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sexta-feira, 30 de março de 2018

14. O pensamento de Paulo e o combate ao farisaísmo


**INFORMAÇÃO ESPÍRITA**


A fé sem obras está morta

**14. O pensamento de Paulo e o combate ao farisaísmo**

Neste tópico, entraremos neste quesito do combate de Paulo ao farisaísmo e aos fariseus, sacerdotes, saduceus, dentre outros judeus que davam muito mais importância à prática da forma da legalidade judaica do que o fundo da prática do “amor ao próximo”, ou seja, praticavam todas as liturgias religiosas de seu tempo, mas não colocavam os ensinamentos primordiais em prática.

Partindo desta premissa, será necessário adentrar em alguns comentários dos que aceitam a graça pela fé apenas e intercalar os comentários acerca desta nossa tese do combate de Paulo a este comportamento farisaico e hipócrita de sua época, sendo ele até mesmo um fariseu que combateu os cristãos primitivos, perseguindo-os e até mesmo tirando-lhes a vida, a exemplo de Estevão que morreu aos seus pés. Paulo recebeu primorosos ensinos de Gamaliel, assim como há registros nos livros dos Atos dos Apóstolos.

Ademais, quando defendemos a tese da “fé cega”, não é como uma ofensa, ou como se a fé fosse algo que precisasse ser provada, ou ainda como se não acreditássemos na mensagem de Jesus e muito menos nos ensinos de seus Apóstolos, mas para verificarmos o público alvo de cada ensinamento pregado, por cada um destes porta-vozes de Jesus, com o exame circunstanciado de cada citação e o veredicto de que, a partir desta análise, chegaríamos à “fé inabalável que é capaz de encarar face a face, a razão por todas as eras da Humanidade”, parafraseando Kardec, nos apresentando uma certeza de que só a partir da pesquisa atenta e abrangente, nos aproximamos da realidade dos fatos e, por conseguinte da verdade. Neste intento, chegaríamos a ver com os olhos de ver e testificar o que corroboramos de que “a fé sem obras está morta” e do caráter de julgamento ser “a cada um segundo as suas obras”.

Os que aceitam a graça pela fé apenas citam I Ts 1:2-3, sendo o primeiro verso que cita o próprio apóstolo Paulo, Silvano, Timóteo e à Igreja de Tessalônica como todos estes salvos. Ou seja, na visão dos que aceitam a graça pela fé apenas, “o apóstolo se alegra pela ‘obra da fé’, ‘trabalho do amor’ dos salvos que ali congregavam que mostravam a consequência de sua fé”. Todavia, o apóstolo Paulo lembrava-se em suas orações sem cessar da obra da vossa fé, do trabalho do amor, dos que congregavam em Tessalônica e a fé dava frutos nesta congregação, através da abnegação das obras de amor ao próximo que eles realizavam. Tão logo, vemos o princípio de que a fé sem obras é morta, pois se mostrava a fé, através das boas obras, pois eram lembrados pelas obras de amor ao próximo e não pela fé somente.

Partindo desta premissa, os que aceitam a graça pela fé apenas alegam que Paulo se dirigiu aos que eram cristãos. Todavia, nem todos os cristãos que dizem Senhor, Senhor, entrarão no reino. Ou seja, ter apenas a fé sem a prática não garante a salvação e conscientização, pois é preciso que aquele que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente que edificou a casa sobre a rocha. (Mt 7:22-24). Destarte, faz-se necessário crer e praticar as boas obras.

Sobre o texto de II Co 5:10, esta passagem é aventada pelos que aceitam a graça pela fé apenas que todos os cristãos estão reconciliados por Cristo e por este motivo vão comparecer ao tribunal de Cristo não para a receberem pelas obras do bem que tiverem feito, mas para o que então? Não vemos esta resposta. Segundo os que aceitam a graça pela fé apenas, quando Paulo diz que cada um receberá “segundo suas obras”, esta vem a ser apenas uma exortação. Ora, se é uma exortação, é para que sejam seguidas e praticadas as boas obras, já que segundo Paulo, o objeto do juízo é para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal. Se cada um receberá a recompensa por algo que realizar de bem ou mal, certo é que todos os que praticarem o mal não terão uma boa recompensa. Ademais, se os que aceitam a graça pela fé apenas consideram que das obras que fizemos como já salvos é que nos será recompensado pelo que tiver praticado de mal, certamente não é porque já está salvo, mas pelo simples fato de haver transgredido algum mandamento divino que iremos ter que resgatá-lo. Assim sendo, a tão alegada fé, se não tiver boas obras, certamente está morta e nada produz. A inércia desta mesma fé pode levar a prática do mal.

No texto de Gl 2:16, alegam os que aceitam a graça pela fé apenas que nossos comentários tem a finalidade de justificar as obras da lei mencionadas por Paulo e que estas são obras da lei de Moisés e de Deus respectivamente. Mais adiante, no tópico posterior, iremos analisar os comentários desses que aceitam a graça pela fé apenas acerca do entendimento dele sobre os textos do Paulo Neto e o L. Palhano Jr. Todavia, ainda alega o opositor que “seria interessante observar que Paulo não fala apenas das obras ‘da lei’ como ineficazes para a Salvação, mas de obras como um todo” e com isso vem a citar as passagens de II Tm 1:9 e Tt 3:4-7. Com efeito, Paulo traz inúmeras advertências a estes discípulos, exortando-os:

Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. (I Tm 6:10).

Assim sendo, se o egoísmo, o orgulho e a cobiça é a raiz de todo o mal, a prática das boas obras é o que nos leva ao oposto e que está proposto nos ensinamentos de Jesus e do mesmo foi apresentado por Paulo, já que o mandamento é:

pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida. (I Tm 6:18-19).

A verdadeira vida é esta, crer em Jesus e principalmente praticar os seus ensinamentos, já que “a cada um será dado segundo as suas obras”. Defendem os que aceitam a graça pela fé apenas que: “sendo justificados pela sua graça”, sendo esta graça a oportunidade de viver os ensinamentos morais de Jesus, irretocáveis e persuadidos a pratica das boas obras de “amar ao próximo como a nós mesmos”, ao qual fomos preparados para andar nelas, evidenciadas no Evangelho, entendemos que:

Fiel é esta palavra, e quero que, no tocante a estas coisas, faças afirmação, confiadamente, para que os que têm crido em Deus sejam solícitos na prática de boas obras. Estas coisas são excelentes e proveitosas aos homens. (Tt 3:8).

Ademais:

Agora, quanto aos nossos, que aprendam também a distinguir-se nas boas obras a favor dos necessitados, para não se tornarem infrutíferos (Tt 3:8).

Como comentamos anteriormente, a graça do Mestre consiste em nos dar a oportunidade de ouvir e crer em Seus ensinamentos e principalmente colocá-los em prática, já que a fé sem obras está morta, a fim de não se tornarem infrutíferos, segundo os apóstolos Paulo, Tiago e o Mestre Jesus.

Thiago Toscano Ferrari


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