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terça-feira, 23 de abril de 2013

“VIGIAI E ORAI“ POR NOSSOS PENSAMENTOS


Já parou para refletir sobre o conteúdo dos seus pensamentos?
Você tem pensamentos otimistas ou pessimistas?
Como você pensa sobre a sua vida?
Tem controle sobre o que pensa? Consegue mudar de pensamento quando quiser?
Da maneira como pensamos, serão feitas as nossas escolhas: as nossas amizades, o tipo de leitura, música, filmes, com o que ocupamos o nosso tempo, a forma como conduzimos a nossa vida.
Ainda não nos conscientizamos da importância da nossa atividade mental.
Somos responsáveis pela qualidade de nossos pensamentos.
O que emitimos, iremos receber na mesma intensidade e freqüência.
Da maneira como pensamos, iremos atrair também as nossas companhias espirituais.
Como pensas – viverás!
I – A ação do pensamento e o poder da vontade
Por vícios de existências anteriores, utilizamos mal o nosso pensamento.
Foram várias encarnações de muita dor e sofrimento, geralmente pelas conseqüências de nossas próprias escolhas.
São pensamentos viciados, mente perturbada por sermos escravos de determinadas paixões.
Sempre desprezamos as oportunidades de mudança de nossos hábitos mentais.
Somos responsáveis pelo conteúdo de nossos pensamentos. E a verdade é que refletimos muito pouco a esse respeito, pois não damos o devido valor de selecionar as ondas mentais que emitimos e recebemos.
Quantas vezes somos responsáveis pelas dificuldades que passamos. São pensamentos de medo, sentimento de incapacidade, e até acreditando que estamos sofrendo uma obsessão... E por conseqüência atraímos determinados acontecimentos não desejáveis em nossas vidas.
Todo carma se inicia a partir de um pensamento mal direcionado. Pois este é carregado de energia, emoções e sentimentos.
Como reverter esta situação?
• Inicialmente precisamos ter a consciência destes pensamentos negativos;
• Procuremos mudar a direção deste estado mental, higienizando nossa mente focando uma imagem otimista, buscando coragem e esperança;
• Manter a vigilância para que estes quadros mentais não retornem;
• Precisamos sempre estar em contato com nossos Mentores Espirituais através da oração, pedindo ajuda para reverter esta situação, e que possamos estar em faixas vibratórias mais elevadas;
• E acima de tudo, utilizemos o nosso poder da vontade. Temos essa força interior e muitas vezes a negligenciamos. A vontade pode impor disciplina interna, mantendo nossos sentimentos e pensamentos na direção do bem. É com essa força que iremos conseguir determinar o rumo de nossas vidas.
“Com o pensamento e a vontade podemos pôr em movimento todas as forças escondidas em nós mesmos. Nossas irradiações fluídicas se impregnam das qualidades ou dos defeitos dos pensamentos e criam, em torno de nós, um ambiente de conformidade com o estado da alma” (Léon Denis  – “Espíritos e Médiuns”)
II – Auto-Obsessão
“O homem não raramente é o obsessor de si mesmo”
(Allan Kardec – Obras Póstumas) A auto-obsessão é quando o indivíduo fica preso em seus próprios pensamentos, em idéias que se repetem (idéias fixas), em emoções negativas que se tornam uma constante, vivendo assim em estados mentais perturbadores que vão se tornando prejudiciais.
A auto-obsessão pode também ser expressa através de complexos de culpa, em mania de doenças, no excessivo cuidado ao próprio corpo exaltando o seu lado narcisista.
Com estes tipos de comportamento podem também abrir brechas às influências obsessivas de Espíritos com propósitos negativos.
Estas pessoas são doentes da alma, são obsessores de si mesmos, muitas vezes trazendo lembranças de um passado que ainda não conseguem se libertar.
