**INFORMAÇÃO
ESPÍRITA**
CURSO
BÁSICO DE ESPIRITISMO – 1º Ano – 37ª. Edição – FEESP
Zulmira
da Conceição Chaves Hassesian
14ª
Aula - VIDA ESPÍRITA - I
Parte
A - ESCOLHA DAS PROVAS - RELAÇÕES DE ALÉM-TÚMULO - RELAÇÕES
SIMPÁTICAS E ANTIPÁTICAS DOS ESPÍRITOS
ESCOLHA
DAS PROVAS
Após
cada existência, os Espíritos vêem o progresso que fizeram e
compreendendo o quanto ainda lhes falta em pureza para atingirem a
felicidade real, escolhem assim as provas, que irão passar, antes de
reencarnarem, pois somente fora da matéria pode o Espírito refletir
acertadamente sobre as verdades eternas.
Nem
todos o fazem após o desencarne, há os que acreditam em penas
eternas isso para eles é um castigo.
Alguns
solicitam suas provas para a vida presente ou mesmo para a futura,
nisso consiste o seu livre arbítrio, lembrando-nos sempre que nada
acontece sem a permissão de Deus.
Para
os Espíritos mais próximos de sua origem (simples, ignorantes e
carecidos de experiências) Deus lhes supre as inexperiências,
Traçando-lhes o caminho que devem seguir, porém, pouco a pouco, o
Pai os deixa escolher, à medida que o discernimento, juntamente com
o progresso espiritual, vai evoluindo. Deus sabe esperar, não se
precipita, mas ainda assim, há encarnações expiatórias, para
Espíritos vacilantes, necessitados da experiência corpórea.
Essa
escolha dos Espíritos é apenas para o gênero das provações,
dando-lhes conhecimento da natureza das vicissitudes, porém as
particularidades correm por conta das consequências das próprias
ações, ignorando assim, se terão êxito ou não.
O
Espírito escolhe provas que queira sofrer, de acordo com a natureza
de suas faltas, as que o levem a expiação destas e a progredir mais
rapidamente. Para os encarnados pode parecer natural que se escolham
as provas menos dolorosas, ao Espírito, não. Uns impõem a si
mesmos uma vida de misérias e privações, objetivando suportá-las
com coragem; outros preferem experimentar as tentações da riqueza e
do poder, muito mais perigosas outros ainda, se decidem a
experimentar suas forcas nas lutas que terão de sustentar em contato
com o vício.
Escolhendo,
por exemplo, nascer entre malfeitores, sabia o Espírito a que
arrastamentos se expunha; ignorava, porém, quais os atos que viria a
praticar. Esses atos resultam do exercício da sua vontade, ou de seu
livre-arbítrio. Quanto mais difíceis às provas, maior o mérito,
se sair vitorioso.
Espíritos
mais atrasados podem pedir para nascer entre outros mais adiantados
para progredirem, mas poderão ficar deslocados entre eles e são os
que às vezes nos dão um triste espetáculo de ferocidade em meio da
civilização; isso não quer dizer que retrocederam.
Nas
provações por que lhe cumpre passar para atingir a perfeição o
Espírito não tem que sofrer tentações de todas as naturezas. Há
Espíritos que desde o começo tomam um caminho que os exime de
muitas provas. Os que se deixam arrastar para o mau caminho, correm
todos os perigos que esse caminho apresenta.
Quando
errante pouco importa ao Espírito encarnar no corpo de um homem, ou
no de uma mulher, o que o guia na escolha são as provas por que haja
de passar.
Para
o tipo de provas que necessitamos, precisamos de mundos de expiações
e provas.
O
Espírito pode enganar se quanto à eficiência da prova que
escolheu:
1)
pode escolher uma que esteja acima de suas forcas e sucumbir
(diferente de expiação);
2)
pode também escolher alguma que nada lhe aproveite, como sucederá
se buscar vida ociosa e inútil, mas ao voltar ao mundo dos
Espíritos, verifica que nada ganhou e pede outra que lhe faculte
recuperar o tempo perdido.
“É
o próprio Espírito que modela o seu envoltório e o torna adequado
as suas novas necessidades, ele o aperfeiçoa, o desenvolve e
completa o organismo a medida que sente a necessidade de manifestar
novas faculdades, numa palavra, ele o talha conforme sua
inteligência”. (GE - cap. XI - item II)
Em
alguns casos não é permitida ao Espírito a escolha do seu
invólucro corpóreo, dependerá sempre da evolução adquirida. Em
outros, quando o Espírito já conquistou essa evolução, solicita
impedimentos físicos que o imunize ante a possibilidade de
reincidência nos erros, pois, os compromissos morais adquiridos
conscientemente na carne, somente na carne, podem ser resolvidos.
