EMMANUEL / F. C. XAVIER
TEMA: “NO ROTEIRO DA FÉ” (estudo n. 15)
"Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me.”
Jesus (Lucas, 9:23 )
Não podemos esquecer que há muita diferença entre seguir Jesus e seguir aos cristãos.
Se alguém que seguir Jesus, se elegeu Seus ensinamentos como roteiro para vida, deverá renunciar a muitas coisas, começando a trabalhar as próprias imperfeições, como o egoísmo, o orgulho, que são base dos outros males.
Esforçar-se, perseverar no trabalho da renovação intelectual e moral, e fazer todo o bem possível.
O caminho para a evolução é árduo, áspero, nele carregamos as dificuldades, as provas as expiações, geradas pelas ações livremente praticadas.
O convite de Jesus não deixa dúvidas.
"Segue-me" _ diz o Mestre.
Por faltar esclarecimentos, julgávamos, antigamente, que as cruzes que devemos carregar para ir ao encontro de Jesus, se constituíam, unicamente, em exercícios de piedade religiosa, que embora louváveis são incompletos.
Passar horas em oração, como se fosse essa a maneira verdadeira de demonstração de fé e confiança no Senhor.
Não sabemos quantas oportunidades nas reencarnações nos detivemos nessa devoção pouco equilibrada. Quantas obras sem construção edificante, para percebermos em seguida que não soubemos aproveitar o tempo de forma útil.
Algumas pessoas se dizem desiludidas em matéria de fé, porque ao buscar Jesus, idolatram, veneram homens, que são os intermediários, se esquecendo que os intermediários humanos do Evangelho, em qualquer crença, não podem jamais substituir o Cristo junto a humanidade, porque, embora, muitos sejam sinceros, caridosos, não possuem todas as virtudes, são, ainda, imperfeitos, passando em geral, seu entender pessoal da proposta desvinculado do sentido da aplicação pessoal. Somente Jesus é o guia real, porque é o único Espírito perfeito que a Terra conhece, o único que viveu integralmente o que ensinou.
Pessoas buscam as casas religiosas, a Casa espírita, esperando encontrar conforto, consolo.
Os ensinamentos que a Doutrina Espírita traz, constituem-se na divina expressão do Consolador Prometido, são consolações para os momentos mais difíceis, justamente porque antes leva a razão a perceber a importância deles frente à imortalidade.
É indispensável, porém, observar, que não é justo alguém querer, ter ou receber conforto, sem esforços para conseguí-lo.
Na casa espírita, na explicação dos ensinamentos de Jesus, percebemos que todo auxílio chegará na proporção em que cada qual buscar entender, equilibrar, dinamizar os potenciais de amor, vencendo o momento difícil, fortalecendo e libertando-se.
Explicando o significado real das palavras do Cristo, ressalta que não bastam fugas, omissões do campo de luta para alcançarmos a superação do problema ou meta, que é a perfeição.
"Afirma Jesus, que se nos dispomos a encontrá-Lo, é preciso renunciar a nós mesmos e tomar nossas cruzes. Essa renúncia, porém, não será improdutiva semelhante à fonte seca. Ë necessário que ela apresente rendimento de valores espirituais em nosso favor e a benefício daqueles que nos cercam, ensinando-nos o desapego ao bem próprio, pelo bem dos outros".
A face disso, nossas cruzes incluem todas as realidades que o mundo oferece, dentro das quais somos convocados a que pessoalmente nos esqueçamos visando a construção da felicidade geral.
Para aquele que segue o itinerário da fé com Jesus, a vida é um caminho pavimentado de esperança e trabalho, alegria e consolo, mas plenamente aberto às surpresas e ensinamentos da verdade, sem qualquer ilusão.
"Não desconhecia Jesus que todos nós, os Espíritos encarnados ou desencarnados que suspiramos pela comunhão com Ele, somos portadores de cicatrizes e aflições, dívidas e defeitos muitas vezes escabrosos".
Daí o recomendar-nos: _ "Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me".
Se queremos progredir como espíritos imortais, assumamos nossas responsabilidades perante a vida, com renúncia e coragem, tendo sempre Jesus como modelo e guia real.
Bibliografia:
Livro da Esperança - Emmanuel / F.C.Xavier - lição n.80
Caminho, Verdade e Vida - Emmanuel / F.C.Xavier - lição n. 11.
Maria Aparecida Ferreira Lovo
Setembro / 2002
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