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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

APRENDENDO COM UM ESPÍRITO OBSESSOR


por: * Vislei Bossan

Alguém achou que eu estava preparado para sessões de desobsessão. Poderia iniciar a função de “doutrinador” e surgiu uma vaga. Uma das primeiras experiências foi exemplar. Havia uma família sob a influência de alguns adversários espirituais e começamos o trabalho que visava ajudar encarnados e desencarnados envolvidos na trama.
Pouco a pouco, os obsessores foram esclarecidos. O grupo estava satisfeito e a família deu claros sinais de melhoras. Achávamos que a missão havia sido concluída com êxito, até que certa noite fomos surpreendidos. No final dos trabalhos, uma das médiuns disse que estava alí um Espírito muito irritado. Permitimos a sua comunicação, cheia de revolta. A infeliz entidade nos disse que seus chefiados haviam desistido da maldade que estavam praticando, e que ele, o “chefe”, estava muito bravo e iria acabar com o nosso grupo de desobsessão.
- Vai não, eu disse à entidade atormentada. A mim, você não pega, pois estou amparado por Jesus Cristo. Podem ir embora, para vocês obsessores desta família, tudo acabou.
A minha arrogância deve ter impressionado o obsessor, pois foi embora sem falar mais nada. Encerrados os trabalhos, fomos embora com a serenidade que convinha e esquecidos dos acontecimentos daquela hora de atividade.
Em casa, já deitado para dormir, senti algo gelado por sobre a minha coluna vertebral, como se fosse uma brisa polar e ouvi o grito de minha filha no quarto no final do corredor. Fui até lá, acalmei-a e ela me disse: “nossa pai, tive um pesadelo, mas já passou”.
Voltei para a cama e entrei na fase R.E.M.¹ do meu sono. Foi terrível: sentí-me arrastado para um lugar escuro, fétido, solo cheio de lama ou lodo, pegajoso. Debati-me o quanto foi possível, até ser acordado pela minha esposa, segurando meus dois braços.
- Nossa, que coisa horrível! Obrigado por ter me tirado daquele lugar - disse à minha esposa Vera Lúcia. Retomei o sonho, dormi relativamente bem e acordei normalmente, já esquecendo o pesadelo da noite.
Uma semana depois, estávamos eu e os companheiros na sala de desobsessão para novas atividades. Quando começaríamos os trabalhos, após a prece de abertura, a médium avisou: “tem uma entidade aqui querendo passar um recado e não me parece violenta”, disse. A entidade se apresentou, e dirigindo-se à mim, disse:
- Gostou, bichão?
Percebi que era o obsessor que havia prometido me pegar. Mantive com ele o seguinte diálogo:
- Então, foi você? Perguntei.
- Sim, te peguei e levei até aonde estou.
Neste momento, senti um enorme desejo de refazer o caminho e, de todo o coração mesmo, pedi desculpas.
- Perdão, companheiro. Não deveria ter te desafiado. Perdoe a minha arrogância.
Em seguida, fiz-lhe uma proposta. Disse-lhe que ele havia demonstrado muita força e gostaria que ele direcionasse sua capacidade para a prática do bem, abandonando o caminho da vingança, da perseguição.
Ele disse que “experimentaria“, pois seus companheiros já o haviam abandonado e estavam muito bem. Alguns meses depois, esta entidade, antes revoltada, retornou para nos dizer que estava querendo trabalhar em favor de obsediados, atuando no mundo espiritual junto a obsessores, dando exemplos de si mesmo.
Os diretores espirituais da casa concordaram, e aquele Espírito, que me deu uma grande lição, deve estar conosco no CE Cairbar Schutel, até hoje.
¹ R.E.M., ou Rapid Eye Movement (“movimento rápido dos olhos”), é a fase do sono na qual ocorrem os sonhos mais vívidos.


* Vislei Bossan é trabalhador do C. E. Cairbar Schutel/Rio Preto.