Nem
sempre o Espírito requisita deliberadamente determinadas provas, de
vez que, em muitas circunstâncias quais aquelas que se verificam no
suicídio ou na delinquência, caímos de imediato, na desagregação
ou na insanidade das próprias forcas, lesando o corpo espiritual, o
que nos constrange a renascer no berço físico exibindo defeitos e
moléstias congênitas, em aflitivos quadros expiatórios.
O
erro de uma encarnação passada pode influenciar na encarnação
presente, predispondo as doenças que tem a sua causa profunda na
estrutura do corpo espiritual.
A
carne é assim como um filtro que retém as impurezas do corpo
perispiritual, liberando-o de certos males adquiridos.
Embora
conhecedores que somos da Lei de Causa e Efeito, não podemos
generalizar os casos, não podemos nos esquecer daqueles missionários
que pedem provações em enfermidades para serem instrumentos da
descoberta da cura. Há, também, outros Espíritos que pedem duras
provas, e ao saírem vitoriosos, podem evoluir mais rapidamente.
Suportemos
nossas provas, com a certeza do Amor de Jesus e com o amparo dos
Amigos Espirituais, emissários do Pai, a nos protegerem, porém sem
nos esquecemos de fazer a nossa parte. Ajuda-te a ti mesmo e o Céu
te ajudará.
Todavia,
as súplicas justas são atendidas mais vezes do que supomos. Muitas
vezes, a ajuda nos chega na idéia sugerida que nos fará sair da
dificuldade pelo nosso próprio esforço.
RELAÇÕES
DE ALÉM–TÚMULO
Os
Espíritos de diferentes ordens estão misturados na espiritualidade,
como quando encarnados, homens bons e maus se encontram o tempo todo,
se relacionam, mas sem que isso, os obrigue a conviverem mais
intimamente.
Os
da mesma ordem se reúnem por uma espécie de afinidade e formam
grupos ou famílias de Espíritos unidos pela simpatia e pelos
propósitos; os bons, pelo desejo de fazer o bem; os maus, pelo
desejo de fazer o mal, pela vergonha de suas faltas e pela
necessidade de se encontrarem entre os seres semelhantes a eles.
As
diferentes ordens de Espíritos estabelecem entre si uma hierarquia
de poderes que é exercida por meio de uma ascendência moral
irresistível, em relação à superioridade moral elevada.
A
condição dos Espíritos na vida além-túmulo, sua elevação, sua
felicidade, depende da respectiva faculdade de sentir e de perceber,
que é sempre proporcional ao seu grau evolutivo.
Os
Espíritos Superiores vão por toda parte, para exercerem a sua
influência sobre bons e maus. Para combater as más tendências
destes, a fim de auxiliá-los a evoluir, é uma missão; porém, as
regiões habitadas pelos bons são interditadas aos Espíritos
imperfeitos, a fim de que não levem a elas o distúrbio das más
paixões.
Os
Espíritos inferiores se comprazem em nos levar ao mal pelo despeito
de não terem merecido estar entre os bons. O desejo deles é o de
impedir, tanto quanto puderem que os Espíritos ainda inexperientes
atinjam o bem Supremo; querem fazer os outros provarem aquilo que
eles provam.
O
poder que um homem goza na Terra não lhe dá supremacia no mundo dos
Espíritos, o maior na Terra pode estar na última classe entre os
Espíritos, enquanto o seu servidor poderá estar na primeira. Jesus
disse: “Quem se humilhar será exaltado, e quem se exaltar será
humilhado”.
Aquele
que teve poder na Terra, ao se ver inferiorizado entre os Espíritos,
sobretudo os orgulhosos e invejosos, irão se sentir humilhados. O
domínio do mandatário sobre o subordinado, na espiritualidade, só
continuará a existir se a superioridade for moral.
Os
Espíritos se vêem e se compreendem, a palavra é material: é
reflexo da faculdade espiritual (LE, 282). O fluido universal
estabelece entre eles constante comunicação; é o veiculo da
transmissão de seus pensamentos, como, para nós, o ar o é do som.
