terça-feira, 6 de julho de 2010
O LIVRO DOS MÉDIUNS - Estudo 28
SEGUNDA PARTE
DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS
CAPITULO IV
TEORIA DAS MANIFESTAÇÕES FÍSICAS
Estudo 28: itens 79 a 81- Aumento e diminuição de peso dos corpos
Concluindo o estudo do capítulo IV, relembramos que o fluido universal, é o agente principal das manifestações e que esse agente recebe seu impulso do Espírito, quer seja encarnado ou errante. O fluido condensado constitui o perispírito ou invólucro semimaterial do Espírito. Na encarnação, o perispírito se acha unido à matéria do corpo; na erraticidade está livre. Quando o Espírito está encarnado, a substância do perispírito se acha mais ou menos fundida com a matéria corpórea, mais ou menos colada a ela, se assim podemos dizer. Em algumas pessoas se verifica, por efeito de suas organizações, uma espécie de emanação desse fluido e é isso, propriamente falando, o que constitui o médium de efeitos físicos. A emissão do fluido animalizado pode ser mais ou menos abundante, como mais ou menos fácil a sua combinação, daí os médiuns mais ou menos possantes.
Aumento e diminuição de peso dos corpos
Para explicar estes fenômenos Allan Kardec faz a seguinte comparação:
— Quando se faz o vácuo na campânula da máquina pneumática, essa campânula adere com força tal ao seu suporte, que é impossível ergue-la, tal a força de adesão que lhe dá a pressão do ar sobre ela. Deixando-se entrar o ar, a campânula se eleva com maior facilidade, porque o ar de baixo contrabalança o de cima. Entretanto, abandonada a si mesma, permanecerá no prato em virtude da lei de gravidade. Comprima-se, porém, o ar interior dando-lhe uma densidade maior que o de cima e a campânula se levantará, apesar da gravitação. Se a corrente de ar for rápida e violenta, ela poderá manter-se no espaço sem nenhum apoio visível, como os bonecos que giram sobre os jatos de um repuxo. Por que, pois, o fluido universal, que é o elemento básico de toda a matéria, acumulando-se em torno à mesa, não teria a propriedade de aumentar ou diminuir o seu peso específico relativo, como faz o ar com a campânula, o hidrogênio com os balões, sem que fique derrogada a lei de gravitação? Conhecemos todas as propriedades e toda a força desse fluido? Não. E então? Como negar um fato que não podemos explicar.
Ainda sobre o possível aumento de peso, esse é um fenômeno que às vezes se produz e que nada apresenta de mais anormal do que a prodigiosa resistência da campânula, sob a pressão da coluna atmosférica. Têm-se visto, sob a influência de certos médiuns, objetos muito leves oferecerem idêntica resistência e, em seguida, cederem de repente ao menor esforço. Na experiência de que acima tratamos, a campânula não se torna realmente mais nem menos pesada em si mesma; mas, parece ter maior peso, por efeito da causa exterior que sobre ela atua. O mesmo provavelmente acontece com a mesa. Ela tem sempre o mesmo peso intrínseco, porquanto sua massa não aumentou; porém, uma força estranha se lhe opõe ao movimento e essa causa pode residir nos fluidos ambientes que a penetram, como reside no ar a que aumenta ou diminui o peso aparente da campânula. Faça-se a experiência da campânula diante de um homem ignorante: não compreendendo que o agente é o ar, que ele não vê, será fácil persuadi-lo de que se trata do diabo.
Talvez se diga que o fluido, sendo imponderável, sua acumulação não poderá aumentar o peso de um objeto. De acordo, afirma Kardec, e complementa: Mas é preciso notar que só nos servimos da palavra acumulação com finalidade comparativa e não para identificação do fluido com o ar. Ele é imponderável, mas, sua natureza íntima nos é desconhecida e estamos longe de conhecer todas as suas propriedades. Antes de conhecer o peso do ar, ninguém podia suspeitar dos efeitos desse peso. A eletricidade é também classificada entre os fluidos imponderáveis. No entanto, um corpo pode ser fixado por uma corrente elétrica e resistir fortemente a quem pretender ergue-lo. Aparentemente, portanto, torna-se mais pesado. Do fato de não se ver o suporte, seria ilógico concluir que ele não existe. O Espírito pode, pois, ter alavancas que desconhecemos.
E concluindo, complementa Allan Kardec: A Natureza nos prova diariamente que o seu poder não se limita ao testemunho dos nossos sentidos.
BIBLIOGRAFIA:
KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2.ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap. IV - 2ª Parte
Tereza Cristina D'Alessandro
Novembro / 2003
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