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sábado, 8 de setembro de 2018

Ânimo e esperança

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Editorial

Ânimo e esperança

Não foi nada fácil o ano. Muitos problemas de toda ordem avassalaram a Terra e o Brasil não deixou de sofrer agruras. Diríamos que o mal moral foi o grande sofrimento do povo brasileiro nesse ano. Temos salientado sempre a necessidade da vigilância e da oração. Orar pelo nosso país e por todo o planeta. Orar pela manutenção da paz. Orar para que a desfaçatez de muitos, que prejudicam a nação, possa terminar. Orar para a maturidade do nosso povo. Que aprenda com a dor, que para nós tem função educativa.

Jesus é o grande médico das almas e para Ele temos que nos voltar, com a maior intensidade do nosso coração. Tornarmo-nos cristãos verdadeiros deve ser uma meta a seguir.

Temos observado que a ciência humana tem caminhado celeremente, mas não tem preenchido o ser humano em sua busca de amor e paz. O conforto para muitos tem aumentado, a solução para vários males no campo das doenças tem sido alcançada, mas os infortúnios ocultos se intensificam, as dores se tornam volumosas na alma e milhares de pessoas sofrem no campo dos sentimentos.

Nas dificuldades, lembramos a frase de Abigail a Paulo de Tarso, no livro Paulo e Estevão, psicografado por Chico Xavier: “ama, trabalha, espera, perdoa!”

Ditado pelo espírito Emmanuel, vemos em O Livro da Esperança, psicografado por Chico Xavier, a mensagem “Na Presença do Cristo”. Recomendamos que o leitor leia na íntegra, por ser extensa. Compilamos aqui alguns trechos:

... Os vencidos da angústia aglomeram-se na Terra de hoje, como enxameavam na Terra de ontem...

... Perderam o emprego que lhes garantia a estabilidade familiar e desorientam-se abatidos, à procura de pão.

... Foram despejados do teto, hipotecado à solução de constringentes necessidades, e vagueiam sem rumo.

... Encontram-se despojados de esperança, pela deserção dos afetos mais caros, e abeiram-se do suicídio.

... Caíram em perigosos conflitos de consciência e aguardam leve sorriso que o reconforte...

... Abraçaram tarefas de bondade e ternura e são mulheres supliciadas de fadiga e de pranto, conduzindo os filhinhos que alimentam, à custa das próprias lágrimas.

... Para eles, os que tombaram no sofrimento moral, a ciência dos homens não dispõe de recursos.

É por isso, que Jesus, ao reuni-los em multidão, no tope do monte, desfraldou a  bandeira da caridade e, proclamando as bem-aventuranças eternas, no-los entregou por filhos do coração.

... Companheiro da Terra, quando estendes uma palavra consoladora ou um abraço fraterno, uma gota de bálsamo ou uma concha de sopa, aliviando os que choram, estás diante deles, na presença do Cristo, com quem aprendemos que o único remédio capaz de curar as angústias da vida nasce do amor, que se derrama, sublime,
da ciência de Deus.

No ano que passou, os que trabalham pelo Cristo na Terra, onde estavam, muito fizeram, mas ainda muito há que fazer. Mantenhamos a certeza de que, por mais sombrio pareça o horizonte, a luz cristalina de Jesus a todos envolve com muito amor.

Continuemos trabalhando e melhorando. Tenhamos esperança. Novo ano, novas oportunidades para servir e amar.

Ânimo e coragem. Esperança!

EMMANUEL

Depois

Depois, sobrevindo tribulação ou perseguição...”
- Jesus. (Marcos, 4:17.)

Toda a gente conhece a ciência de começar as boas obras.

Aceita-se o braço de um benfeitor, com exclamações de júbilo, todavia, depois... quando desaparece a necessidade, cultiva-se a queixa descabida, no rumo da ingratidão declarada, afirmando-se – “ele não é tão bom quanto parece”.

Inicia-se a missão de caridade, com entusiasmo santo, contudo, depois... ao surgirem os primeiros espinhos, proclama-se a falência da fé, gritando-se com toda força - “não vale a pena”.

Empreende-se a jornada da virtude e aproveita-se o estímulo que o Senhor concede à alma, através de mil recursos diferentes, entretanto, depois... quando a disciplina e o sacrifício cobram o justo imposto devido à iluminação espiritual, clama-se com enfado - “assim também, não”.

Ajuda-se a um companheiro da estrada, com extremado carinho, adornando-se-lhe o coração de flores encomiásticas, no entanto, depois... se a nossa sementeira não corresponde à ternura exigente, abandonamo-lo aos azares da senda, asseverando com ênfase - “não posso mais”.

Todos sabem principiar o ministério do bem, poucos prosseguem na lide salvadora, raríssimos terminam a tarefa edificante.

Entretanto, por outro lado, as perigosas realizações da perturbação e da sombra se concretizam com rapidez.

Um companheiro começa a trair os seus compromissos divinos e efetua, sem demora, o que deseja.

Outro enceta a plantação do desânimo e, lesto, alcança os fins a que se propõe.

Outro, ainda, inicia a discórdia e, sem detença, cria a desarmonia geral.

Realmente, é muito difícil perseverar no bem e sempre fácil atingir o mal.

Todavia, depois...

EMMANUEL, que foi o mentor espiritual de Francisco Cândido Xavier e coordenador da obra mediúnica do saudoso médium, é autor, entre outros, do livro Vinha de Luz, do qual foi extraído o texto acima.



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