É uma espécie de telégrafo universal, que liga todos os mundos e
permite que os Espíritos se correspondam de um mundo a outro.
Os
Espíritos, reciprocamente, não podem dissimular seus pensamentos.
Não podem ocultar-se uns dos outros. Podem afastar-se uns dos
outros, mas sempre se vêem. Isto, porém, não constitui regra
absoluta, porquanto certos Espíritos podem muito bem tornarem-se
invisíveis a outros Espíritos, se julgarem útil fazê-lo.
Os
Espíritos comprovam suas individualidades pelo perispírito, que os
toma distinguíveis uns dos outros, como faz o corpo entre os homens.
Os
Espíritos se reconhecem por terem coabitado a Terra. O filho
reconhece o pai, o amigo reconhece o amigo. E, assim, de geração em
geração se reconhecem no mundo dos Espíritos. Vemos a nossa vida
pretérita e lemos nela como em um livro. Vendo a dos nossos amigos e
dos nossos inimigos, vemos a sua passagem da vida para a morte.
Deixando
seus despojos mortais é necessário algum tempo para que a Alma se
reconheça a si mesma e sacuda o véu material.
Após
este estágio, vê imediatamente os parentes e amigos que a
precederam.
A
alma no seu regresso ao mundo dos Espíritos é acolhida da seguinte
forma:
-
A do justo, como bem-amado irmão, desde muito tempo esperado.
-
A do mau, como um ser que se despreza (ele próprio).
Os
Espíritos impuros, quando da chegada de outro Espírito mau entre
eles, ficam satisfeitos por verem seres que se lhes assemelham e que
também são privados da infinita ventura, qual na Terra um ladrão
entre seus iguais.
Nossos
parentes e amigos costumam vir ao nosso encontro quando deixamos a
Terra. Os Espíritos vão ao encontro da Alma como se regressasse de
uma viagem, por haver escapado aos perigos da estrada, e ajudam-na a
desprender-se dos liames corporais. Isso é uma graça concedida aos
bons Espíritos que se encontram com os que os amam. Ao passo que
aquele que se acha manchado, permanece em isolamento, ou só tem ao
seu redor os que lhe são semelhantes: isso é uma punição. Muitas
vezes, os seres amados estão ao lado e eles não conseguem vê-los.
A
reunião de parentes e amigos depois da morte depende da elevação
deles e do caminho que seguem, procurando progredir. Se um está mais
adiantado e caminha mais depressa do que outro, não podem os dois
conservar-se juntos. Ver-se-ão de tempos a tempos, mas não estarão
reunidos para sempre, senão quando puderem caminhar lado a lado, ou
quando se houverem igualado na perfeição. Acresce que a privação
de ver os entes queridos e amigos é, às vezes, uma punição.
Essa
punição é uma forma do Espírito mais rapidamente despertar, e
imposta pelo próprio Espírito por sua sintonia espiritual.
RELAÇÕES
SIMPÁTICAS E ANTIPÁTICAS DOS ESPÍRITOS
Ha
afeições entre os Espíritos, do mesmo modo que entre os homens,
entretanto o laço que prende os Espíritos uns aos outros é mais
forte, pois quando carentes de corpo material, esse laço não se
acha exposto às vicissitudes das paixões. Havendo aversões somente
entre os Espíritos impuros, e são estes que excitam as inimizades e
as dissensões entre os homens.
Na
erraticidade os que foram inimigos enquanto encarnados, compreendem
como era estúpida a atitude e pueril o motivo; apenas os Espíritos
imperfeitos conservam uma espécie de animosidade, porém se foi por
motivo material e desaparecendo a matéria, poderão rever se sem
ressentimento; da mesma forma que dois escolares que não se
gostavam, chegando a idade da razão reconhecem quão pueril eram
suas brigas infantis.
A
lembrança dos atos maus que dois homens praticaram um contra o
outro, induz os Espíritos, quando desencarnados, a se afastarem um
do outro.
Aqueles
a quem foi feito o mal neste mundo, se são bons, eles perdoam,
segundo o arrependimento do executor deste mal. Se maus é possível
que guardem ressentimento do mal que foi feito e queiram vingança,
não raro, em outra existência. Deus pode permitir que assim seja,
como um castigo.
Não
são suscetíveis de alterar-se as afeições individuais dos
ESPÍRITOS, por não estarem eles sujeitos a enganar-se. Falta-lhes a
máscara sob que se escondem os hipócritas. Daí vem que, sendo
puros, suas afeições são inalteráveis. Suprema felicidade lhes
advém do amor que os une.