JORNAL VERDADE  E  VIDA
ADDE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA E SPIRITA 
ANO 01 NÚMERO 03 FEVEREIRO/ MARÇO 2012
Este jornal é uma publicação da ADDE - Associação de Divulgação da Doutrina Espírita
(CNPJ 08.195.888/0001-77) - para a região de São José do Rio Preto/SP.
Os textos assinados são de responsabilidade de seus autores.
Coord. Editorial: Rafael Bernardo - contato@rafabernardo.com.br
Diagramação: Junior Pinheiro - jrpinheironanet@yahoo.com.br
Jornalista Resp: Renata S. Girodo de Souza - renatagirodo@ig.com.br - MTB 67369/SP
Receba o jornal em sua Casa Espírita cadastrando-se no site ou por meio do e-mail: verdadeevida@adde.com.br
Tiragem: 5.000 exemplares
Distribuição Gratuita        
        

O CARNAVAL E O ESPIRITISMO


Atualidade
por: Renata S. Girodo de Souza


Segundo o Dicionário Aurélio Carnaval significa “período de festas profanas que se iniciava, geralmente, no dia de Reis, e se estendia até a quarta-feira de cinzas, dia em que começava os jejuns quaresmais”.
Já segundo o verbete latino, carnaval é sinônimo de: “a carne nada vale”.
Muitos foliões comemoram a festa, mas na verdade não conhecem o significado que esta data tem.
Originado na Grécia, entre os anos 600 a 520 aC,  a folia era realizada como um agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e a produção.
Na época do Império Romano, a comemoração possibilitava que todasas classes sociais se misturassem. Para os escravos eram concedidas algumas falsas horas de liberdade.
O “baile de máscaras” surgiu em Veneza. Já naqueles tempos, as pessoas ocultavam a sua identidade, em troca de alguns minutos de prazer. Como podemos ver, não é de hoje, que os excessos são cometidos.
O sexo sem compromisso, a libertinagem e o desrespeito com o ser humano, se tornaram algumas das características dessa bacanal pública, que passa pelos inebriados olhos da sociedade.
Corpos desnudos incentivam o erotismo, e descaracterizam a folia do Brasil, que antes era marcada pelas fantasias e pelos grandiosos carros alegóricos, e com as belas marchinhas de carnaval, que levavam as famílias a apreciarem o espetáculo.
Um outro ponto a ser levantado é o problema de saúde pública: a proliferação de muitas doenças sexualmente transmissíveis, não só a AIDS, como também a Sífilis, e outras mais, degenerativas que  são adquiridas nesta época com maior facilidade.
Além disso, a gravidez precoce, e em consequencia os abortos, se tornaram freqüentes.
Muitos divórcios também ocorrem devido a deslizes no setor amoroso, traições e brigas por ciúmes.
Podemos observar também, que uma porcentagem da população, se priva durante o ano todo de bens de consumo, e passam até necessidades alimentícias, para guardarem alguns trocados em comemoração a grande festa. Sem contar as horas de trabalho nos barracões de maneira informal, quase sempre, sem a remuneração adequada.
As belas fantasias com paetês, lantejoulas e cristais, ofuscam a fome e as dificuldades financeiras, pelo menos por algumas horas na avenida.
As manchetes dos principais jornais, em todos os Estados, abordam a questão do aumento da violência: acidentes, mortes, estupros, brigas, etc.
Em grande parte, a causa principal é o consumo de drogas lícitas e ilícitas.
Em geral, os beneficiados pela folia são os grandes empresários, afortunados, que aparecem nas mídias, proporcionando às celebridades e artistas, um dia a mais de luxo.
Do ponto de vista espiritual, Espíritos mal resolvidos, vagam em meio a toda essa libertinagem do corpo, procurando almas afins, para sugarem e vampirizarem as suas energias, e incentivarem atos indecentes, incoerentes e agressivos.
Segundo Espíritos superiores muitas máscaras e fantasias desenvolvidas, são inspiradas por Espíritos que vivem em regiões inferiores do além. Essas são demonstrações do “circo de horrores”, em que esses seres habitam: figuras de monstros, bruxas, dragões, etc.
Como a Terra ainda é um orbe em evolução, as folias se tornam parte deste processo, para aprimoramento das atitudes. Precisamos doutrinar as nossas más inclinações.
Temos o livre arbítrio, para escolhermos o nosso caminho. De nada adianta o ano inteiro procurarmos Deus e Jesus, e em um único mês, extravasarmos toda a nossa energia sendo coniventes com perversidades e atuando contra a ética cristã.
Por isso, muitas religiões promovem encontros e refúgios religiosos para fugirem dos maus instintos.
A comemoração do Carnaval é tradição no nosso país, e, portanto, o texto  não tem nenhuma intenção de criticar a festa em si, mas sim, a forma com que ela é conduzida, e o comportamento questionável do ser humano. Este comportamento pode ser apresentado em qualquer outra comemoração, mas é no Carnaval, que quase tudo se torna permitido.
Momentos de despautério podem custar a nossa existência, e prejudicar o processo reencarnatório.
Ninguém está proibido de ser feliz, mas vamos procurar meios de festar, sem desviarmos da moral, afinal de contas, o nosso corpo vale muito, pois é ele que conduz o Espírito nesta encarnação, e precisamos zelar pela nossa vestimenta carnal, praticando o bem, e vivenciando o que ouvimos do Evangelho de Jesus.

