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terça-feira, 19 de novembro de 2013

CONSEQUÊNCIAS DO ESPIRITISMO

COMUNICAÇÃO

 Cleto Brutes

Allan Kardec, ao analisar os vários níveis de compreensão e vivência dos adeptos do Espiritismo, apresenta uma série de consequências para aqueles que, não se limitando apenas a observar os fenômenos, pelo estudo sério, faz da Doutrina Espírita um roteiro de vida.
A religiosidade. A primeira e mais importante consequência é no sentido de desenvolver um sentimento de religiosidade. A medida em que o homem entende que é um Espírito imortal, que está vivendo temporariamente uma experiência num corpo físico, temporal e perecível, passa a dar menos valor às questões transitórias, projetando seus interesses e seus esforços para o progresso espiritual. E, na proporção do progresso que realizar, mais se aproxima de Deus, objetivo principal de toda religião.
A resignação. Ao compreender que as provações da existência são experiências necessárias e impulsionadoras do progresso, o homem passa a se resignar diante das vicissitudes da vida. Ao entender de forma racional e lógica o motivo das dificuldades da vida terrena, o homem não se aflige tanto com as tribulações que a acompanham.
Daí, mais coragem nas aflições, mais moderação nos desejos.
A aceitação das perdas. A crença na vida futura o leva a aceitar, sem queixa, nem pesar, uma morte inevitável, como coisa mais de alegrar do que temer, pela certeza do estado que lhe sobrevirá. A compreensão de que a vida não se extingue no túmulo e que os laços que o unem aos entes queridos que o antecederam no retorno ao mundo espiritual não se rompem com a morte, torna mais fácil aceitar as separações.
A certeza de um futuro, que temos a faculdade de tornar feliz, a possibilidade de estabelecermos relações com os entes que nos são caros, oferecem ao espírita suprema consolação.
A profilaxia contra o suicídio. Quando compreende que a encarnação é o remédio divino para amenizar as dores da alma, valorizará mais a vida e, por consequência, banirá a idéia de abreviar os dias da existência, porque a ciência espírita ensina que pelo suicídio sempre se perde o que se queria ganhar. O Espiritismo, ao apresentar os próprios suicidas informando a situação dolorosa em que se encontram no outro lado da vida, vem confirmar que pelo suicídio o homem chega a resultados opostos ao que esperava. Ao tentar fugir de um mal, incorrerá em outro muito pior, mais longo e penoso. Se esperava encontrar-se com os entes queridos, o suicídio é exatamente o obstáculo que o impedirá de revê-los.
A indulgência. Todos são iguais perante Deus e têm o mesmo
princípio e a mesma destinação, a felicidade. O erro é um estágio transitório e toda criatura, por mais perversa que possa parecer, na medida dos seus esforços, irá purificar-se.
Compreendendo assim, fica mais fácil para o homem sentir indulgência para com os defeitos alheios.
O esquecimento de si mesmo. Quando o homem passa a ver o seu semelhante como um companheiro de jornada, e não um concorrente, torna-se menos egoísta, passando a se ocupar mais com o seu semelhante. A abnegação em favor do outro, pelo esquecimento de si mesmo, constitucional de grande progresso.
É evidente que a adoção dos princípios espíritas não vai livrar o homem das experiências necessárias ao seu amadurecimento. Conviverá ainda um largo tempo com o fruto da semeadura equivocada e com suas imperfeições, pois vícios e equívocos, cultivados por muitos séculos, somente serão vencidos com o trabalho no bem, levado a efeito ao longo das encarnações. No entanto, a Doutrina Espírita, o Consolador Prometido por Jesus, torna o homem mais consciente, mais humano e, com a fé racional que desenvolve, transitará pelos caminhos da vida, com mais equilíbrio e com melhor proveito. Por isso, o convite ao estudo sério, regular e contínuo dos seus ensinamentos.



“INFORMAÇÃO”:
REVISTA ESPÍRITA MENSAL
ANO XXXII N° 389
FEVEREIRO 2009
Publicada pelo Grupo Espírita “Casa do Caminho” -
Redação:
Rua Souza Caldas, 343 - Fone: (11) 2764-5700
Correspondência:
Cx. Postal: 45.307 - Ag. Vl. Mariana/São Paulo (SP)


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