REENCARNAÇÃO E BIOLOGIA

**INFORMAÇÃO ESPÍRITA**

CIÊNCIA

REENCARNAÇÃO E BIOLOGIA

(FINAL)

“O LIVRO DOS ESPÍRITO” é rico em ensinamentos a respeito da volta da Inteligência Extrafísica à vida corporal. A Espiritualidade ensina que, no momento de encarnar-se o Ser transcendental sofre perturbação maior e sobretudo mais longa do que a que experimenta ao desencarnar.

Respondendo à pergunta 339, dizem os mestres do mundo espiritual: “pela morte o espírito sai da escravidão; pelo nascimento, entra para ela”.

Allan Kardec afirma: “para o espírito a reencarnação é uma espécie de morte, ou antes, de exílio, de clausura... À aproximação do momento de reencarnar, sente uma espécie de agonia”.

A respeito do assunto, o livro “MISSIONÁRIOS DA LUZ”, escrito pelo espírito André Luiz, através do lápis de Chico Xavier, nos dá muitas informações. Relata que a entidade, em vias de reencarnar-se, antes da fecundação do óvulo, sofre uma atuação magnética, retomando a plasticidade que lhe é própria. Logo após, persistindo a ação magnética dos espíritos construtores, a forma perispiritual torna-se reduzida. Então, o espírito fica inconsciente, num processo de hibernação. Através da irradiação de seus campos vibratórios, energéticos, comanda o processo da própria reencarnação. Quanto menos evoluído for, menor a sua participação e intervenção na mecânica do “nascer de novo”.

André Luiz afirma que os processos do renascimento, como também os da morte física, diferem ao infinito, não existindo dois absolutamente iguais.

A formação do corpo humano é regida por fatores espirituais, não havendo de forma alguma casualidade.

Na obra “PALINGÊNESE, A GRANDE LEI”, Jorge Andréa ressalta que o espermatozóide que “penetrou determinado óvulo trouxe consigo o pequeno cromossoma que definirá o sexo não de modo casual e sim obedecendo a uma finalidade que lhe foi imposta”.

Com efeito, a entidade reencarnante, antes da fecundação, já se encontrava sintonizada vibratoriamente com sua futura mãe e, conseqüentemente, com o óvulo que aí tem origem, atraindo, então, o espermatozóide que lhe é afim, com cromossoma X ou Y, de acordo com suas expressões energéticas masculinas ou femininas, refletindo o teor de polarização sexual que carrega, na faixa evolutiva em que se encontra. Portanto, “o próprio Espírito, dentro das suas continências sexuais, define o sexo de que será portador”.

Se a entidade a reencarnar exercer atração sobre uma gameta masculino, contendo o cromossoma X, dará vida a um corpo feminino, se atrair o gameta com cromossoma Y, nascerá homem.

Ao mesmo tempo o Ser reencarnante, de acordo com a vibração destoante de seu perispírito, pode atrair um gameta masculino, albergando um gene patogênico ou portador de alterações cromossômicas.

O espírito pode, também, atuar diretamente na citogênese de sua futura mãe, dando ensejo à formação de um óvulo contendo o gene distônico ou com cromossomas alterados no número ou com erro de posição ou localização na célula reprodutora.

Outra explicação sobre o ponto de vista espiritual, para certas patologias congênitas, consiste na ação da entidade reencarnante sobre o ovo, causando, de acordo com as lesões perispíriticas, uma organogênese imperfeita, com defeitos verificáveis em qualquer etapa da morfogênese, gerando malformações. Essa ação desarmônica do Ser extrafísico, na embriogênese, explica o grande número de afecções congênitas de causas físicas complexas e obscuras, apresentando-se na maioria das vezes como casos isolados, sem a observância das mesmas nos familiares.

A formação do embrião acontecerá imposta por dois fatores básicos: as informações genéticas do ovo, vindas dos pais pelos gametas, escolhidos pelo espírito, em consonância com sua faixa vibratória, que estão programadas a regular todo o metabolismo celular (nutrição, crescimento, divisão) e a participação modeladora ou organizadora do corpo espiritual, servindo de molde para as células dos tecidos embrionários desenvolverem-se e formarem o corpo humano.

