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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

VERDADES E LENDAS SOBRE O NATAL

Jason de Camargo


Calendário de Philocalus
O Natal, segundo consta, só foi aparecer na data de 25 de dezembro do ano de 354, época em que o calendário de Philocalus foi oficializado pelo Papa Júlio I. Nos séculos anteriores essa festa era comemorada ora a 6 de janeiro, ora a 25 de março e, em alguns lugares, a 25 de dezembro.
Aconteceu aí um fato interessante. A Roma pagã festejava no dia 25 de dezembro o solstício ou Festa do Sol. Como o papa Júlio I desejava encobrir esse tipo de festejo, ele optou por adotar o 25 de dezembro como a data que celebra o nascimento do Cristo, isto é, procurava ofuscar uma festa pagã pelo surgimento de uma festa cristã. Muitas igrejas orientais não aceitaram a troca da data e permaneceram comemorando o Natal no dia 6 de janeiro. No entanto, predominou o dia 25 de dezembro e ele permanece até nossos dias.
Componentes do Natal
Com o tempo, foram sendo colocados elementos novos nas festas natalinas. Alguns deles acabaram desfigurando o caráter mais espiritual dessa data tão significativa para a humanidade.
A troca de presentes foi inspirada, inicialmente, nas ofertas feitas a Jesus pelos Reis Magos. O papa Bonifácio, no século VII, criou o hábito de distribuir pães aos pobres no dia de Reis. Aos poucos os presentes foram surgindo no lugar dos pães e, até hoje, esse costume permanece no Natal.
O presépio surgiu pelos idos de 1223, nas cercanias de Greccio , na Itália, quando Francisco de Assis o projeta para retratar o nascimento de Jesus na manjedoura. A partir daí ele foi incorporado no dia máximo da cristandade.
A canção “Noite Feliz”surgiu em 1818 numa igreja da Áustria. Com o tempo ela foi difundida por todo o mundo.
O Papi Noel foi mais uma criação do Velho Continente.
As suas vestes, típicas de clima frio em dezembro, foi incorporada a essa data de profunda espiritualidade.
Como se observa, o Natal foi recebendo inserções que desfiguraram o sentido original de sua criação. No entanto, o aniversariante está sendo cada vez mais esquecido pelas famílias e trocado pela figura do Papai Noel. Não pretendemos eliminar os aspectos positivos que envolvem as reuniões familiares no transcurso do Natal mas, sim, sugerir a retirada excessiva da materialidade que permeia essas reuniões e realçar para que não esqueçam do aniversariante que se chama Jesus.


U.S.E. Intermunicipal Bauru
Boletim
Informativo
Ano XXXIV, nº 405

Dezembro de 2006

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