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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A MEDIUNIDADE E A JUSTIÇA DIVINA

O JOVEM E SEUS PROBLEMAS

A mediunidade poderia contribuir ou auxiliar a Justiça no caso de crimes, cuja autoria é desconhecida? (Cristiano R. Alves – Vera Cruz, SP).
O momento em que respondemos a esta questão, a televisão americana está apresentando uma série policial, chamada “Médium”; aliás, com alto índice de audiência. E o que mostra nessa série é justamente a atuação de uma médium como auxiliar da ordem e da justiça, na descoberta de pistas que levem aos autores de crimes. Mas, sem dúvida, é apenas uma ficção, fruto da imaginação excitada de seus autores. Entretanto, no Brasil, algumas comunicações mediúnicas, notadamente vindas por intermédio de Chico Xavier, já serviram de base para decisões em tribunais, conforme podemos ler numa das edições da revista CIÊNCIA CRIMINAL. Mas o fato não é comum.
Pelo contrário, os casos nesse sentido são raros. Não são regras, são exceções.
Lendo “A GÊNESE” de Allan Kardec, logo no primeiro capítulo, vamos encontrar um tema muito importante: “Caracteres da Revelação Espírita”. Nesse escrito, que foi o último de Kardec em vida, o autor afirma que não é papel dos Espíritos resolver os nossos problemas. Se assim fosse, seria muito fácil desvendar uma porção de mistérios que até hoje desafia a humanidade. Kardec chega a dizer o seguinte: “Os Espíritos não fazem pelo homem aquilo que o homem deve fazer por si mesmo”. É claro que não poderia ser diferente. De outro modo, como poderíamos evoluir.
Todas as descobertas e realizações humanas se devem ao esforço e à dedicação de pessoas que se entregam de corpo e alma às suas metas de trabalho.
O progresso da humanidade se faz pelo trabalho constante. A ajuda espiritual pode existir, sim, mas aliada ao esforço dos encarnados; não como uma revelação miraculosa ou uma graça que cai do céu por encanto. Isso existe em novelas, filmes e romances. Se o homem recebesse dos Espíritos a solução para os seus problemas, acabaria não tendo problema algum, e, em consequência, não aprenderia, não cresceria, não desenvolveria a sua inteligência. Todavia, sabemos que não é assim. E não é assim por dois motivos.
Primeiro, porque os Espíritos são apenas seres humanos desencarnados, tão bem ou tão mal informados como nós, os encarnados. Os Espíritos não sabem tudo, como muita gente pensa. Suas limitações são como as nossas, pois o mundo espiritual é muito parecido com o mundo em que vivemos. Kardec diz: há Espíritos de grandes conhecimentos, como há homens de notável saber; há Espíritos de conhecimento mediano, como a maioria dos homens; e há também Espíritos ignorantes e vaidosos como muita gente por aqui. Aliás, convivemos com os Espíritos que se parecem conosco em idéias e interesses. Em segundo lugar, os Espíritos mais esclarecidos aqueles que detêm verdades mais amplas e mais profundas que as nossas são cautelosos em relação às descobertas, pois eles são os responsáveis pelo progresso da humanidade. Desvendar um crime ou fazer uma descoberta científica são metas que impulsionam o homem ao seu progresso intelectual. A espiritualidade superior assiste a essas realizações com muito interesse, mas não adianta ao homem aquilo que é fundamental para o seu crescimento, do mesmo modo que um professor não vai dar a resposta do problema ao aluno, tirando-lhe a oportunidade de empregar seu próprio esforço, com o qual vai desenvolver a inteligência.

INFORMAÇÃO”:
REVISTA ESPÍRITA MENSAL
ANO XXXIII N° 387
DEZEMBRO 2008
Publicada pelo Grupo Espírita “Casa do Caminho” -
Correspondência:

Cx. Postal: 45.307 - Ag. Vl. Mariana/São Paulo (SP)

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