O corpo espiritual é responsável pelas formas que assume o embrião em seu crescimento e progresso. Na realidade, toda complexidade orgânica foi edificada a partir de um dinamismo superior extrafísico. O encontro de duas células germinativas (espermatozóide e óvulo) proporciona a formação de um Ser humano, constituído por sessenta trilhões de células, que funcionam harmonicamente, sendo que diferentes grupos celulares estão especializados no desempenho de diferentes atribuições. Portanto, sessenta trilhões de células, com funções complexas e específicas, responsáveis por fenômenos bioquímicos preciosos, formadas a partir da união de apenas duas células, não podem ser fruto do acaso. Certamente, existe um substrato energético, agente causal da formação do corpo físico, que preexiste ao mesmo e lhe serve de modelo e orientador. Um dia chegará que a ciência, saindo da periferia analítica, penetrará na essência das coisas, compreendendo e entendendo a presença de um molde energético, responsável pela formação e funcionamento do corpo somático. Então, teremos a explicação racional dos cientistas a respeito das causas das doenças congênitas, entendendo que os defeitos, vincados no modelo perispiritual, reaparecem no corpo de carne, sendo causa das malformações verificadas na tela física.

Na realidade, quando a genética ensina que as doenças hereditárias são causadas por um gen distônico ou por cromossomas alterados, ela está falando de uma conseqüência, já que o espírito reencarnante atrai o gameta do pai ou da mãe com disfunção gênica ou anomalia cromossomial, de acordo com suas vibrações energéticas doentias e desarmônicas; podendo, também, de acordo com a lesão em seu perispírito, exercer uma ação deletéria na formação dos órgãos embrionários, causando malformações, não explicadas, na sua intimidade, pela ciência, qualificando-se como de origem multifatorial, onde calcular-se que muitos genes estejam ligados (poligenes).

Num trabalho realizado sobre as origens da deficiência mental na espécie humana, a causa gênica bem estabelecida teve uma percentagem de 1 a 5% (as poligênicas com 15%); a causa cromossômica de 2 a 3% (Sindrome de Down com 10%) e as desconhecidas 43%.

Os gêmeos monozigóticos ou univitelinos, que resultam da fecundação de um óvulo, têm a mesma herança. São geneticamente idênticos; contudo, pode um deles nascer com doença congênita.

Embora sejam formados a partir de um ovo ou zigoto, na realidade, os gêmeos são espíritos reencarnados. Se um deles estiver com sua vestimenta fluídica em desarmonia, for uma entidade com seu perispírito danificado pelo mau procedimento no passado, certamente ele será responsável pela má formação de seu corpo físico. A ciência, não sabendo explicar devidamente o assunto, diz apenas que houve um defeito no mecanismo da divisão celular de um dos gêmeos. Novamente, o mundo científico, vendo um efeito, não sabendo relacionar, sem a presença de um molde espiritual, elástico, que calca sua forma sobre a matéria, a causa primária do fenômeno.

Quando entramos no terreno da gemealidade imperfeita, quando os gêmeos estão como que colados e apresentando deformações de vulto, a ciência se perde, sem nenhuma explicação lógica para o fenômeno.

Há casos em que um dos gêmeos não escapular e dos membros superiores. Os cientistas apenas o definem como gêmeo acárdico.

Alguns nascem com a cabeça; contudo, a massa encefálica está reduzida ou ausente (gêmeos anencéfalos). Outros vêm ao mundo apenas com os membros inferiores formados, o restante encontrando-se dentro do outro gemelar.

Como sabemos que o corpo espiritual é de constituição fluídica, elástica, alterada pelo pensamento e pela vontade, fica mais fácil entendermos o porquê, a verdadeira causa do nascimento de autênticos monstros. O espírito, vivenciando na vida além-túmulo intenso sofrimento, o que o Evangelho simbolicamente denomina de “inferno eterno”, já que tem a aparência de indeterminado, de tempo sem fim, de acordo com a gravidade de suas faltas praticadas no pretérito, vinca o corpo espiritual com desequilíbrios ou distonias, compatíveis com o grande remorso, remoendo ou consumindo como labaredas de fogo todo seu interior.

