Nos mais
complexos e nos mais simples elementos da Natureza, encontramos o desafio à ação.
Um
transatlântico erigir-se-á por maravilha da técnica, efetuada à custa de
centenas de artífices, mas, se não enfrenta os perigos do mar alto, em auxílio
do homem, descansará indefinidamente no cais, à feição de prodígio em ponto
morto.
Uma biblioteca
se destacará por celeiro de ensinamentos, reunindo os melhores autores, mas, se
não é compulsada na formação de cultura, estará reduzida à condição de mausoléu
do pensamento.
De maneira
análoga, temos a convicção espírita em nossas vidas. Ela poderá representar a dádiva
de numerosos benfeitores desencarnados, o apoio de muitos amigos, a cura de
males diversos ou o tesouro de consolação acumulado por abençoadas revelações
medianímicas,
mas, se não
rende serviço aos semelhantes ou educação em nós mesmos, não passará de promessa
inútil.
É certo que,
para atravessar os oceanos ou adquirir instrução na Terra, carecemos de barcos seguros
e bons livros, os quais, aliás, não teriam maior significação, fora das regras
de proveito e de uso.
De modo
idêntico, sem a idéia espírita, ainda mesmo disfarçada sob conceitos
diferentes, não alcançaremos a luz da fé raciocinada, capaz de descerrar-nos
caminhos à verdade que nos fará livres; entretanto, somos forçados a reconhecer
que não vale a escola do bem, sem a vivência no bem, como em nada adianta planejar
sem fazer.
Albino
Teixeira
CAMINHO ESPÍRITA –
FRANCISCO
CÂNDIDO XAVIER
- AUTORES
DIVERSOS
“O livro
penetra sem alarde os santuários da arte e da cultura, da sublimação e do
progresso.
É alma
pensamento esperança e consolo”.
Emmanuel –
Cartas do Coração
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