JORNAL VERDADE  E  VIDA
ADDE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA E SPIRITA 
ANO 01 NÚMERO 03 FEVEREIRO/ MARÇO 2012
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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

PARáBOLA DOS TALENTOS


Visão Espírita
por: Dr. Aguinaldo de Paula Vasconcelos


Jesus, como educador da humanidade, sabendo que as estórias contadas traziam maior rendimento no aprendizado das pessoas, fazia a divulgação de Sua doutrina muitas vezes através de parábolas.

A parábola dos talentos retrata muito bem a responsabilidade que temos diante de tudo com que Deus nos agraciou para executarmos nosso plano de progresso espiritual nesta existência.

Disse Jesus que um homem ao sair para cuidar de seus negócios, numa região distante, chamou três funcionários seus e lhes concedeu alguns talentos, que era a moeda da época, para que eles negociassem durante sua ausência.

Ao primeiro ele concedeu cinco talentos; ao segundo, dois talentos e ao terceiro, um talento, dizendo a eles, que ao voltar, deveriam prestar-lhe contas dos respectivos talentos.

Para que possamos entender melhor o valor dos talentos doados pelo senhor aos seus súditos, um talento, à época de Jesus, valia seis mil denários. Um denário era equivalente a um dia de trabalho. Portanto, expressando na moeda brasileira vigente, um talento valia cento e vinte mil Reais; dois talentos, duzentos e quarenta mil Reais e cinco talentos, seissentos mil Reais. Como observamos, a doação era muito expressiva.

Ao voltar, reuniu seus súditos e lhes cobrou a acerto de contas.

O que tinha recebido cinco talentos, devolveu-lhe mais cinco talentos e o senhor alegrou-se com a dedicação do funcionário e lhe respondeu; - fiel e bom servidor, muito me alegro com sua dedicação. Fique, portanto, com os dez talentos e continue trabalhando com eles.

Chamou em seguida o outro a quem lhe havia cedido dois talentos, que por sua vez, também lhe devolveu o dobro do recebido, ou seja, quatro talentos. O senhor se alegrou e lhe disse o mesmo que havia dito ao primeiro prestador de contas.

Quando o terceiro veio para prestar contas, disse ao senhor:- eu sei que o senhor é muito criterioso e que ceifa onde não semeou, portanto, eu enterrei o seu talento e estou lho devolvendo.

Aquele senhor ficou aborrecido com a infidelidade daquele súdito, respondendo-lhe imediatamente:- infiel e mau servidor, você deveria pelo menos colocar o talento na mão de um banqueiro e me devolver com os juros. Disse aos seus auxiliares que tirassem o talento dele e dessem-no ao que tinha dez talentos, atirando o servidor às trevas exteriores.

Esta parábola retrata exatamente o que acontece conosco ao reencarnarmos. 
 
Quando assim o fazemos, Deus nos concede uma imensidão de talentos, tais como: familia, mente , órgãos do sentido, saúde, braços, pernas, o trabalho, o dinheiro, o tempo e tantos outros.

É evidente que precisamos prestar contas a Ele quando voltarmos à Pátria espiritual. Se usarmos bem os talentos, tantos outros nos serão acrescentados, mas se usarmo-los de uma maneira indevida, eles serão retirados.