Então, a vestimenta fluídica danificada plasma um corpo somático deformado. Quando o perispírito está totalmente lesado, perdendo sua forma humana, inteiramente desfigurado, “renasce” no berço físico, através de ato cirúrgico, como um tumor, conhecido pela ciência como Corioma. Este tumor é originado do trofoblasto, porção do ovo que estabelece intercâmbio com o ambiente. Pode ser benigno (Mola Hidatiforme) ou maligno (Coriocarcinoma). A ciência nada sabe sobre sua causa. O Espiritismo nos ensina que espíritos suicidas ou criminosos inveterados, trazendo o perispírito totalmente desestruturado, plasmam num corpo físico sem nenhuma orientação, culminando na maior parte das vezes em ovopatias, levando a abortamentos espontâneos.

É importante frisar que não há organização biológica devido ao espírito reencarnante direcionar seu pensamento para o caos, estando sua vestimenta fluídica inteiramente danificada.

A Doutrina Espírita também nos ensina que, em alguns casos, onde o produto embrionário ou fetal é “uma simples massa de carne” “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, 136, a) e b)), não houve destinação à encarnação de seres extrafísicos (“O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, 356).

Nesses casos, não há a presença de substrato energético, preexistindo ao corpo físico e lhe servindo de campo modelador. O ingresso do espírito na dimensão física faz com que sua deficiência, desabrochando no corpo somático, se torne menos intensa e com o decorrer das seguintes encarnações desague todas as suas imperfeições perispíriticas na vestimenta corporal. Portanto, de imediato, evidencia-se a importância da vida humana para o espírito se devencilhar dos grilhões que o levaram à chamada “prisão eterna”, que, na realidade, ensinou Jesus ser mesmo transitória mas onde se deveria “pagar o último ceitil” (Mt. 5:26), para ser libertado das grades do sofrimento.

É necessário patentear que o “amor cobre multidão de erros” (1 Pe. 4:8); portanto, sair do presídio moral, onde se encontra a consciência do espírito devedor, relaciona-se a entrar em contato na matéria com os adversários de antanho, procurando uma reconciliação final.

A gemealidade imperfeita é conseqüência de tenaz adversidade em diversas existências, quando os inimigos reencarnam unificados na matéria (gêmeos acolados), já que se encontravam jungidos pelo ódio. Através do amor devotado a outrem, onde a caridade é a tônica das atitudes, vendo-se o próximo como a si mesmo, o espírito tem também a oportunidade de reconciliar-se consigo mesmo, harmonizando-se seu perispírito, através das ações boas que pratica. Neste caso, o sofrimento deixa de ser um acidente à evolução da criatura, já que o amor desinteressado cobre a multidão de erros do passado e a dor deixa de ser compulsória para a libertação espiritual do Ser. Conhecer o Evangelho e praticar os ensinamentos do Cristo é a solução, o remédio salutar para as desarmonias vincadas no corpo espiritual. Então, o sofrimento compulsório será extinguido ou atenuado de acordo com a intensidade e sinceridade dos atos de amor para com os semelhantes, como também concordante com o remorso veemente que carrega dentro de si.

Assim fazendo, a dor deixa de ser obrigatória para o desprendimento das imperfeições, gravadas pelo próprio espírito em sua vestimenta fluídica. Libertar-se das algemas do remorso, através do amor, seria o verdadeiro caminho do resgate; infelizmente, o homem ainda não apreendeu as lições sábias do Cristo e permanece criando o mal, nele se alimentando e nele terá que se libertar, através da reencarnação, em corpos malformados, “em tribulações compatíveis com os débitos que assumiram”.

No momento em que o mundo científico, principalmente a Biologia, entender e assimilar a presença de um substrato energético inteligente, gerando a vida física e renascendo na tela somática todas as vezes que se fizer necessária, Jesus reinará de verdade nos corações dos homens, já que a ciência e a religião estarão unidas, uma completando a outra, revelando-nos que há uma finalidade maior na vida e que a felicidade em potencial dentro de nós será conquistada gradativamente através do amor ou da dor.

A responsabilidade será inerente à criatura, que compreenderá que seu infortúnio atual tem uma causa desarmônica no passado e a felicidade futura dependerá da sua conduta atual.

Jesus disse:

“Conhecereis a verdade e ela vos libertará”. (Jo. 8:32)

FONTE: Nunes, Américo Domingos “AQUEDADOS VÉUS”, Ed. CELD

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