Para ilustrar o que foi relatado acima, vamos narrar uma passagem do livro “Tormentos da Obsessão” de Manuel Philomeno de Miranda, ditada ao médium Divaldo Franco. O fato ocorrido se passou no Sanatório Esperança, fundada e dirigida por Eurípides Barsanulfo. Em companhia do Dr. Ignácio Ferreira, Manuel Philomeno narra que se aproximaram de um leito onde se encontrava Honório. Este se apresentava bastante desfigurado, gritando e se debatendo querendo se libertar de algo que o estivesse incomodando e o atormentando, como se fossem agressores invisíveis. Manoel Philomeno em sua análise observou que Honório estava lutando contra formas hediondas que o atacavam. Prontamente, recebeu o auxílio e os esclarecimentos do Dr. Ignácio informando que se tratava de formas-pensamento por ele mesmo criados durante a sua última existência terrena e que continuavam no seu campo mental após o seu desencarne. Essas formas-pensamento adquiriram vida própria por serem alimentadas constantemente pelo medo e pela sua consciência culpada.
Honório mergulhava num processo de auto-obsessão por ter cultivado uma vida sexual desregrada, habituando a criar cenas mentais degradantes, originando assim essas formas-pensamento. Dr. Ignácio dá assim os esclarecimentos finais:
“Os processos de auto-obsessão prolongada deixam seqüelas que somente o tempo e o esforço do paciente poderão drenar, superando-as. (...) O paciente terá pela frente todo um significativo trabalho de reconstrução mental, de reestruturação do pensamento e de mudança de conduta moral.”
É assim que muitos processos de obsessão começam: os obsessores utilizam as formas-pensamento criadas e mantidas pela própria pessoa, manipulando esta energia para assustá-las e atormentá-las.
Portanto, “Vigiai e orai” por nossos pensamentos.
III – Dize-me o que pensas e te direi com quem andas
De acordo com o que pensamos, serão as nossas companhias espirituais.
Pelo pensamento desceremos ao “inferno” ou subiremos ao “céu”. Com ele podemos nos tornar escravos ou poderemos nos libertar.
A obsessão está sintonizada com as faixas mais inferiores de vibração.
A desobsessão, ao contrário, é a mudança na forma de pensar, criando um padrão sintonizado com as esferas mais elevadas, buscando rumos mais nobres e construtivos em nossas vidas.
Ao pensar emitimos vibrações que enviam os nossos desejos e impulsos, podendo manter sintonia com aqueles que pensam como nós, sendo eles encarnados ou desencarnados.
Portanto, precisamos ter a consciência e o cuidado com o ato de pensar. Pois, é através do pensamento é que influenciamos o mundo ao nosso redor.
Geralmente somos atraídos pelo lado sombrio da vida, pelas fatalidades, pelas conversações deprimentes e pessimistas, o que acaba nos envolvendo numa atmosfera de tristeza e desânimo. E estando neste clima, é que atraímos as dificuldades, as doenças começam a ser somatizadas. Portanto é fácil perceber que os pensamentos negativos predominam em nossas mentes.
Joanna de Ângelis, mentora espiritual do médium Divaldo Franco, nos traz com grande sabedoria, as implicações sobre a nossa forma errônea de pensar:
“A vida mental responde pelas atitudes comportamentais, expressando-se em forma de saúde ou doença conforme o teor vibratório de que se revista.
O bombardeio de petardo contínuo, portadores de alta carga destrutiva, agindo sobre os tecidos sutis da alma, desarticula as engrenagens do perispírito que reflete, no corpo e na emoção, as enfermidades de etiologia difícil de ser detectada pelos métodos comuns. (...) Vários tipos de cânceres, alergias e infecções na esfera física, e neuroses psíquicas, tem sua gênese no comportamento mental e nos seus efeitos morais.”
Para anular os pensamentos de teor negativo, devemos utilizar os pensamentos positivos: idéias enobrecedoras, de harmonia, de paz, de mansidão. Mentalizar um ideal superior, e perseverar em conquistá-lo, preenche a nossa mente, evitando as eventuais dispersões e fugas de pensamentos. O nosso objetivo é a disciplina do bem.
IV – Que tipo de energia sua mente plasma?
Um assunto que vamos começar a abordar refere-se às formas-pensamento ou clichês mentais.
Quando pensamos continuamente sobre determinado pessoa ou situação, a nossa mente plasma uma imagem correspondente como se fosse uma fotografia, que é denominada forma-pensamento.
Ou seja, “formas-pensamento são criações mentais que utilizam a matéria fluídica ou matéria astral para compor características de acordo com a natureza do pensamento. Deste modo, encarnados ou desencarnados podem criar formas-pensamento, com características boas ou ruins, positivas ou negativas.” (extraído da Wikipédia)
São “seres” criados quando pensamos.