Quantas pessoas que abandonam a família, para depois reencarnarem órfãs ou perderem seus entes queridos muito precocemente.

Quando não usam a mente de maneira eficaz, renascem com dificuldades homéricas com relação ao intelecto.

Ao usarem mal os ouvidos, a fala e os olhos, desestruturam o perispírito, moldando um corpo com defeito nestas áreas para outra experiência no corpo físico.

Aqueles que não cuidam da saúde e chegam até mesmo a conspurcá-la com os vícios, voltam à terra doentes, tendo imensa dificuldade devido à insanidade física e mental.

Sendo o trabalho um dos melhores elementos de elevação espiritual, as pessoas preguiçosas ou equivocadas, que se aposentam muito cedo , para não fazerem mais nada, certamente terão dificuldade para arrumarem emprego em outra reencarnação.

O dinheiro é um ótimo talento para ajudarmos os outros menos aquinhoados, sendo que se o utilizarmos indevidamente correremos o risco quase certo de nascermos pobres com profundas limitações na área social e econômica na próxima existência.

Segundo Emmanuel, mentor espiritual de Chico Xavier, quem perde tempo, lesa a vida. Então precisamos ter muito cuidado com o mau uso do tempo, desperdiçando-o. Como o amanhã está intrinsecamente ligado ao hoje, é de bom alvitre que aproveitemos muito bem o tempo, como todos os outros talentos na construção de nosso progresso espiritual.

O fato daquele senhor ter dado mais talentos a um funcionário que aos demais, é porque ele era melhor do que os outros . Isto significa que ao fazermos nosso programa reencarnatório, quanto mais tivermos nos dedicado ao trabalho, ao progresso, justificando-nos perante a vontade Divina, mais seremos premiados pelos talentos doados por Deus.

As trevas exteriores, onde foi lançado o mau servo, são representadas pela nova necessidade reencarnatória, com a finalidade de expiarmos nossos débitos, pelo mau uso de nossas oportunidades.

Como a gratidão é um dos mais importantes sentimentos, devemos agradecer a Deus , a Jesus e aos Espíritos amigos por tudo que temos recebido, em forma de talentos, para a execução de nosso plano evolutivo, ao invés de reclamarmos pelos desafios necessários ao nosso aprendizado.

JORNAL VERDADE  E  VIDA
ADDE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA E SPIRITA 
ANO 01 NÚMERO 03 FEVEREIRO/ MARÇO 2012
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segunda-feira, 30 de julho de 2012

ENTREVISTA COM SAULO GOMES


por: Renata S. Girodo de Souza
Saulo Gomes, nascido no Rio de Janeiro, em 02 de maio de 1928, se destacou no jornalismo investigativo. 
Trabalhou 55 anos no rádio e na tv, e carrega consigo uma bagagem profissional invejável, além de fazer parte dos anais da tv brasileira, participando de momentos históricos e marcantes.
Gentilmente, cedeu-nos uma entrevista, sobre o polêmico Programa Pinga-Fogo, e fez importantes considerações a respeito de Chico Xavier. Com a aproximação com o médium, passou a ser reconhecido como “O Repórter do Chico”.
No dia 02 de março deste ano, foi agraciado em Uberaba, com a Comenda da Paz “Chico Xavier”, que consiste em homenagear pessoas físicas e jurídicas que se destacaram de alguma forma na promoção da paz.
Verdade e Vida - Como você analisa a divulgação Espírita e espiritualista no Brasil?
Saulo – A divulgação do Espiritismo, no Brasil, ganhou terreno depois da 1ª entrevista que fizemos com Chico Xavier, em 1968, pela TV Tupi de São Paulo, quando ele começou a ser convidado para vários programas de rádio e tv, e depois se acentuou quando de sua participação no programa Pinga-Fogo, em 1971.

Verdade e Vida - O seu contato com a Doutrina Espírita ocorreu a partir do médium Chico Xavier?
Quando e como ocorreu este contato inicial?
Saulo – Como jornalista tivemos contato com todas as doutrinas. Antes de Chico fizemos uma reportagem no Instituto Américo Bairral, em Itapira, que é uma obra Espírita. Com Chico Xavier meu primeiro contato foi em 02 de maio de 1968. Foi uma longa conversa com Chico antes de fazermos, oficialmente, a 1ª entrevista.

