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segunda-feira, 16 de maio de 2016

#15 – O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - CAPÍTULO II: MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO ITEM 4: A REALEZA DE JESUS

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - XV

CAPÍTULO II: MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO

ITEM 4: A REALEZA DE JESUS

Na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, lemos em João 12:13, " tomaram ramos de palmeiras e saíram ao seu encontro clamando: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor e que é rei de Israel!" Em Lucas 19:38 "... dizendo: Bendito é o rei que vem em nome do Senhor. "

Nessas e em outras passagens dos Evangelhos, vemos que os seguidores de Jesus viam nele o libertador de Israel, o novo rei que iria instalar na Terra um novo reino, livre dos domínios estrangeiros, que tanto feriram o orgulho e o brio da raça hebraica. Aliás, esta era a idéia do Messias esperado: o enviado de Deus, com poderes para libertar de vez o povo hebraico, e colocá-lo sobre todas as outras nações.

Por isso, podemos compreender o porquê da pergunta de Pilatos: "Tu és o rei dos judeus?”

Na citação de João: XVIII: 34, 36 e 37, Jesus responde "Meu reino não é deste mundo... "e à repetição da pergunta, diz:" Tu dizes que eu sou rei. Eu não nasci nem vim a este mundo, senão para dar testemunho da verdade; todo aquele que é da verdade ouve a minha voz."

O que Jesus deixou bem claro foi a finalidade da sua missão: trazer a verdade das leis morais, indispensáveis para a existência do reino de Deus nos corações humanos e, por conseqüência na própria Terra. Sabia ser o enviado de Deus para iniciar uma nova era na evolução da humanidade, com a visão real da vida espiritual eterna.

A realeza de Jesus é a realeza moral, fruto da sua perfeição, do seu viver segundo as leis divinas, realeza que exerce o poder para sempre. Com autoridade, portanto, de orientar, esclarecer, conduzir a humanidade na conquista dos valores inseridos pelo Pai na sua obra, na sua criação, com o determinismo divino de ser perfeito.

Na sua frase: "mas por agora o meu reino não é daqui." (João XVIII 34), além de mostrar-se como o representante de Deus na Terra, deixa bastante clara a idéia da vida futura e da sua autoridade sobre esta humanidade.

Jesus, no seu viver, deu lições através da palavra, deu lições através das suas ações, testemunhando sempre as leis de Deus: a verdade possível de ser compreendida pelos habitantes da Terra..

Para aprendê-la é necessário que o homem sinta e perceba a continuidade da vida além desta, material; reconheça-se filho de Deus, que se mostra nas suas obras; abra-se às verdades espirituais, percebendo um mundo muito mais amplo, cósmico na sua realidade existencial, no qual é um ser inteligente, imortal, desenvolvendo um imenso potencial intelectual e moral que lhe permitirá ser, um dia, sábio e feliz.

Jesus é a autoridade maior na Terra, designado por Deus graças à perfeição conquistada, para dirigir a caminhada evolutiva da humanidade terrestre, orientando-a na sua libertação da ignorância e do apego à coisas materiais, a fim de transcender-se da condição de humano para a de angelitude. É nosso Irmão mais velho, nosso guia, nosso modelo e está tão acima de nós, que nos impossibilita qualificá-lo com qualquer título terreno. Ele é mais, muito mais, diferente de nós devido à perfeição alcançada, mas próximo, muito próximo de nós, no amor que nos dedica como demonstrou seu viver na Terra.


Leda de Almeida Rezende Ebner
Agosto / 2002


Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
Ribeirão Preto - SP



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