Continua
a existir sempre, no mundo dos Espíritos, a afeição mútua que
dois seres se consagraram na Terra, desde que originada de verdadeira
simpatia. Se, porém, nasceu principalmente de causas de ordem
física, desaparece com a causa. As afeições entre os Espíritos
são mais sólidas e duráveis do que na Terra, porque não se acham
subordinadas aos caprichos dos interesses materiais e do
amor-próprio.
“A
teoria das metades eternas encerra uma simples figura, representativa
da união de dois Espíritos simpáticos. Trata-se de uma expressão
usada ate na linguagem vulgar e que se não deve tomar ao pé da
letra. Não pertencem decerto a uma ordem elevada os Espíritos que a
empregaram. Necessariamente, limitado sendo o campo de suas idéias,
exprimiram seus pensamentos com os termos de que se teriam utilizado
na vida corporal. Não se deve, pois, aceitar a idéia de que,
criados um para o outro, dois Espíritos tenham, fatalmente, que se
reunir um dia na eternidade, depois de haverem estado separados por
tempo mais ou menos longo”. (LE, 303a)
Não
há almas que desde suas origens, estejam predestinadas a união.
Cada um de nós não tem, n’alguma parte do Universo, sua metade, a
que fatalmente um dia reunirá. Não há união particular e fatal,
de duas almas. A união que há é a de todos os Espíritos, mas em
graus diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é, segundo a
perfeição que tenham adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto mais
unidos. Da discórdia nascem todos os males dos humanos; da concórdia
resulta a completa felicidade.
A
simpatia que atrai um Espírito para outro resulta da perfeita
concordância de seus pendores e instintos. Se um tivesse que
completar o outro, perderia a sua individualidade. A identidade
necessária à existência da simpatia perfeita apenas consiste na
igualdade dos graus da elevação (todos - pensamento, sentimento e
conhecimento).
Todos
os Espíritos serão simpáticos no futuro. Um Espírito, que hoje
está numa esfera inferior, ascenderá ao se aperfeiçoar a esfera em
que se acha o outro Espírito. E ainda mais depressa se dará o
encontro dos dois, se o mais elevado, permanecer estacionário em
razão de não bem realizar suas provas.
Podem
deixar de ser simpáticos um ao outro dois Espíritos que já o
sejam, se um deles for preguiçoso.
BIBLIOGRAFIA:
A
Gênese - Cap. XI - Encarnações dos Espíritos e Reencarnação
Após
a Tempestade - Joanna de Angelis - item 24
Depois
da Morte - Leon Denis – 2ª parte - cap. XIII - As Provas e a Morte
e cap. XXXIII
Emmanuel
- Emmanuel - cap. XXXII - Dos Destinos 49 14ª Aula - VIDA ESPÍRITA
- I
O
Consolador - Emmanuel - perguntas 175 a 178 e 239 a 252
O
Livro dos Espíritos - perguntas de 258 a 273, 274 a 3o3 e 663
O
Problema do Ser, do Destino e da Dor - Leon Denis - cap. VIII, XIII,
XIV e XV
Religião
dos Espíritos - Emmanuel - “Cadinho”, “Herança”,
“Examinadores”, “Doenças Escolhidas”, “Em Plena Prova”
Revista
Espírita - Setembro e outubro de 1864 - Estudos Morais
Revista
Espírita - julho de 1864 - Instruções dos Espíritos - O castigo
pela Luz - Médium Sr. A. Didier
Revista
Espírita - setembro de 1863 - Perguntas e Problemas Sobre a Expiação
e a Prova
Revista
Espírita novembro de 1860 - Relações Afetuosas dos Espíritos
Vida
e Sexo - Emmanuel- cap. XXIV
Parte
B - RECONCILIAR-SE COM SEUS ADVERSÁRIOS
“Se
teu irmão pecar contra ti, vai, e corrige-o entre ti e ele somente;
se te ouvir; ganho terás o teu irmão. Então, chegando-se Pedro a
ele, perguntou: Senhor; quantas vezes poderá pecar meu irmão contra
mim, para que eu lhe perdoe? Será até sete vezes? Respondeu-lhe
Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete
vezes” (Mateus
18:15, 21 e 22)
“Portanto,
se estás fazendo a tua oferta diante do altar; e te lembrar aí que
teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali a tua oferta diante
do altar; e vai te reconciliar primeiro com teu irmão, e depois
virás fazer a tua oferta.
