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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

O LIVRO DOS MÉDIUNS – Capítulo I - Existem Espíritos?

O LIVRO DOS MÉDIUNS

Primeira Parte
 Noções Preliminares
 – Capítulo I - Existem Espíritos?

Os Espíritos existem ? Normalmente ficamos em dúvida quando deparamos com a questão sobre a existência de Espíritos e isto mostra claramente que desconhecemos a sua verdadeira natureza. Os Espíritos são considerados como algo à parte - fora da Criação; fazem parte de estórias fantasiosas, constam de romances, geram situações de constrangimento, de medo, contudo não existe a preocupação de buscar do que se trata, o que se quer dizer, se existe um fundo de verdade na estória ou situação apresentada. E, para evitar maiores trabalhos, são rejeitados sem a mínima consideração como se fosse uma coisa absurda.  Não importa a idéia que se faça DELES. A convicção que existem origina do fato de haver um Princípio Inteligente habitando o Universo, afora a matéria; o que coloca em cheque, isto e, contradiz frontalmente, o princípio da sua não existência.

Racionando, chegaremos a conclusões inimagináveis que poderão ser comprovadas, uma vez admitirmos a existência , a individualidade e a sobrevivência da alma não de forma dogmática, mas pela experiência e a observação.

O Espírito ( a Alma), tem si mesmo uma forma de energia pura e sutil que não podemos captar e analisar através de aparelhos materiais.

Na teoria espírita é o princípio inteligente dotado de potencialidades insuspeitáveis.

Em nossa condição evolutiva, só conhecemos o Espírito por suas manifestações por suas energias usadas, mas essas energias não são o Espírito e sim as forças de que ele se serve.  A essência do ser é uma realidade que escapa a todas as possibilidades cognitivas da ciência.  No Espiritismo nos socorremos da expressão princípio inteligente para definir essa essência e sua natureza, porque a inteligência como poder capaz de penetrar na essência das coisas e nos dar o conhecimento, é o seu aspecto mais evidente para nós.

Na verdade, só nos conhecemos pelos efeitos do que somos, não pelo que somos. Por exemplo, é o espírito (a alma) que move o corpo quando pensa, quando corre, quando pula , quando ama, quando gosta, quando fica alegre e quando fica triste; enfim o espírito dá vida ao corpo.

Se admitirmos a existência da alma e sua individualidade, após a morte, é necessário aceitar também que a sua natureza é diferente da natureza do corpo, bem como que possui consciência própria já que atribuímos a ela a capacidade de ser feliz ou infeliz.

E, acrescentar a isso que, após o desligamento do corpo material a alma juntamente com sua individualidade terá que ir para um lugar onde possa estar. O que traz mesmo a curiosidade é saber que lugar é esse e o que será feito dela? Chega a ser um temor não saber e não ter certeza do que poderá ocorrer.

Há uma antiga crença que diz que vai para o céu ou para o inferno, mas nós não os conhecemos senão pelas noções de religião de nos foram passadas; e essa noção não é suficiente para dar ao homem uma tranqüilidade racional.

O homem insuficientemente esclarecido teme o que poderá ocorrer porque não tem noção da vida futura.

A vida futura para eles é uma idéia vaga, antes uma probabilidade do que certeza absoluta, acreditam que o presente é positivo, que deve se ocupar dele em primeiro lugar e que o futuro virá por sua vez.

Então, como compreender o céu de estrelas após termos aprendido que o nosso planeta não é o centro do Universo, que o nosso próprio sol nada mais é que um entre milhões de sois que brilham no infinito, sendo cada qual um o centro de um turbilhão planetário?

A razão se recusa a acreditar nessa inutilidade dos cosmos e tudo parece mostrar que esses mundos são também habitados.

O que foi feito da antiga importância da terra que a alma habitava, agora perdida nessa imensidade? Qual seria o motivo porque a terra - esse grão de areia - seria o único povoado habitado por seres racionais?

Novamente retornamos à pergunta: em que se tornam as almas depois da morte do corpo e para onde vão?

O desenvolvimento da Astronomia e da Geologia destruíram as suas antigas moradas e a teoria racional da diversidade dos mundos habitados lançou-as ao infinito.

Não existindo um acordo entre a doutrina que busca localizar as almas e os resultados fornecidos pelas ciências, temos que aceitar um conjunto de princípios mais lógico que não delimita áreas ou lugares, mas que dá-lhes o espaço infinito. É todo um mundo invisível que nos envolve e no meio do qual vivemos rodeados por eles.

Acreditar que os seres vivos estejam limitados ao ponto que habitamos no Universo, seria por em dúvida a sabedoria de Deus, que nada fez de inútil e deve ter destinado esses mundos a um fim mais sério do que o de alegrar os nossos olhos. Nada, aliás, nem na posição, nem no volume ou na constituição física da terra, pode razoavelmente levar-nos à suposição de que ela tenha o privilégio de ser habitada com exclusão de tantos milhares de mundos semelhantes.  As condições de existência dos seres nos diferentes mundos devem ser apropriadas ao meio em que tem de viver. Se nunca tivéssemos visto peixes, não compreenderíamos como alguns seres pudessem viver fora da água. O mesmo acontece com os outros mundos, que sem dúvida contêm elementos para nós desconhecidos.

Na próxima edição continuaremos com o estudo do Capítulo I – Existem Espíritos?

Bibliografia

Kardec, Allan – O Livro dos Médiuns,
Pires, J. Herculano – Mediunidade,
Mello, Cleo de Albuquerque – O Espírito,
Kardec, Allan - O Livros dos Espíritos.

Elisabeth Maciel Agosto / 2001

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