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sexta-feira, 20 de abril de 2018

EDUCAÇÃO - O APRENDIZADO DA VIDA 2

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**INFORMAÇÃO ESPÍRITA**


EDUCAÇÃO 2/2

EDUCAÇÃO - O APRENDIZADO DA VIDA

Hermínio C. Miranda


Um amigo meu (americano) provocou certo reboliço na área educacional de seu País quando desejou o título de engenheiro. Tinha de entrar para a faculdade regularmente como todo mundo, lhe disseram. Mas ele insistiu que já estava pronto. O que queria era apenas provar que já sabia o que precisava saber para ser um bom engenheiro. Para isso, requereu uma banca examinadora e tanto lutou e insistiu que acabou conseguindo ser examinado. Não foi possível recusar-lhe o diploma. Ele era um engenheiro, tão bom quanto os melhores. Tão bom que ainda hoje vive confortavelmente como consultor “free lancer”, fazendo estudos e projetos especiais de alta complexidade. É um especialista em estruturas metálicas, autor de vários inventos importantes, homem culto, inteligente, sensível e reencarnacionista convicto.

Ocorre-me um terceiro exemplo dessa metodologia pouco ortodoxa de obter conhecimentos (ou recordá-los, como queria Platão). Trata-se do poeta inglês Robert Browning. Houve, de fato, uma tentativa de fazê-lo freqüentar faculdade; mas não deu certo. O futuro poeta preferiu educar-se sob as vistas do pai, um erudito bancário, ao qual a família considerava uma enciclopédia ambulante. Em LA JEU NESSE DE ROBERTO BROWNING, o escritor francês Henri-Léon Hovelaque declara que o poeta sabia tudo quanto um jovem de formação universitária poderia conhecer; a diferença é que “il le savait autrement”, ou seja, sabia de modo diverso.

— Gostaria de que todo imigrante soubesse que Lincoln passou apenas um ano na escola sob a tutelagem de cinco professores diferentes — escreveu o Dr. John H. Finley — e que esse homem foi capaz de escrever o discurso de Gettysburg. Não se veja nisto — mera opinião pessoal, repito — qualquer intenção crítica sobre a metodologia e os currículos universítários predominantes.

Desejo apenas destacar a conveniência, senão a necessidade de prover sempre condições para que Espíritos diferentes tenham tratamento diferenciado, a fim de que possam desenvolver harmoniosamente suas potencialidades. A familiaridade com os aspectos teóricos e práticos do Espiritismo ensina, com insistência, que muitos são os que renascem precisamente para romper com estruturas e metodologias superadas, a fim de abrir janelas panorâmicas para o futuro e indicar caminhos ainda não trilhados ou nem sequer suspeitados. Segundo estou informado, esse critério de flexibilidade e liberdade responsável tem sido o grande fator de êxito em instituições de ensino dedicadas à educação dos superdotados. Há que proporcionar- lhes espaço livre, mesmo dentro de um currículo mínimo obrigatório, para que possam movimentar seus talentos e realizar suas programações espirituais. Um dia, todos os educadores estarão alertados para o fato de que a criança é um Espírito reencarnado e que, a despeito das limitações que lhe impõem a imaturidade do corpo físico, em particular, e da encarnação, em geral, ali está um Ser com importantes experiências anteriores, muitas vezes dono de vasta cultura intelectual e respeitável padrão ético. A muitos pais e mestres espanta e até assusta a identificação de certos sinais de precocidade em tais crianças. Um desses pais procurou-me certa vez, extremamente apreensivo, sentindo-se inadequado ante a impressionante potencialidade intelectual que seu filho começava a revelar. Disse-lhe eu que não se preocupasse. Desse-lhe amor, apoio e compreensão; ele sabia o que viera fazer aqui e saberia como abrir seus caminhos. Volvidos alguns anos — cerca de uma década —, já adolescente o menino, encontramo-nos novamente, os pais e eu. Estávamos todos felizes porque a modesta “profecia” se realizara na sua plenitude: o casal recebera como filho um Espírito de elevada condição intelectual.

Foi um privilégio que, em tempo, eles compreenderam e aceitaram, comovidos e humildes. Estou certo de que algum dia, não muito distante, ouviremos todos falar dele.

É importante, pois, vital mesmo, que Espíritos dessa ordem sejam prontamente identificados e adequadamente educados para que possam entregar à Humanidade as contribuições que se incumbiram de trazer-lhe.

Isto não significa, porém — jamais — que deva ser relegada a plano secundário a educação dos seres que renasceram com deficiências inibidoras do intelecto. Estes também têm tarefas a realizar na Terra, como todos nós. E mais do que os normais ou os da faixa excepcional elevada, precisam de compreensão, paciência, atenção e amor.

Não disse o Cristo que são os doentes que precisam de médico? Entre os dois extremos a exigirem cuidados especiais e metodologias excepcionais, está a massa densa de inteligências normais, se é que podemos estabelecer um padrão de normalidade para tais atributos. Para concluir, a reforma social deve partir da reforma moral do Ser humano, um impulso centrífugo, de dentro para fora, do indivíduo para a sociedade. O instrumento adequado para a realização desse ideal é a educação, no seu mais amplo e abrangente sentido, como promotora da cultura intelectual e da elevação dos padrões éticos, sem esquecer o trabalho de adequação do corpo físico, ferramenta de trabalho indispensável ao Ser encarnado, morada temporária do Espírito imortal.

FONTE

Amorim, Deolindo; Hermínio C. Miranda; O ESPIRITISMO E OS PROBLEMAS SOCIAIS ed. USE


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