Reconcilia-te
sem demora com o teu adversário, enquanto estas a caminho com ele,
para que não suscita que ele te entregue ao juiz, e que o juiz te
entregue ao seu ministro, e sejas mandado para a cadeia. Em verdade
te digo que não sairás de lá, enquanto não pagares o último
ceitil ”.
(Mateus 5:23-26).
A
misericórdia consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. O
ódio e o rancor denotam alma sem elevação, nem grandeza. O
esquecimento das ofensas é próprio das almas elevadas. Com que
direito podemos pedir o perdão das nossas faltas, se não perdoamos
as dos outros? Como rezar o Pai Nosso? Será realmente que quando nos
sentimos ofendidos, o primeiro a ofender não fomos nós mesmos? Será
que não nos escapou nenhuma ação ou palavra injuriosa; sem que o
percebêssemos?
Mahatma
Gandhi quando libertado de uma prisão britânica, ao lhe perguntarem
se perdoaria aos que o prenderam, ele respondeu que nada havia a
perdoar. Esse deve ser o tipo de amor que unirá todas as pessoas, um
amor universal, sem melindres.
Jesus
quando ensinou o Pai Nosso, acrescentou: “Se, porém, não
perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará as ofensas”.
Desta
belíssima oração que Ele nos ensinou no Sermão do Monte, somente
fez referência ao perdão das ofensas, mostrando dessa forma a
importância do perdão.
Quem
perdoa obtém a graça da consciência tranquila torna-se inacessível
ao mal, dá impulso evolutivo a própria alma.
Sabemos
que a morte não nos livra dos nossos inimigos, os Espíritos
vingativos perseguem muitas vezes, com seu ódio no além-túmulo;
porque estando o Espírito aprisionado em seu corpo, fica mais fácil
para o desencarnado atormentar. Nisso reside à causa da maioria dos
casos de obsessão.
Para
tranquilidade futura, Jesus recomenda nos reconciliarmos com os
nossos inimigos, o quanto antes, para que não se perpetue nas
existências futuras, o ódio, o mal.
Perdão
e esquecimento ao Espírito evangelizado é a mesma coisa, mas para
muitos de nós o perdão é simplesmente renunciar a vingança.
Jesus
ainda recomendou que quem fosse fazer uma oferenda, primeiro
reconciliasse com os seus adversários e só depois voltasse para dar
a oferenda, com o coração limpo.
O
perdão deve ser irrestrito e incondicional. Quando Pedro perguntou a
Jesus quantas vezes deve-se perdoar, ele lhe disse que deveria
perdoar setenta vezes sete, isso não queria dizer perdoar
quatrocentos e noventa vezes apenas, mas infinitamente; perdoar com o
coração e não só com os lábios, como aquele que diz: “Eu
perdôo, mas nunca mais quero vê-lo”, esse não perdoou realmente.
Perdoar
é doar amor, é misericórdia. O perdão se reconhece pelos atos
muito mais que pelas palavras.
Libertemo-nos
de todas as amarras perniciosas que ainda nos prendem e sigamos
livres de nossos defeitos mesquinhos na estrada que leva-nos ao Pai.
Sejamos
indulgentes com os que nos caluniam, pois a indulgência acalma,
corrige e atrai. Saibamos pedir perdão das calúnias que fazemos;
assim conseguiremos nos reconciliar com os nossos inimigos já nessa
encarnação.
Que
o Amor do Pai possa unir a todos seus filhos.
BIBLIOGRAFIA:
O
Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. X - itens 3, 5 e 8; cap. XII
itens 5 e 8
Pão
Nosso - Emmanuel - cap. 120 - Conciliação
Joana
de Angelis Responde - perguntas 21, 171 a 173
Renovando
atitudes - Amar, não sofrer
Crônicas
Evangélicas - Paulo Alves de Godoy - cap. VIII- Caminhe mais uma
milha
O
Evangelho dos Humildes - Eliseu Rigonatti - cap. V - itens 25 e 26
O
Sermão da Montanha - Rodolfo Calligaris - Reconcilia-te sem demora
com teu adversário
FREQUENTE
UMA CASA ESPÍRITA,
QUER
RESPOSTAS?
ENCONTRE-AS
NO LIVRO DOS ESPIRITOS.
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