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terça-feira, 5 de agosto de 2014

Imortalidade da Alma e Vida Futura

Módulo X

Imortalidade da Alma e Vida Futura

1 – Imortalidade da Alma

A imortalidade da alma é uma realidade incontestável. O homem, inclusive o materialista, tem e sempre teve dela, a intuição.

É que tendo sido ele criado por Deus, ou tendo Dele saído, já contém em si mesmo o germe da vida futura. Podemos, então, afirmar com segurança que o Espírito não é eterno, porque teve início, mas é imortal, porque nunca terá fim.

A morte no sentido de acabar, não existe em nenhum lugar do Universo. É que Deus, o Criador de tudo o que existe, não poderia criar nada que um dia acabasse. A morte, portanto, deve ser sempre entendida como uma passagem, como fim de um ciclo e início de outro.

Por que então tem o homem tanto medo da morte?

Podemos analisar o medo da morte sob dois aspectos: um positivo, o outro negativo.

O primeiro é um efeito da sabedoria da Providência. Ele se manifesta como uma conseqüência da lei de conservação. Deus deu a todos os seres vivos a necessidade de viver como forma de evolução, e desta maneira, busca o ser sempre preservar a vida. Se não houvesse esse instinto, deixaríamo-nos entregar à morte, sem termos terminado de cumprir a fase que se faz necessária no momento.

Quanto ao segundo, temos a determiná-lo várias causas, as quais podemos destacar a má formação religiosa, o apego aos bens materiais, a culpa de consciência, etc.

Dizemos medo negativo, por ser ele muitas vezes desencadeador de processos obsessivos e outras vezes gerador de temor à própria vida, entre outras formas de manifestação.

É dever da religião informar aos seus adeptos a respeito da vida espiritual. Quando esta informação não se faz, a religião não cumpre um de seus mais importantes objetivos. Como somos formados por uma religião que nunca nos esclareceu de uma forma lógica a respeito da vida futura, e muito pelo contrário procurou sempre nos amedrontar, temos gravado em nosso psiquismo o medo da morte.

Esta falta de lógica e a perseverança em doutrinas complicadas, desprovidas de bom senso e sem fundamentação científica, promoveram um homem céptico, materialista, que valoriza em excesso os bens imediatos, por não crer em nada além de sua acanhada visão. Essa forma de pensar também leva o indivíduo a ter medo do momento da transição, porque não crendo ele em nada, logo pensa, o que será a partir de então?
Por isso, afirmamos ser a má formação religiosa uma das grandes culpadas do medo da morte.
Outra causa a destacar é a culpa e os sofrimentos já passados anteriormente pelo Espírito.

Sabemos que antes de encarnarmos, fazemos um programa regenerativo com base em nossas maiores necessidades, todavia, ao reencarnarmos, esquecemos grande parte destes compromissos e reincidimos nos antigos erros. Conscientemente, disso nada sabemos, mas o nosso Espírito guarda todas essas informações em seu íntimo, e esse contrariar nossa consciência é fator determinante do temor da morte, que ainda é agravado pelo fato de isso já ter acontecido muitas vezes em nosso processo reencarnatório e ter gerado muito sofrimento pós-morte, nos deixando uma reminiscência nada agradável.

A Doutrina Espírita transforma por completo esta situação. A vida futura deixa de ser hipótese para ser realidade. E a sua moral por ser a mesma ensinada pelo Cristo, tira do ser a culpa, mostrando a ele a necessidade de transformar-se pela prática das lições evangélicas, tirando, assim, o homem do círculo vicioso do erro.

Foi o próprio Jesus quem disse:

Nem eu te condeno; vai-te, e não peques mais.” (João, 8: 11)

Pela importância deste tema, e para que todo espírita possa encarar a grande transição com tranqüilidade e segurança, dedicamos este capítulo a estudar o processo desencarnatório.




Apostila do Curso de Espiritismo e Evangelho
Centro Espírita Amor e Caridade
Goiânia - GO
Trabalho realizado em 1997 pelo Grupo de Estudos desta Casa Espírita com a coordenação de Cláudio Fajardo
Divulgação

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