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domingo, 18 de dezembro de 2011

97 – O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


CAPÍTULO XI: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: ITEM 8 - A LEI DO AMOR

    Novamente Lázaro, o “ressuscitado” por Jesus, irmão de Marta e Maria, traz-nos uma mensagem sublime sobre a Lei Maior, a Lei Do Amor.
             “O amor resume toda a Doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado. No seu ponto de partida, o homem só tem instintos; mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos”.
             Nessas frases, Lázaro resume de uma forma simples e sábia, toda a lei de evolução espiritual do homem, que muitos e muitos, instruídos e ignorantes, ainda não a aceitam.
             O homem primitivo, Espírito encarnado, também primitivo, vindo dos chamados reinos inferiores, iniciando o desenvolvimento da razão e da sensibilidade, traz em si, todos os instintos básicos, necessários ao seu processo evolutivo.
             À medida que vai evoluindo, através dos milênios, esses instintos vão se manifestando, juntamente com a inteligência, com a vontade e com a liberdade.
             O homem passa a viver na busca das sensações que lhe trazem prazer, desprezando as que lhe são desagradáveis, ainda presos às percepções físicas.
             E só bem mais tarde, começa a desenvolver uma sensibilidade espiritual, que lhe permite desenvolver sentimentos em relação ao próximo, não mais só em busca do prazer, dos seus interesses, mas também desejando oferecer algo bom e prazeroso ao outro.
             Assim, os instintos, no decorrer de um longo processo evolutivo, atingirão um ponto em que estarão, nos Espíritos puros, totalmente sublimados, porque o Amor pleno, “o requinte do sentimento” se constituirá no Guia racional e sensível de todas as suas capacidades intelectuais e morais.
             O homem caminha da animalidade para a angelitude, no “autoburilamento, libertando-se das paixões e adquirindo experiências superiores, sublimando as expressões do instinto no tempo em que desenvolve a inteligência e penetra nas potencialidades transcendentes da intuição.” *
             O amor, não no sentido vulgar do termo, “esse sol interior, que reúne e condensa, em seu foco ardente, todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas substitui a personalidade pela fusão dos seres e extingue as misérias sociais.”
             A expressão “substitui a personalidade” deve ser entendida pela substituição do “eu” para “nós”, do egoísmo para o altruísmo, pelo “querer aos outros somente o que se quer para si”, numa “fusão”, integração, que levam os seres que amam a sentir as necessidades e os valores dos outros, dos amados.
             Esse amor, que é a marca dos Espíritos puros, o qual estamos desenvolvendo em nós, ainda numa fase muito incipiente, quando estiver mais presente em maior número de pessoas da humanidade terrena, transformará a Terra em um mundo melhor, sem misérias, sem exclusão social, econômica, educacional e moral.
             O autor escreve sobre a felicidade do que ama, verdadeiramente, “porque não conhece as angústias da alma, nem as do corpo”, visto que não pensa em si, mas nos que ama. “Seus pés são leves, e ele vive como transportado fora de si mesmo.”
             “Quando Jesus pronunciou essa palavra divina – amor – fez estremecer os povos, e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo”.
             O autor continua, esclarecendo que “o espiritismo, por sua vez, veio pronunciar a segunda palavra do alfabeto divino”: reencarnação. Essa não conduz aos suplícios, mas “à conquista do seu ser, elevado e transfigurado”, porque mostra ao homem todo o seu patrimônio intelectual e moral.
             Não fomos criados ao nascer, nem herdamos dos pais o patrimônio intelectual e moral. Renascemos como nos fizemos em vidas passadas, e aqui estamos, para continuar nossa evolução espiritual, retificando nossos erros, burilando-nos, reeducando nossos sentimentos, nossas emoções, aprendendo a usar no bem a nós, aos que conosco convivem e aos demais, essas qualificações intelectuais e morais, que estamos desenvolvendo.
             Tudo isso - e muito mais - podemos fazer, graças à lei divina das vidas sucessivas, que evidencia e prova o amor, a justiça e a misericórdia de Deus.
             Todos nós, habitantes da Terra, encarnados e desencarnados, estamos distantes do alvo a ser atingido, que é conquistar em si, o amor, o “requinte do sentimento”, mas estamos indo, em direção a essa conquista.
             Escreve o autor que os homens que agem dominados pelos instintos, estão mais próximos do ponto de partida do que do de chegada.
             Para prosseguir em direção ao alvo determinado por Deus, mas, de responsabilidade de cada um, segundo seu livre-arbítrio, necessário é vencer os instintos em favor dos sentimentos, ou seja, "aperfeiçoar estes, sufocando os germes latentes da matéria.”
             Não é tarefa fácil, mas necessária, intransferível a outros, imprescindível à paz, à felicidade e ao progresso do ser.
             “Os instintos são a germinação e os embriões dos sentimentos. Trazem consigo o progresso, assim como a bolota oculta o carvalho. Os seres menos adiantados são os que, libertando-se, lentamente, de sua crisálida, permanecem subjugados pelos instintos”.
             Desenvolver os sentimentos nobres deve ser o objetivo de todo espiritualista, que confia na lei da evolução intelectual e moral, compreendendo que esse alvo depende do esforço atual, no aproveitamento maior que se possa fazer nesta existência.
             Assim, o momento melhor para iniciar ou continuar nosso desenvolvimento moral, que é o crescimento do sentimento do amor em nós, é agora, é o momento presente, sempre.

Bibliografia:
KARDEC, Allan -“ O Evangelho Segundo o Espiritismo”
* Angelis, Joanna- Estudos Espíritas, cap. 8, 1º§, médium D.P.Franco

Leda de Almeida Rezende Ebner
Julho / 2009

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