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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Série: A HISTÓRIA DE UMA MENSAGEM (26.ª Parte)


“A Certeza definitiva de que a vida continua”
(26.ª Parte)

A história da mensagem de hoje nos faz recuar a 16 de agosto de 1980, na cidade de Bragança Paulista, SP. Passava do meio dia e a jovem acadêmica Selma Robles, terceiranista da Faculdade de Odontologia da Universidade São Francisco, preparava-se para voltar à São Paulo, a fim de passar o fim de semana com os pais no bairro da Mooca, quando começou a sentir forte dor de cabeça. Interpretado, a princípio, como um mal estar passageiro, o fato é que a dor de cabeça foi aumentando e apenas duas horas após o início dos sintomas ela já desencarnava. Diante de um quadro clínico tão avassalador e fatal, os médicos nada puderam fazer, nem mesmo conseguiram chegar a um diagnóstico preciso.
Evidentemente um passamento tão repentino traumatizou a todos, especialmente por tratar-se de uma moça reconhecida como meiga, calma e sempre alegre, muito querida por familiares e colegas.

Após inúmeras idas a Uberaba, por fim, na reunião de 29/09/84, quatro anos depois, seus pais receberam uma mensagem da filha, na qual ela reafirma seu grande amor aos pais queridos e, ao mesmo tempo, solicita-lhes mais entendimento e aceitação das Leis de Deus que determinaram seu regresso à Vida Espiritual.
FAMILIARIDADE.
“Contar-lhes o que foi a minha surpresa, ante o desligamento do corpo que me prendia, será um capítulo demorado na minha história, e, por isso, querida mãezinha, estou na certeza de que isso não interessa. Quando me vi longe do corpo, intuitivamente tudo compreendi. Minha avó Amália, que se me deu a conhecer, falou por mim o que eu desejaria perguntar...
O aneurisma fora um problema insopitável. Deu-me todos os detalhes do tratamento e se referia à bondade dos médicos que me amparavam sem possibilidade de me socorrer”.

Selma revela em sua carta certa familiaridade com as experiências de desdobramento, pois, em outra situação ver-se afastada do corpo seria motivo de pânico. A pronta intervenção da avó que ela não conhecera em vida foi outro fator que contribuiu para a tomada de consciência da jovem. Pelo que se percebe, todas essas impressões se deram ainda durante o período em que seu corpo físico não se encontrava morto para esta vida.
ESCLARECIMENTO.
“Desfeita a estrutura do processo enfermiço que me tomava a vida mental, o tumor adquiriu o destaque que não me deixava lugar a qualquer engano.
Compreendo que a ruptura do tumor, que eu trazia sem perceber, represara de sangue todas as áreas de meu cérebro e as explicações da vovó Amália se fizeram para mim somente a confirmação do que eu percebera, mas tudo em torno de mim era diferente.
As saudades de casa invadira minha alma toda e não consegui resistir às lágrimas que me vinham do coração”.
Curiosa também esta parte da mensagem, pois projeta luz sobre a causa-mortis da jovem, diagnóstico não concluído pelos médicos que se viram impotentes ante a rapidez com que tudo se processou.
FÁCIL E DIFÍCIL.
“A desencarnação, em meu caso, fora tão fácil, mas a libertação se consumou com muita dificuldade. Não posso negar aos pais queridos que lhes chorei a falta nas saudades do papai e da Liede, durante muitos dias... O círculo das orações que me rodeava, no entanto, fortaleceu-me de novo para que pudesse pensar e ser-lhes útil”.

Selma nos reafirma a grande diferença e distância existente entre o morrer e o desencarnar, situações totalmente diferentes. Para ser considerado morto basta a extinção das atividades cerebrais, porém para se desencarnar é necessária a superação de uma série de barreiras psicológicas, emocionais e mesmo físicas.
SEM SEQUELAS.
“Da doença que se ocultou tão bem no meu cérebro nada mais me incomoda e, por isso, peço ao Papai e ao seu carinho de mãe a paz de que necessito, porquanto se me entregarem a Deus, como preciso, estou certa de que os meus laços com a vida familiar não me doerão tanto no campo da própria alma”.
Selma garante aos pais não experimentar nenhum tipo de seqüela do acidente vascular de que fora vítima no seu processo desencarnatório. Afinal cinco anos haviam se passado e o tipo de morte de que foi vítima apenas representou a culminância de um programa cármico que cumpria na atual encarnação.
ACEITAR É PRECISO.
“As lágrimas de meu pai Florial me atingem o coração, quase que por gotas de fogo, porquanto sei a extensão do afeto com que sempre me esperou o crescimento para a vida, se possível para o trabalho junto dele mesmo”.
Neste ponto de sua carta Selma chama-nos, mais uma vez, a atenção para o quanto as mentalizações dos entes queridos transformavam-se em aflição e dor para ela no outro lado da vida. Daí a razão de precisarmos difundir este tipo de informação para que a aceitação seja a reação a ser cogitada e implementada por aqueles que ficam na retaguarda do Plano Físico.
A íntegra desta e outras mensagens poderá ser lida no livro VOZES DA OUTRA MARGEM, IDE.


“INFORMAÇÃO”:
REVISTA ESPÍRITA MENSAL
ANO XXXII N° 388
JANEIRO 2009
Publicada pelo Grupo Espírita “Casa do Caminho” -
Redação:
Rua Souza Caldas, 343 - Fone: (11) 2764-5700
Correspondência:
Cx. Postal: 45.307 - Ag. Vl. Mariana/São Paulo (SP)


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