INFORMAÇÃO
ESPÍRITA
PANORAMA
OS
INTIMORATOS
Churchil,na
última grande guerra, teve uma frase que passou para a história:
“Nunca tantos deveram tanto a tão poucos”. Ele se referia ao
denodo e coragem dos aviadores da Real Força Aérea Britânica que,
defendendo a pátria, tratavam a célebre batalha da Inglaterra,
sustando a fúria conventrizadora da então invencível Lufwaffe
alemã. Quem então comandava estes heróicos “tão poucos” era o
Lord Hugh Dowding, Marechal do Ar, que desempenhou assim o papel de
Nelson na luta contra Napoleão.
Lord
Dowding, no entanto, sofreu possivelmente muito mais do que se possa
imaginar diante daqueles quadros verdadeiramente dantescos, em que os
seus melhores homens, jovens ainda com uma vida cheia de promessas ou
pais e maridos afetuosos, deviam decolar, sem qualquer certeza de
volta. Foram justamente estes que não mais voltaram, aqueles que
imprimiram na personalidade do festejado herói, uma direção que
ninguém imaginaria: voltou-se para o Espiritismo e fez da sua
propagação o motivo da sua existência, ao invés de recolher os
louros em forma de incensação pessoal. Sua esposa, Lady Dowding
colocou-se ao seu lado como capacitada conferencista espírita,
conseguindo arrastar para o Albert Hall milhares de pessoas ávidas
de ouvi-la.
Lord
Dowding começou a receber mensagens de soldados mortos que as
enviavam, principalmente, através da médium Mrs. Hill, filha do
Cel. Gascaigne, veterano de Khartoum. Lord Dowding não engavetava
tais comunicações do Além. Lia-as em lugares públicos e a
imprensa noticiava, com respeito, em virtude da posição que aquele
homem ocupava no coração de todos os ingleses. Assim, marinheiros,
aviadores, soldados, começaram a contar ao público o que é que
sentiram logo após o desencarne, causando tremendo impacto, destes
que fazem o homem pensar. Um artilheiro, morto em batalha, diz: “O
ruído da batalha perturbou-me, mas pouco depois, fiquei fresco como
alface. Não mais senti qualquer incômodo. Era-me impossível
acreditar que eu era o artilheiro, pois via o corpo todo esburacado e
não acreditava. Tentei, em vão, arrastar o meu próprio corpo para
longe da peça...”.
Outro
combatente atingido em cheio, confessa: “Continuei lutando, não
sabendo que tinha morrido, mas as granadas escapavam das mãos... e
tudo tinha-me um sentido assim alucinatório.”
Certo
aviador, abatido nos céus da França, acrescenta: “Só dei por fé,
quando me vi de pé ao lado do avião destruído e dentro dos
escombros o corpo de alguém. Quando fui libertar aquele cadáver dos
escombros retorcidos verifiquei com horror que era eu próprio. eu
havia saído fora do meu corpo...”.
Este
intimorato herói de uma civilização, passou a assinar artigos de
caráter espírita para órgãos publicitários, além de prestigiar
todas as realizações neste sentido. O que levava a esta atitude era
a necessidade que tinha de enxugar as lágrimas de tanta gente que
perdera os seus entes queridos na guerra, em que fora um dos
comandantes. Importava que o homem conhecesse a realidade da outra
vida, acerca da qual ele não tinha absolutamente dúvida alguma e
talvez que, em se alargando a concepção do homem, a consciência de
eternidade e de destinos comuns a todas as raças, talvez que nunca
mais se ferissem batalhas como aquelas apocalípticas de que
participara e que marcara profundamente, o seu espírito.
Sir
Arthur Conan Doyle, o celebrado autor de Sherlock Holmes, além do
mais médico, antes de Dowding havia tomado a mesma decisão. Ele
tinha um paciente importante, o General Drayson, professor do Colégio
Naval de Greenwich, que o convidou para um trabalho mediúnico em sua
casa. Desde aquele momento, Conan Doyle voltou-se para o Além e se
pôs a espreita das suas vozes. Estudou com afinco, observou tudo e
leu o que ninguém conseguiria fazer em toda a existência. Depois de
20 anos de estudo e observação, praticamente deixou a literatura e
saiu pelo mundo a propagar o “novo espiritualismo”, ou seja, a
doutrina espírita que afirma a continuidade da existência, a
evolução do ser a possibilidade de intercomunicação entre os dois
planos. Legou à humanidade uma obra monumental chamada “História
do Espiritismo”, além de um trabalho, quase que confiteor, “A
Nova Revelação”. A sua dedicação ao Espiritismo lhe teria
causado um prejuízo ou queda nos seus rendimentos da ordem de
duzentas mil libras! A respeito de Conan Doyle, disse Oliver Lodge:
“Às vezes, penso que lhe faltou a sagacidade da serpente, mas a
excelsitude a bondade que os motivaram foram derramados sobre todos
que tiveram a ventura de ouvi-lo”. Eis, pois um intimorato e na
hora de clamar, mesmo que seja no deserto ,os João Baptistas deverão
fazê-lo, mesmo que as suas cabeças sejam oferecidas, numa salva de
prata, às temperamentais e caprichosas Salomés.
