Joanna de Ângelis
Alegações
ponderosas que merecem consideração vêm sendo arroladas para
justificar-se a planificação familiar através do uso dos
anti-conceptivos de variados tipos. São argumentos de caráter
sociológico, ecológico, econômico, demográfico, considerando-se
com maior vigor os fatores decorrentes das possibilidades de
alimentação numa Terra ti da como semi -exaurida de recursos para
nutrir aqueles que se multiplicam geometricamente com espantosa
celeridade...

Sem
dúvida, estamos diante de um problema de alta magnitude, que deve
ser. Todavia, estudado à luz do Evangelho e não por meios dos
complexos cálculos frios da precipitação materialista.
O
homem pode e deve programar a família que deseja e lhe convém ter:
número de filhos, período propício para a maternidade, nunca,
porém, se eximirá aos imperiosos resgates a que faz jus, tendo em
vista o seu próprio passado.
Melhor
usar o anti-conceptivo do que abortar.

Irrisão,
porém, porquanto as Soberanas Leis da Vida dispõem de meios para
fazer que aqueles rejeitados venham por outros processos à porta dos
seus devedores ou credores, em circunstancias quiçá mui dolorosas,
complicadas pela irresponsabilidade desses cônjuges que ajam com
leviandade, em flagrante desconsideração aos códigos divinos.
Assevera-se
que procriar sem poder educar, ter filhos sem recursos para
cuidá-los, aumentando, incessantemente, a população da Terra,
representa condená-los à miséria e a sociedade do futuro a destino
inditoso...

Ninguém
pode formular uma perfeita visão do porvir para a Humanidade, e os
futurólogos que aí se encontram têm estado confundidos pelas
próprias apreensões, nas surpresas decorrentes da sucessão dos
acontecimentos ainda nos seus dias...
A
cada instante recursos novos e novas soluções são encontrados para
os problemas humanos.

Não
desejamos aqui reportar-nos às guerras de extermínio, que o próprio
homem tem engendrado e de que se utiliza a Divindade para manter o
equilíbrio demográfico, nem tão pouco às calamidades sísmicas
que irrompem cada dia voluptuosas, convidando a salutares reflexões.
Quando
um filho enriquece um lar, traz com ele os valores indispensáveis à
própria evolução, intrínseca e extrinsecamente.
A
cautela de que se utilizam alguns pais, aguardando comodidade
financeira para pensar na progenitura, nem sempre é válida, graças
às próprias vicissitudes que conduzem uns à ruína econômica e
outros à abastança por meios imprevisíveis.
A
programação da família não pode ser resultado da opinião
genérica dos demógrafos assustados, mas fruto do diálogo franco e
ponderado dos próprios cônjuges, que assumem a responsabilidade
pelas atitudes de que darão conta.

A
chamada necessidade do "amor livre" vem impondo o uso
desordenado dos anovulatórios, de certo modo favorecendo a
libertinagem humana, a degenerescência dos costumes, a
desorganização moral, e, conseqüentemente, social dos homens, que
se tornam vulneráveis à delinquência à violência e às
múltiplas frustrações que ora infelicitam verdadeiras multidões
que transitam inermes e hebetadas, arrojando-se aos abusos
alucinógenos, à loucura, ao suicídio...
Experiências
de laboratório com roedores, aos quais se permitem a procriação
incessante, hão demonstrado que a superpopulação em espaços
exíguos os alucina e os incapacita...Daí defluem, apressados, que o
mesmo se vem dando com o homem, para justificarem a falência dos
valores éticos, e utilizando-se da observação a fim de fomentarem
a necessidade de impedir-se a natalidade espontânea... Em realidade,
porém, os fatos demonstram que, com o homem, o fenômeno não é
análogo.
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