Muitas vezes suas imagens são confundidas com “espíritos”. Essas imagens são finitas, pois existem enquanto são “alimentadas” fluidicamente. Não possuem inteligência, pois são seres artificiais, sem raciocínio.
Mas agem de acordo com a energia e o sentimento de quem o criou e pensou.
Em seu livro “Compêndio da Teosofia” C. W. Leadbeater descreve da seguinte forma a criação das formas-pensamento:
“Quando um homem dirige o pensamento para um objeto concreto, uma caneta, uma casa, um livro ou uma paisagem, forma-se na parte superior de seu campo mental uma pequena imagem do objeto, que flutua em frente ao seu rosto, ao nível dos olhos. Enquanto a pessoa mantiver fixo o pensamento o objeto, a imagem vai permanecer, e persiste mesmo algum tempo depois. O tempo de duração desta imagem dependerá da intensidade e também da clareza do pensamento”.
V – Formas-pensamento e os seus efeitos
O Ser humano não tem a menor idéia do potencial de seus pensamentos. Como não os visualizamos, não damos a eles o seu devido valor. Pode atuar de uma maneira para prejudicar ou ajudar as pessoas, conforme os sentimentos a ele associados.
O conteúdo moral do pensamento irá determinar as formas exteriorizadas. Se estamos vibrando amor e felicidade, com certeza estaremos levando Luz para a situação mentalizada. Caso contrário, se vibramos ódio, rancor e agressividade, as formas-pensamento a serem criadas terão aparências monstruosas.
Portanto, formas-pensamento são criações mentais modelados de matéria fluídica.
É o resultado da ação da mente sobre as energias mais sutis que estão ao nosso redor, criando formas correspondentes ao que estamos pensando, acompanhada de uma série de cores e aspectos.
A forma-pensamento é de certa maneira uma entidade animada, com intensa atividade, a gravitar em torno do pensamento gerador.
Enquanto este pensamento for persistente, e houver energia emocional para alimenta-lo, ele continuará existindo.
Se este pensamento é egoísta, de inspiração pessoal (como acontece com a maioria dos pensamentos), a forma vagará constantemente ao redor do seu criador, sempre pronta para atuar sobre ele próprio, tantas vezes quantas o encontre em estado passivo.
Para um pensamento de amor, com desejo de proteção, dirigida a um ser querido, irá criar uma forma-pensamento que será direcionada à pessoa desejada, ficando em sua aura como se fosse um guardião, onde poderá ser útil em diversas oportunidades, enquanto esta energia estiver viva.
Agora, um ponto muito importante e que precisamos prestar muita atenção. Para toda forma-pensamento criada, seja ela positiva ou negativa, e que foi emitida com determinada finalidade, somente terá o seu objetivo alcançado se encontrar a mesma sintonia e vibração na aura receptora. Ou seja, o pensamento negativo ou invejoso pode retroceder para quem o gerou, com uma força proporcional à energia empregada para emiti-lo. Por isso, quem tem o coração puro e o espírito elevado, encontra os melhores protetores contra a emissão de sentimentos de ódio e rancor.
Annie Besant e C. W. Leadbeater em seu livro “Formas de Pensamento” nos orientam quanto à qualidade das nossas emissões mentais:
“Assim, pois, as maldições e as bênçãos são comparáveis a pássaros que instintivamente voltam ao seu ninho. Compreender-se-ão, assim, os perigos que há em dirigir pensamentos de ódio a um homem muito evoluído. As formas-pensamento enviadas contra ele são impotentes para alcançá-lo, mas, pelo contrário, retrocedem aos seus criadores e os ferem mental, moral e fisicamente.”
É sempre bom pedir em nossas orações, ajuda àqueles que, mesmo sem querer, exercem prejuízo a outrem pelo seu mau uso do pensamento. Oremos também para que os Mentores amigos nos ajudem a limpar em nossa casa as formas-pensamento negativas que nós mesmos tenhamos criado.
VI – Envelhecemos mais na preocupação do que no trabalho
A teósafa Annie Besant, em seu livro “Poder do Pensamento” nos alerta que envelhecemos mais na preocupação do que no trabalho.
O trabalho nos fortalece o pensamento, desde que não seja muito excessivo.
