Zancopé Simões
O nosso colaborador, Jesus
Cervilha Campos, lendo sobre o momento em que o Espírito reencarna, deparou com
um texto de Salvador Gentile, que menciona o fato de que, durante a
reencarnação, o perispírito se descarta de sua matéria grosseira para iniciar a
nova vida.
O ouvinte quer algum comentário a
respeito dessa alteração que ocorre no perispírito no momento do reencarne.
Sabemos que, ao reencarnar, o
Espírito assume outro corpo físico, ou seja, o corpo da nova encarnação não
será o mesmo corpo da encarnação anterior, embora cada corpo sempre reflita as
condições do Espírito. O indivíduo que, por exemplo, foi loiro e alto numa vida
pode vir a ser baixo e moreno na vida seguinte. Portanto, aquela matriz
perispiritual responsável pelas suas características físicas não será
aproveitada na encarnação seguinte, mesmo porque seu novo corpo vai depender da
carga genética dos futuros pais. Isso quer dizer que, no processo da
reencarnação, a forma, que serviu a uma existência, não servirá à outra. Logo,
alguma coisa deve mudar no perispírito de uma para outra vida, embora sua
individualidade espiritual seja preservada.
O que muda é o que o autor chama
de “matéria grosseira” – que é despojada, jogada fora – as características físicas
fazem parte dessa “matéria grosseira”. O que fica é a matéria sutil ou corpo
mental do perispírito, que carrega a individualidade do Espírito de uma para
outra encarnação. O autor compara essa matéria grosseira com uma “casca”, para
que possamos entender melhor: tira-se a casca, mas o conteúdo espiritual fica;
retira-se a forma, mas conserva-se a substância. Na etapa seguinte do processo
reencarnatório, temos o que autor chama de restringimento. O restringimento é a
redução, a miniaturização do perispírito – já despojado da forma que serviu à
vida anterior.
Esse processo de redução de
tamanho ocorre para que o Espírito possa se acoplar à célula-ovo, produzida
pela mãe, que é microscópica.
A essa altura, ele já se
desvestiu de sua veste perispiritual. Assim, a forma reduzida do “corpo mental”
se integra ao corpo da mãe, num processo semelhante à magnetização.
No exemplo dado por André Luiz,
na obra “Missionários da Luz”, essa integração mental ocorreu quando Segismundo
foi recebido e abraçado pela mãe. O abraço, no caso, foi o consentimento, a
aceitação do filho, o ponto crítico dessa espécie de fusão espiritual mãe-filho.
O passo seguinte é a corrida dos
mais de 200 milhões de espermatozóides do pai em direção a um único óvulo que
será fecundado.
O corpo da mãe – particularmente
no centro genésico – já está suficientemente envolvido pelo Espírito
reencarnante, ou seja, impregnado por suas emanações magnéticas ou, na linguagem
mais comum, por suas vibrações.
O corpo mental traz consigo toda
a estrutura mental do reencarnante (pensamentos, idéias, ideais, tendências,
etc), que caracteriza a sua individualidade, e que influenciará o processo de
fertilização que está em andamento, para seleção do espermatozóide que vai
fecundar o óvulo. Neste caso, esse processo pode ter ou não a participação da
Espiritualidade, dependendo de cada caso, conforme explica André Luiz.
“INFORMAÇÃO”:
REVISTA ESPÍRITA MENSAL
ANO XXXIV N° 400
JANEIRO 2010
Publicada pelo Grupo Espírita “Casa do Caminho” -
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