OUTROS
GRANDES CHAMADOS
Maurício
de Maeterlink, que se imortalizou na literatura mundial,
principalmente com “L’oiseau bleu”, conta que certa noite se
encontrava na Abadia de Saint Wandrille, onde costumava passar o
verão. Tirava, tranqüilo, baforadas do seu cachimbo, ao tempo que
uns hóspedes recém-chegados, a pouca distância dele, distraíram-se
ruidosamente com uma pequena mesa que se movia de um a outro lado,
dentro de um alfabeto, respondendo voluntariosa a perguntas, na
maioria fúteis, dos assistentes que
nada
tinham a fazer.
O
buliçoso grupo, solicitou a um espírito comunicante que se
identificasse, ao que ele respondeu:
-
Sou um monge do século XVII.
-
Onde você morreu?
-
Faleci aqui mesmo, nesta Abadia, e fui enterrado em 1693, na galeria
oriental do claustro.
A
um só tempo, todos os presentes tiveram a mesma idéia: muniram-se
de candeeiros e dirigiram-se para a tal galeria oriental da qual
ninguém ali conhecia coisa alguma. “Ao cabo da dita galeria -
conta Maeterlink - se nos deparou uma pedra funerária, em muito mau
estado, partida, na qual se podia decifrar a inscrição A. D. 1693”.
Prefaciando
a obra de Maeterlink, a “A Morte”, o grande e conhecido filósofo
Cândido de Figueiredo, pondera que aquele notável escritor era
criatura profundamente melancólica e insubmissa. Foi em virtude de
fatos assim, de caráter afirmativo da sobrevivência, que se lhe
rasgou uma “nesga do céu azul e a crença e a esperança que,
antes não tinha ele nenhuma, começaram a iluminar as suas excursões
de pensador”.
A
linguagem que comove um homem, faz rir a outro. Só é pueril o que
não entendemos. A cada alma, o Alto reserva um tipo diferente de
toque para tangê-la numa determinada direção, como o
instrumentista escolherá a baqueta para tocar a bateria, e, o arco
para fazer soar o delicado violino. Conheci um menino cujo avô
montava-no e que fora ufanoso “bersaglieri” e que, por isso, o
tirava da cama às quatro da manhã, com palavrões próprios de um
sargento instrutor. O menino, assim, prontamente levantava e cumpria
as suas obrigações. Se porém, a sua carinhosa mãe se encarregava
de acordá-lo, com palavras ternas e carinhosas, ele dormia mais
ainda.
A
Ruy Barbosa, cognominado Águia de Haia, pelo fulgor da inteligência,
sucedeu fato parecido com o de Maeterlink. Estavam descansando numa
cidade balneária, Ruy, Atibaia Nogueira, Baptista Pereira e outras
pessoas. Ruy se recolheu às tantas, aos seus aposentos, enquanto que
o grupo se pôs a fazer o inocente jogo do copo. Neste tipo de ensaio
mediúnico, o copo é colocado no meio de um alfabeto e o objeto se
move, em ritmo desconcertante, apontando letras que um dos
assistentes anota num papel. Era também no caso, uma maneira de
passar o tempo. Quem liderava a brincadeira era nada menos que o
insigne historiador Baptista Pereira, genro de Ruy. Em dado momento,
porém, o copo começou a se mover de modo especial, pousando em
letras que reunidas não expressavam nada em português! Verificaram
estupefatos que aquela comunicação estava vazada no melhor inglês
e ela se dirigia particularmente a Ruy Barbosa. Passemos a palavra a
uma testemunha ocular, Ataliba Nogueira: “Levantam-se e se dirigem
ao quarto de Ruy. Batem à porta; o Conselheiro de pijama recebe a
mensagem e fica emocionado, exclamando: É o estilo dele, o estilo
perfeito! E o assunto? O mesmo sobre o qual conversamos em nossa
despedida de Haia. Trata-se de William Stead - explica Ruy - o meu
amigo e grande jornalista inglês, cuja morte os periódicos noticiam
hoje, no afundamento do navio “Titanic”.
Mercê
de pequenas rupturas no denso véu que oculta o outro lado da vida,
Maeterlink se iluminava, conseguindo contemplar um pouquinho do Mundo
Maior e descobrir razões para a própria vida, pois a sua mente,
anteriormente, se debatia nos enigmas, nos desconcertos aparentes dos
destinos e, nos entrechoques violentos entre as próprias criaturas.
