A
Caravela da Vida
Lá vai a caravela
No meio da tormenta
Oh timoneiro
Vê lá se ela aguenta
Ai, meu Capitão
Ela dá cada safanão…
Não vejo a hora de
Pisar firme chão…
Cala-te Homem de
Deus
Com tamanha
desilusão
Arriba-me esse ânimo
Hás-de pisar firme
chão.
Nunca um marinheiro
Perde a confiança
em dobrar com êxito
O Cabo da
Boa-Esperança
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Assim é na vida
Somos naus no mar
Sofrendo ventos e
tormentas
Mas temos de
continuar
O nosso objectivo
É o porto de abrigo
Após a jornada
Após tanto perigo
Mas a jornada,
tem seus encantos
As ondas, as nuvens,
Os peixes, os
recantos…
Pega pois no leme
E segue, Caravela,
Imune a toda
dificuldade
Ergue a tua vela
O vento da esperança
Logo a encherá
Levando-te com
alegria
Ao porto que te
receberá
Após deitar as
amarras
Alegre ancião t’interroga:
Que trazes
marinheiro?
Nessa grande piroga?
Sou marinheiro de
Deus
Trago alegrias,
sofrimentos,
Passei por mil
mares,
E pelo Cabo dos
Tormentos
Trago-te a mais bela
notícia
Que pude aprender:
Marinheiro que não
ame
Não pára de sofrer…
Por isso estou feliz
Por ao porto chegar
Sofri, lutei na vida
Mas consegui amar…
Sejas então
bem-vindo
Descansa um pouco,
irmão
Chegaste à Pátria de
Deus
Que t’aconchega o
coração.
Um navegante da vida
Psicografia recebida
na reunião mediúnica do CCE, Caldas da Rainha, Portugal,
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