também, e isto mostra a nossa grandeza e elevação de nossa alma, para os nossos inimigos e por todos aqueles que nos desejam o mal. Vamos perdoar—lhes cada ato infeliz e impensado que tenha sido desferido contra nós. Vamos mostrar—lhes o nosso carinho, o nosso Amor, a nossa tolerância e pedir à Deus para que façam rever seus gestos, suas posturas. E que as Entidades Benevolentes possam iluminá-los para a prática de atos mais elevados.
Lembrem—se: a oração é uma benção Divina.
Podemos recorrer a todos os instantes. A oração é um ato de Amor, um elo de ligação entre o Plano Espiritual e o Terreno.
Para orar, não há necessidade de palavras decoradas ditas sem nenhum sentimento.
Mais valem dez palavras expressas com amor e devoção...
Muitos falam que não sabem rezar. Basta humildemente, com suas próprias palavras, com uma devoção muito grande, acreditando naquilo que está sendo pedido, ser concretizado.
Vamos lembrar o que o Nosso Mestre Jesus nos disse:
“Pedi e se vos dará”.
Acima de tudo, devemos orar com muita fé!”


“INFORMAÇÃO”:
REVISTA ESPÍRITA MENSAL
ANO XXX Nº351
Janeiro 2006
Publicada pelo Grupo Espírita “Casa do Caminho” -
Redação:
Rua Souza Caldas, 343 - Fone: (11) 2764-5700
Correspondência:
Cx. Postal: 45.307 - Ag. Vl. Mariana/São Paulo (SP)