Francisco Rebouças
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” –
Paulo (Filipenses, 2:5).
Na vida somos levados a fazer a todo instante alguma coisa, mas raros são aqueles dentre nós que não precisam ter nova oportunidade de reencarnar sem a obrigação de voltar à vida física para desfazer ou mesmo refazer o que não realizou corretamente. Isso sem falar nas inúmeras outras oportunidades em que desperdiçamos as horas do dia de forma ociosa, indiferente e irresponsável.
Sem o senso moral adequadamente desenvolvido, nos mantivemos escravos da preguiça, movimentando-nos na inutilidade, o que nos candidata ao retorno à vida material com sérios comprometimentos, e com a difícil tarefa de atender, na presente existência, não só aos deveres de hoje, mas também à responsabilidade de desfazer as teias da inércia que tecemos outrora.
É preciso que entendamos, desde já, que somente estarão dispensados da necessidade de reparação ou corrigenda aqueles que se inspirarem nas lições e nos exemplos deixados por Jesus, no constante exercício de burilamento individual que precisamos imediatamente empreender, contribuindo com nossa efetiva e importante
parcela de trabalho que nos compete realizar na implantação e desenvolvimento do bem e da paz entre os homens.
Quem realiza algo tendo por base as instruções contidas no Evangelho do Cristo, estará fazendo da melhor forma em proveito de todos, pois agirá sem a expectativa
de remuneração, sem impor exigências, sem preocupação de evidência e sem exibir superioridade, agindo como o Mestre de Nazaré, que em todas as suas ações nos exemplificou o verdadeiro sentimento de fraternidade e de caridade que tinha pelo indivíduo e pela coletividade.
Mostrou-nos o seu devotamento e respeito às instruções daquele que o enviou, fazendo o bem sem outra paga além da alegria de estar executando a Vontade do Pai: valorizando a iniciativa caridosa da viúva; transformando Maria de Magdala; dando toda atenção às criancinhas, exaltando a pureza de que são portadoras; multiplicando o pão para milhares de pessoas; reerguendo Lázaro do sepulcro; e caminhando para o cárcere com a atenção centralizada nos Desígnios Celestes, sem deixar, em nenhum momento, de se mostrar sereno, pacificado e confiante.
Assim sendo, precisamos aprender com Jesus a agir com mãos operosas, de forma decisiva para a felicidade comum, na oportunidade que ora estamos tendo, para que a ilusão dos tempos passados não mais nos influencie com o desânimo no trabalho que precisamos operar, para que mais tarde não sejamos visitados pelo fel do desencanto e da amargura. Que sigamos resolutos, buscando, acima de qualquer outro objetivo, ser úteis, de modo que possamos sentir a alegria de seguir e viver sob as bênçãos e a companhia de Jesus Cristo em nossos corações.
SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Boletim Semanal editado pelo
Lar Fabiano de Cristo
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boletimsei@lfc.org.br
Sábado, 4/4/2009 – no 2140
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