Verdade e Vida - Quem foi Chico Xavier?
Saulo – Chico Xavier foi a personificação do amor e da bondade.

Verdade e Vida - Como você avalia a questão de pessoas dos mais variados credos procurarem o Chico para assistência fraternal e espiritual?
Saulo – Chico sempre abraçou a todos com o mesmo amor fraternal e nunca procurou saber a religião a que pertencia a pessoa que o procurava para uma mensagem de alento. Um dia, quando perguntado sobre qual seria a melhor religião, ele respondeu:
“Minha filha, a melhor religião é a sua, é a que você acredita e professa”.

Verdade e Vida - Devido à proximidade e amizade com Chico, você foi intitulado como “o Repórter de Chico Xavier”.  Como se sente com este carinhoso título?
Saulo – É um título que muito me honra.

Verdade e Vida - Você acredita que Chico Xavier foi reconhecido, e passou a ser respeitado a partir da sabatina do “Pinga - Fogo”? Qual era a proposta deste programa?
Saulo - O Pinga-Fogo era o mais importante programa de entrevistas da tv brasileira. Lançado pela TV Tupi, na década de 60, tornou-se modelo para outros programas, entretanto o Pinga-Fogo se diferenciava pela qualidade dos jornalistas entrevistadores que, a cada entrevista, eram substituídos alternadamente. Para cada programa eram convidados os melhores jornalistas que poderiam abordar o tema da noite.
O Pinga-Fogo trouxe os maiores políticos da época e sempre registrou altos índices de audiência.

Verdade e Vida - Faça um breve relato da participação de Chico no Pinga – Fogo.
Saulo - O Pinga-Fogo com Chico Xavier foi ao ar, ao vivo, no dia 27 de julho de 1971, batendo todos os recordes de audiência. Foi tão estrondoso o resultado que, em dezembro, Chico foi convidado novamente para o último programa do ano. Segundo o departamento comercial, da TV Tupi de São Paulo, tivemos 86% de IBOPE com apenas 11% de aparelhos desligados. Esse índice nunca foi superado na tv brasileira.

Verdade e Vida - A que se deve a maior audiência da televisão brasileira em um canal aberto, alcançada por este polêmico programa, no dia da entrevista de Chico?
Saulo – O sucesso dessa audiência foi, sem dúvida, a figura simples, tímida e sábia, de Chico Xavier respondendo prontamente a todas as perguntas sobre os mais diversos e complexos temas.

Verdade e Vida - Em sua opinião, o Programa Pinga-Fogo significou um marco para o Espiritismo?
Saulo - Sim. Essa afirmação é confirmada pelos espíritas em geral.
Nas palavras de Divaldo Pereira Franco: “O Programa Pinga-Fogo é o momento culminante na história da divulgação do Espiritismo no Brasil, sendo o divisor dos períodos antes e depois dele”.

Verdade e Vida - O Brasil é um país católico, sendo assim, como foi a repercussão das respostas de Chico sobre o Espiritismo no dia posterior a entrevista?
Saulo – A Igreja reagiu através de um comunicado da CNBB – Confederação Nacional dos Bispos do Brasil.

Verdade e Vida - Como surgiu a idéia de escrever um livro com o título do programa?
Saulo - Com o apoio da Editora InterVidas, organizamos o livro  “Pinga-Fogo”, que é uma obra essencialmente jornalística e que traz os programas de julho e dezembro de 1971, pela primeira vez na íntegra. É uma relíquia do Espiritismo.

Verdade e Vida - Deixe uma mensagem para os leitores do Jornal Verdade e Vida.
Saulo – Como jornalista sentimo-nos realizados vendo que nossa entrevista com Chico, em 1968, e o Programa Pinga-Fogo, em 1971, repercutem, depois de mais de quarenta anos, como se fossem atuais.
Agradecemos ao público, espírita e não espírita, que reconhece em nosso trabalho a lisura e a imparcialidade.

JORNAL VERDADE  E  VIDA
ADDE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA E SPIRITA 
 ANO 02 - NÚMERO 04 - ABRIL/ MAIO 2012
Este jornal é uma publicação da ADDE - Associação de Divulgação da Doutrina Espírita
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