Módulo
X
Imortalidade
da Alma e Vida Futura
1
– Imortalidade da Alma
A
imortalidade da alma é uma realidade incontestável. O homem,
inclusive o materialista, tem e sempre teve dela, a intuição.
É
que tendo sido ele criado por Deus, ou tendo Dele saído, já contém
em si mesmo o germe da vida futura. Podemos, então, afirmar com
segurança que o Espírito não é eterno, porque teve início, mas é
imortal, porque nunca terá fim.
A
morte no sentido de acabar, não existe em nenhum lugar do Universo.
É que Deus, o Criador de tudo o que existe, não poderia criar nada
que um dia acabasse. A morte, portanto, deve ser sempre entendida
como uma passagem, como fim de um ciclo e início de outro.
Por
que então tem o homem tanto medo da morte?
Podemos
analisar o medo da morte sob dois aspectos: um positivo, o outro
negativo.
O
primeiro é um efeito da sabedoria da Providência. Ele se manifesta
como uma conseqüência da lei de conservação. Deus deu a todos os
seres vivos a necessidade de viver como forma de evolução, e desta
maneira, busca o ser sempre preservar a vida. Se não houvesse esse
instinto, deixaríamo-nos entregar à morte, sem termos terminado de
cumprir a fase que se faz necessária no momento.
Quanto
ao segundo, temos a determiná-lo várias causas, as quais podemos
destacar a má formação religiosa, o apego aos bens materiais, a
culpa de consciência, etc.
Dizemos
medo negativo, por ser ele muitas vezes desencadeador de processos
obsessivos e outras vezes gerador de temor à própria vida, entre
outras formas de manifestação.
É
dever da religião informar aos seus adeptos a respeito da vida
espiritual. Quando esta informação não se faz, a religião não
cumpre um de seus mais importantes objetivos. Como somos formados por
uma religião que nunca nos esclareceu de uma forma lógica a
respeito da vida futura, e muito pelo contrário procurou sempre nos
amedrontar, temos gravado em nosso psiquismo o medo da morte.
Esta
falta de lógica e a perseverança em doutrinas complicadas,
desprovidas de bom senso e sem fundamentação científica,
promoveram um homem céptico, materialista, que valoriza em excesso
os bens imediatos, por não crer em nada além de sua acanhada visão.
Essa forma de pensar também leva o indivíduo a ter medo do momento
da transição, porque não crendo ele em nada, logo pensa, o que
será a partir de então?
Por
isso, afirmamos ser a má formação religiosa uma das grandes
culpadas do medo da morte.
Outra
causa a destacar é a culpa e os sofrimentos já passados
anteriormente pelo Espírito.
Sabemos
que antes de encarnarmos, fazemos um programa regenerativo com base
em nossas maiores necessidades, todavia, ao reencarnarmos, esquecemos
grande parte destes compromissos e reincidimos nos antigos erros.
Conscientemente, disso nada sabemos, mas o nosso Espírito guarda
todas essas informações em seu íntimo, e esse contrariar nossa
consciência é fator determinante do temor da morte, que ainda é
agravado pelo fato de isso já ter acontecido muitas vezes em nosso
processo reencarnatório e ter gerado muito sofrimento pós-morte,
nos deixando uma reminiscência nada agradável.
A
Doutrina Espírita transforma por completo esta situação. A vida
futura deixa de ser hipótese para ser realidade. E a sua moral por
ser a mesma ensinada pelo Cristo, tira do ser a culpa, mostrando a
ele a necessidade de transformar-se pela prática das lições
evangélicas, tirando, assim, o homem do círculo vicioso do erro.
Foi
o próprio Jesus quem disse:
“Nem
eu te condeno; vai-te, e não peques mais.” (João, 8: 11)
Pela
importância deste tema, e para que todo espírita possa encarar a
grande transição com tranqüilidade e segurança, dedicamos este
capítulo a estudar o processo desencarnatório.
Apostila
do Curso de Espiritismo e Evangelho
Centro Espírita Amor e Caridade
Goiânia - GO
Trabalho realizado em 1997 pelo Grupo de Estudos desta Casa Espírita com a coordenação de Cláudio Fajardo
Divulgação
Centro Espírita Amor e Caridade
Goiânia - GO
Trabalho realizado em 1997 pelo Grupo de Estudos desta Casa Espírita com a coordenação de Cláudio Fajardo
Divulgação
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