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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Programa 1 # Tomo I # Modulo Ii # Roteiro 7 # Maria Mae De Jesus..2

Programa 1 # Tomo I # Modulo Ii # Roteiro 7 # Maria Mae De Jesus..2

MARIA MAE DE JESUS

RETRATO DE MARIA

Algum tempo após tomarmos conhecimento de um novo quadro de Maria, a Mãe de Jesus, divulgado num programa da TV Record, de São Paulo, com a presença de Francisco Cândido Xavier, procuramos esse médium amigo para colher dele maiores esclarecimentos sobre a origem do mesmo.

Contou-nos, então, Chico Xavier, no final da reunião pública do Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, na noite de 1º de dezembro de 1984, que, com vistas às homenagens do Dia das Mães de 1984, o Espírito de Emmanuel ditou, por ele, um retrato falado de Maria de Nazaré ao fotógrafo Vicente Avela, de São Paulo. Esse trabalho artístico foi sendo realizado aos poucos, desde meados de 1983, com retoques sucessivos realizados pela grande habilidade de Vicente, em mais de vinte contatos com o médium mineiro, na Capital paulista.

Em nossa rápida entrevista, Chico frisou que a fisionomia de Maria, assim retratada, revela tal qual Ela é conhecida quando de Suas visitas às esferas espirituais mais próximas e perturbadas da crosta terrestre; como, por exemplo, disse-nos ele, na Legião dos Servos de Maria, grande instituição de amparo aos suicidas descrita detalhadamente no livro Memórias de um Suicida, recebido mediunicamente por Yvonne A. Pereira.

E, ao final do diálogo fraterno, atendendo nosso pedido, Chico forneceu-nos o endereço do fotógrafo-artista, para que pudéssemos entrevistá-lo oportunamente, podendo assim registrar mais algum detalhe do belo trabalho realizado.

De fato, meses após essa entrevista, tivemos o prazer de conhecer o sr. Vicente Avela, em seu próprio ateliê, há 30 anos localizado na Rua Conselheiro Crispiniano, 343, 2º andar, na Capital paulista, onde nos recebeu atenciosamente.

Confirmando as informações do médium de Uberaba ele apenas destacou que, de fato, não houve pintura e sim um trabalho basicamente fotográfico, fruto de retoques sucessivos num retrato falado inicial, tudo sob a orientação mediúnica de Chico Xavier.

Quando o sr. Vicente concluiu a tarefa, com a arte final em pequena foto branco-e-preto, ele a ampliou bastante e coloriu-a com tinha a óleo (trabalho em que é perito, com experiência adquirida na época em que não havia filmes coloridos e as fotos em preto-e-branco eram coloridas a mão), dando origem à tela que foi divulgada.

Nesse encontro fraterno, também conhecemos o lindo quadro original à vista em parede de seu escritório, e ao despedirmo-nos, reconhecidos pela atenção, o parabenizamos por esse árduo e excelente trabalho, representando mais uma notícia da vida espiritual de Maria de Nazaré, que continua amparando com imenso amor maternal a Humanidade inteira.

Hércio M. C. Arantes   -  Fonte: Anuário Espírita 1986

 MARIA NA SAGRADA ESCRITURA

A fonte para o conhecimento da Virgem Maria é o Novo Testamento (Evangelhos, Atos dos Apóstolos e carta aos Gálatas), onde o nome aparece na forma grega, Marían, correspondente ao hebraico Miryam, de significado incerto. O significado semítico primitivo parece ser o de «excelsa», «augusta». Entre os evangelistas, os que dão mais notícias são São Lucas e São Mateus, que dedicam mais espaço à infância de Jesus. Ao lado dos dados, na verdade poucos, fornecidos pelos Evangelhos, a tradição cristã buscou outros nos evangelhos apócrifos, por exemplo, nos que se referem à infância de Jesus, como o Proto-evangelho de Tiago, no «Trânsito da Beata Virgem Maria» e no «Apocalipse da Virgem Maria».