A preocupação, que é um processo de repetir sempre um mesmo pensamento e sem chegar a nenhum resultado, nos é prejudicial e após certo tempo pode nos levar a um esgotamento nervoso e a uma irritabilidade.
Um excelente exercício para se afastar por algum tempo desta preocupação, é criar uma segunda linha de pensamento, o mais diferente possível, forte e persistente, para que seja suficiente para proporciona um descanso à nossa mente. Quando nos afastamos temporariamente dessa preocupação, obtendo outro foco mental, muitas vezes a solução nos aparece.
O controle mental vem através do nosso esforço, da vontade e da disciplina que cada um queira colocar em sua vida.
Neste momento também é importante o hábito da prece e a boa sintonia com nossos Mentores para obter a paz, a alegria e as bênçãos necessárias para o nosso sucesso.
VII – A importância da Meditação
Para algumas pessoas, a meditação é uma fuga da realidade.
Dizem isto por pura falta de informação.
Ela ajuda a concentração nas nossas atividades do dia-a-dia, tornando-nos mais eficientes e organizados. A meditação proporciona o desenvolvimento da atenção, que é o “vigiai” dos evangelhos cristãos, o “despertai” encontrado nas literaturas islâmicas.
O Dhamnapada budista tem uma maneira notável de apresentar este tema:
“A vigilância é o caminho da imortalidade; a sua ausência é o caminho da morte.
Aqueles que são vigilantes nunca morrem; aqueles que não o são já estão como mortos.”
Mas afinal, o que é meditação? Em certas tradições zen-budistas, elas falam que é “sentar-se tranquilamente, sem fazer nada”. Ou seja, sente-se num lugar confortável, tranqüilo, onde não possa ser incomodado. Desligue o celular. Feche os olhos, procure eliminar aos poucos as suas preocupações.
Observe as suas tensões, as suas emoções, os seus pensamentos...
Tome consciência da sua respiração: inspire levemente pelo nariz, e solte suavemente pela boca. Faça isto diversas vezes até sentir que está fazendo isto naturalmente, sem esforço, e começa a sentir-se relaxado.
Você irá sentir a sua respiração mais lenta, mais suave, mais calma.
Alguns lapsos de atenção podem acontecer, os pensamentos podem começar a “tagarelar”. Se isto acontecer, procure concentrar-se novamente na sua respiração.
Quanto tempo devemos ficar meditando?
No começo tenha a estimativa de mais ou menos 5 minutos. Com algum tempo de prática, perceberá que este tempo não será suficiente. Mas, não fique preocupado excessivamente com isto!
Uma dica para quem tem dificuldade em dormir, e sofre com a insônia: ao deitar-se, concentre-se na respiração. Ao concentrar a atenção na respiração, em vez de nos pensamentos, você consegue “esvaziar” a mente e dormir calmamente.
VIII – Fontes bibliográficas utilizadas como pesquisa
(1) “Mediunidade: Caminho para ser feliz” - Suely Caldas
Schubert
(2) “Obsessão / Desobsessão” - Suely Caldas Schubert
(3) “Os poderes da mente” - Suely Caldas Schubert
(4) “Missionários da Luz” - André Luiz através de Chico Xavier
(5) “Evolução em Dois Mundos - André Luiz através de C. Xavier
(6) Revista Cristã de Espiritismo (agosto de 2008)
(7) “Além da Matéria” - Joseph Gleber através de Robson Pinheiro
(8) “Pensamento e Vontade” - Ernesto Bozzano
(9) “O Poder do Pensamento” - Annie Besant
(10) “Formas de Pensamento” - Annie Besant e C.W.Leadbeater
(11) “A Gênese” - Allan Kardec
(12) “Tormentos da Obsessão” - Manuel Philomeno Miranda através de Divaldo Franco
(13) “Elementos da Meditação” - David Fontana
(14) “Espíritos e Médiuns” - Léon Denis
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“INFORMAÇÃO”:
REVISTA ESPÍRITA MENSAL
ANO XXXIV N° 400
JANEIRO 2010
Publicada pelo Grupo Espírita “Casa do Caminho” -
Redação:
Rua Souza Caldas, 343 - Fone: (11) 2764-5700
Correspondência:
Cx Postal: 45.307 - Ag. Vl. Mariana/São Paulo (SP)

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