Quando um homem recebe um jato de luz, mesmo que enviado através de
um copo, ele não anda mais às apalpadelas e, ao menos, sabe que
algo se encontra a sua frente para ser decifrado com maior agudeza
intelectual. Daí Maurício de Maeterlink obtemperar: “O que antes
de mais nada importa é prepararmos nossa alma para o recebimento da
nossa idéia, como os sacerdotes das antigas religiões limpavam o
topo dum monte para lá receberem o fogo do céu.”
E
Ruy? Como lhe teria vibrado aquela mensagem em inglês, de um amigo
morto? Pouco sabemos. Apenas consta que ele possuía todas principais
obras de Metapsíquica e Espiritismo, com anotações, a lápis, do
seu próprio punho! Se conseguira elevar os seus pensamentos em novas
mundividências, não os esparziu, levou-os consigo para o
Além-Túmulo.
***
Alfred
Russel Wallace foi renomado naturalista, e se destacou na história
da ciência, coenunciando com Darwin as leis de seleção natural. Os
fatos insólitos, inexplicáveis cientificamente, levaram-nos a
enveredar pelos ínvios caminhos da investigação psíquica, sem
nenhum temor de que isto pudesse abalar a sua posição de um dos
nomes mais respeitados da Sociedade Real de Londres. Perseguindo os
fenômenos, comparando-os e colocando a sua intuição a serviço da
tarefa encetada, ele escreveu uma obra chamada “On Miracles and
Modern Spiritualism”. Ele procurou conhecer todas as formas de
manifestações paranormais e realizou sessões com todos os médiuns
que ficaram ao seu alcance. Teve a fortuna de acompanhar o
desenvolvimento mediúnico da célebre Miss Nichols, mais tarde Mrs.
Guppy, com a qual fez trabalhos que levaram à plena convicção da
existência de um mundo espiritual. Numa sessão com esta senhora,
pode ouvir delicada e enternecente música soando no espaço, sem que
por alí existisse qualquer instrumento; uma senhora de nacionalidade
alemã se apresentou materializada, cantou várias canções em
língua estrangeira, enquanto se fazia um fundo musical como se
nascesse de uma caixa de música encantada. Alfred Russel Wallace viu
e ouviu muita coisa para que desse de ombros e enterrasse a cabeça
como o avestruz. Certa feita, flores foram transportadas
espiritualmente e depositadas na mesa da sua própria casa; ali
estavam em profusão, anêmonas, tulipas, crisântemos, e samambaias
de todas as qualidades. A sua falecida mãe anunciou que se
fotografaria e o fez, sob o seu controle, e este cientista ficou
verdadeiramente abismado, mesmo porque, tal chapa não se
identificava com as fotografias que possuía da sua mãe. Wallace faz
uma confissão que valia a pena o mundo lesse e pensasse no seu
profundo significado:
“Eu
era - diz Wallace - um materialista tão convencido, que não admitia
absolutamente a existência espiritual, nem qualquer outro agente do
Universo além da força e da matéria. Os fatos, entretanto, são
coisas pertinazes. A minha curiosidade foi primeiro excitada por
alguns fenômenos ligeiros, mas inexplicáveis, que se produziram em
família antiga; o desejo de saber, o amor da verdade forçaram-me a
prosseguir nas pesquisas. Os fatos tornaram-se cada vez mais certos,
cada vez mais variados, cada vez mais afastados de tudo quanto a
ciência moderna ensina e de todas as especulações da filosofia dos
nossos tempos e, afinal, venceram-me. Eles me esforçaram a
aceitá-los como fatos, muito antes de eu admitir a sua explicação
espiritual - não havia nesse tempo em meu cérebro lugar para esta
concepção - Pouco a pouco, um lugar se fez, não por opiniões
preconcebidas ou teóricas, mas pela ação contínua de fatos, dos
quais ninguém se podia desembarcar de outra maneira. O Espiritismo
está tão bem demonstrado quanto a lei da gravitação”. Este,
pois, foi um nome conspícuo da ciência que passou por aqui, Viu,
estudou sem sectarismo, não temeu tisnar-se e, com todo o fabuloso
peso da sua autoridade científica, manifestou a sua plena convicção
da existência de um mundo espiritual.
No
entanto, são em maior número as criaturas convocadas, mas que não
se aproximam do problema da sobrevivência da alma; passam ao largo,
receosos de se macularem. Outros, têm a oportunidade de registrar
uma experiência, sabem-na verdadeira, mas guardam a convicção para
si próprios. Como lastimava o célebre Barão Karl Du Prel: “É
uma vergonha científica que exista ainda desconhecimento tão profundo
da questão mais importante para a humanidade: a imortalidade”.
FONTE:
Tamassia, Mario B; “OS MORTOS ACORDAM OS VIVOS”, ed.
Circulo de Claus.
FREQUENTE
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NO LIVRO DOS ESPIRITOS.
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