Atualidade
por: Renata S. Girodo
de Souza
Segundo o Dicionário Aurélio
Carnaval significa “período de festas profanas que se iniciava,
geralmente, no dia de Reis, e se estendia até a quarta-feira de
cinzas, dia em que começava os jejuns quaresmais”.
Já segundo o verbete latino,
carnaval é sinônimo de: “a carne nada vale”.
Muitos foliões comemoram a
festa, mas na verdade não conhecem o significado que esta data tem.
Originado na Grécia, entre
os anos 600 a 520 aC, a folia era realizada como um
agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e a produção.
Na época do Império Romano,
a comemoração possibilitava que todasas classes sociais se
misturassem. Para os escravos eram concedidas algumas falsas horas de
liberdade.
O “baile de máscaras”
surgiu em Veneza. Já naqueles tempos, as pessoas ocultavam a sua
identidade, em troca de alguns minutos de prazer. Como podemos ver,
não é de hoje, que os excessos são cometidos.
O sexo sem compromisso, a
libertinagem e o desrespeito com o ser humano, se tornaram algumas
das características dessa bacanal pública, que passa pelos
inebriados olhos da sociedade.
Corpos desnudos incentivam o
erotismo, e descaracterizam a folia do Brasil, que antes era marcada
pelas fantasias e pelos grandiosos carros alegóricos, e com as belas
marchinhas de carnaval, que levavam as famílias a apreciarem o
espetáculo.
Um outro ponto a ser
levantado é o problema de saúde pública: a proliferação de
muitas doenças sexualmente transmissíveis, não só a AIDS, como
também a Sífilis, e outras mais, degenerativas que são
adquiridas nesta época com maior facilidade.
Além disso, a gravidez
precoce, e em consequencia os abortos, se tornaram freqüentes.
Muitos divórcios também
ocorrem devido a deslizes no setor amoroso, traições e brigas por
ciúmes.
Podemos observar também, que
uma porcentagem da população, se priva durante o ano todo de bens
de consumo, e passam até necessidades alimentícias, para guardarem
alguns trocados em comemoração a grande festa. Sem contar as horas
de trabalho nos barracões de maneira informal, quase sempre, sem a
remuneração adequada.
As belas fantasias com
paetês, lantejoulas e cristais, ofuscam a fome e as dificuldades
financeiras, pelo menos por algumas horas na avenida.
As manchetes dos principais
jornais, em todos os Estados, abordam a questão do aumento da
violência: acidentes, mortes, estupros, brigas, etc.
Em grande parte, a causa
principal é o consumo de drogas lícitas e ilícitas.
Em geral, os beneficiados
pela folia são os grandes empresários, afortunados, que aparecem
nas mídias, proporcionando às celebridades e artistas, um dia a
mais de luxo.
Do ponto de vista espiritual,
Espíritos mal resolvidos, vagam em meio a toda essa libertinagem do
corpo, procurando almas afins, para sugarem e vampirizarem as suas
energias, e incentivarem atos indecentes, incoerentes e agressivos.
Segundo Espíritos superiores
muitas máscaras e fantasias desenvolvidas, são inspiradas por
Espíritos que vivem em regiões inferiores do além. Essas são
demonstrações do “circo de horrores”, em que esses seres
habitam: figuras de monstros, bruxas, dragões, etc.
Como a Terra ainda é um orbe
em evolução, as folias se tornam parte deste processo, para
aprimoramento das atitudes. Precisamos doutrinar as nossas más
inclinações.
Temos o livre arbítrio, para
escolhermos o nosso caminho. De nada adianta o ano inteiro
procurarmos Deus e Jesus, e em um único mês, extravasarmos toda a
nossa energia sendo coniventes com perversidades e atuando contra a
ética cristã.
Por isso, muitas religiões
promovem encontros e refúgios religiosos para fugirem dos maus
instintos.
A comemoração do Carnaval é
tradição no nosso país, e, portanto, o texto não tem
nenhuma intenção de criticar a festa em si, mas sim, a forma com
que ela é conduzida, e o comportamento questionável do ser humano.
Este comportamento pode ser apresentado em qualquer outra
comemoração, mas é no Carnaval, que quase tudo se torna permitido.
Momentos de despautério
podem custar a nossa existência, e prejudicar o processo
reencarnatório.
Ninguém está proibido de
ser feliz, mas vamos procurar meios de festar, sem desviarmos da
moral, afinal de contas, o nosso corpo vale muito, pois é ele que
conduz o Espírito nesta encarnação, e precisamos zelar pela nossa
vestimenta carnal, praticando o bem, e vivenciando o que ouvimos do
Evangelho de Jesus.
JORNAL VERDADE E
VIDA
ADDE
- ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA E SPIRITA
ANO
01 NÚMERO 03 FEVEREIRO/ MARÇO 2012
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