O Novo Testamento nos diz que Maria era uma humilde mulher do povo hebreu, uma pessoa concreta, historicamente verossímil, longe de qualquer invenção idealizante. Os dados estritamente biográficos que derivam desses textos da Escritura dão conta, de fato, de que ela era uma mulher jovem, pertencente à tribo de Judá e à descendência de Davi. Nasceu provavelmente em Jerusalém, casou-se com um carpinteiro, José, e morava em Nazaré, um vilarejo da Galiléia, de onde saiu para se submeter ao censo em Belém. No tempo de Herodes, deu à luz um filho, Jesus, que teve de defender da tirania do rei, primeiro com a fuga para o Egito e, depois, retirando-se a Nazaré. Segundo a tradição, seus pais foram Joaquim e Ana. A historicidade de Maria, confirmada também pelas recentes descobertas arqueológicas, faz dessa Mulher a garantia da realidade da encarnação de Cristo. O lugar que Maria ocupa na Bíblia é discreto: ela aparece totalmente em função de Cristo e não por si mesma. Todavia, os dados certos que as sagradas Escrituras nos fornecem dizem-nos que Maria é Santa, Virgem e Mãe do Salvador.

MARIA NA IGREJA

No início do primeiro período da Igreja, a mãe de Jesus existe e vive nessa Igreja sem que dela se faça explícita menção. Desde a morte do apóstolo João até o concílio de Éfeso, vão ficando progressivamente mais claras, sobretudo na Igreja do Oriente, a maternidade divina de Maria, sua virgindade integral e sua santidade. O tema do paralelismo Eva-Maria, já sugerido pelos apóstolos Lucas e João, é esboçado por São Justino, em meados do século II, e desenvolvido depois por Ireneu. Em relação direta com a definição dada no concílio de Nicéia (325) sobre a divindade de Jesus Cristo está a definição do concílio de Éfeso (431) sobre Maria Mãe de Deus (Theotokos), pela união indissolúvel da natureza divina e humana no filho. A essas definições junta-se a verdade de Maria sempre Virgem proclamada em Constantinopla (553) e em Roma (649). Nessa sua virgindade, Maria representa a figura da Igreja, ou o protótipo da fé viva que traz fruto. A doutrina, com um trabalho lento e oscilante, irá desenvolvendo ulteriormente suas formulações sobre Maria, enriquecendo pouco a pouco o esboço inicial. A santidade de Maria preanunciada no Gênesis (3,15) e declarada durante a Anunciação (Lc 1,28), levou, em 1854, à definição dogmática de sua imaculada conceição por força da antecipação nela dos efeitos da Redenção. O tema da santidade original de Maria, apresentado por Santo Agostinho no decurso de seu conflito com os pelagianos, foi acolhido pela Igreja do Oriente inclusive com celebrações especiais, mas por longo tempo visto com suspeitas no Ocidente; será preciso chegar até 1439, com o concílio de Basiléia, para vê-lo reproposto. Mas o dogma não foi formalizado, pois Basiléia opunha-se a Roma, provocando o pequeno cisma do Ocidente.

Com a deflagração da crise protestante, os concílios seguintes não tratarão mais da questão mariana de modo significativo. O impulso mariano retomou vigor nos séculos XVII e XVIII, até como reação às dúvidas suscitadas pelo protestantismo. Nesse clima, não isento de excessos e de absolutizações indevidas, repropôs-se a questão da imaculada conceição, que se tornou dogma de fé com Pio IX. Esse ato teve uma espécie de estímulo, e de "imprimatur" depois, de algumas aparições em que Maria se atribuía o título de Imaculada Conceição. Portanto, Deus, ao preservar milagrosamente do pecado essa humilde Mulher, soube conciliar o que humanamente parece inconciliável: maternidade e virgindade integrais, ou seja, físicas e corpóreas. Uma outra verdade da teologia mariana, já presente na história cristã desde o século IV é a assunção, cujo dogma foi definido em 1950. O amor do Filho pela mãe impediu a corrupção de seu corpo e, portanto, Pio XII definiu que ela, "terminado o curso da vida terrena, foi elevada à glória celeste em alma e corpo". Esse dogma é negado pelos protestantes e pela Igreja bizantina, que consideram a assunção de Maria uma crença piedosa e antiga. Outras verdades, embora não tendo sido definidas ainda como dogmas, gozam do pleno consenso da Igreja católica: a Maria é atribuído o título de co-redentora do gênero humano por ter aceito ser a Mãe do Salvador e o de Medianeira pela capacidade de obter graças do Filho, por força da plena co-participação que teve na obra da salvação por Ele realizada: por isso, durante o concílio Vaticano II, foi proclamada "mãe da Igreja" (1964).

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