CAPÍTULO XI: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: O EGOÍSMO, ITEM 11
Emmanuel,
o Guia Espiritual de Francisco Cândido Xavier, ao qual aprendemos a admirar, a respeitar
e a amar, com quem muito aprendemos, e continuamos a aprender no estudo dos
seus livros, assina esta mensagem.
Inicia-a
afirmando que “O egoísmo, esta chaga da humanidade,
deve desaparecer da Terra, porque impede o seu progresso moral.”
Kardec também
cita esse mal, juntamente, com o orgulho, como as duas maiores chagas, da
humanidade, impedindo seu progresso moral.
O
egoísmo, considerado por Emmanuel, como o “filho do orgulho” e o “monstro devorador de todas as
inteligências”, porque as domina, direcionando- as para o mal,
a dor e o sofrimento, “é a fonte de todas as misérias
terrenas”, porque leva o homem a pensar somente em si,
impedindo-o de fazer crescer o amor, inerente em si, no ser espiritual, em
potencialidade a ser desenvolvida por sua vontade.
O egoísmo
oprime, abafa esse desenvolvimento, e o homem continua cada vez mais centrado
nos seus desejos, na sua prepotência, sem perceber as necessidades dos demais,
inclusive dos que lhes partilham as experiências. Não consegue amar, nem ser
amado.
Tendo o
espiritismo, a tarefa de colaborar para o desenvolvimento moral da humanidade,
o que elevará a Terra na hierarquia dos mundos, o egoísmo é o alvo, para o
qual, os espíritas, principalmente, “devem dirigir suas armas, suas forças
e sua coragem”, combatendo-o em si próprio.
As armas
são a vontade, vinda da compreensão e da aceitação da necessidade de eliminá-lo
de si, para que o amor possa se desenvolver.
As forças
são o direcionamento das suas energias, das suas vibrações, da sua
inteligência, da sua sensibilidade, no uso da vontade para os dois objetivos:
desenvolver o amor e combater o egoísmo.
A coragem
é a tenacidade, a bravura, a intrepidez, a firmeza de espírito, a determinação,
necessárias para vencer-se a si mesmo.
Isso não
se faz com facilidade, nem em pouco tempo, mas, uma vez iniciada a luta, no
processo da mesma, surgem os estímulos adequados, nas pequeninas vitórias e na
percepção do amparo espiritual.
Emmanuel
afirma que a causa do cristianismo não ter ainda conseguido cumprir sua missão
na Terra, está no egoísmo, na sua invasão nos corações humanos, no seu
antagonismo à caridade, impedindo a ação dessa na mente e nos corações dos
homens.
Cita como
o exemplo de caridade, Jesus, e como exemplo do egoísmo, Pilatos, que não
reconhecendo no acusado, nenhuma das acusações, tendo, pois a chance de
libertá-lo, não o fez, lavou suas mãos, entregando à multidão, influenciada
pelas autoridades religiosas de Israel, a decisão da condenação à morte na
cruz.
E
esclarece que cabe, agora, aos espíritas, a tarefa de combater o egoísmo, para
fortalecer o Cristianismo, limpando todos os obstáculos que entravam a marcha
libertadora dos homens.
Essa
responsabilidade atual dos espíritas está nas palavras de Jesus: “Porque a todo aquele, a quem muito foi dado, muito será
pedido, e ao que muito confiaram, mais contas lhe tomarão”. (Lucas, XII : 47e
48).
Assim,
aos espíritas, no aceitarem a 3ª revelação, o espiritismo revelado pelos
Espíritos, e codificado por Allan Kardec, pelos muitos esclarecimentos
recebidos, tendo, por conseqüência, maiores e melhores condições de viverem os
ensinos de Jesus, muito será pedido, mas, também, muito será dado aos que
souberem aproveitar esses ensinamentos na sua melhoria e na do seus próximos.
A fé
raciocinada, a “que pode enfrentar a razão face a
face, em todas as épocas da humanidade”, como escreveu Kardec,
neste livro que estudamos, capítulo XIX, item 7, é a fé
Libertadora,
que pode levar os espíritas a colaborarem na evolução moral da humanidade da
Terra, se – há quase sempre um “se”, já disse um poeta, cujo nome me esqueci –
esses espíritas cuidarem de combater os obstáculos desse progresso, a começar
do egoísmo, primeiro em si mesmo.
Bibliografia:
“KARDEC, Allan -” O Evangelho Segundo o
Espiritismo”
Leda de Almeida Rezende Ebner
Outubro / 2009
Centro
Espírita Batuira
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