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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

CEIFA DE LUZ - Capítulo 29


Estudo de: João Batista da Costa

Capítulo 29 - Compreensão

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine". Paulo (I Coríntios, 13:1)
O Apóstolo Paulo, conhecedor profundo das necessidades humanas, na busca incessante da paz, estabelece como roteiro seguro a caridade como norma de uma vida feliz.
Em carta aos Coríntios, no Cap. 13 v.2 e seguintes, fala sobre a suprema excelência da caridade. Prossegue ele:
"E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria".
A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata da leviandade, não se ensoberbece.
Neste capítulo o Apóstolo Paulo termina dizendo:
"Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três; mas a maior destas é a caridade".
Emmanuel nesta lição, falando para nós sobre a compreensão, nos diz:
"Parafraseando o Apóstolo Paulo, ser-nos-á lícito afirmar, antes as lutas renovadoras do dia-a-dia; se falo nos variados idiomas do mundo e até mesmo na linguagem do Plano Espiritual, a fim de comunicar-me com os irmãos da terra, e não tiver compreensão dos meus semelhantes, serei qual gongo que soa vazio ou qual martelo que bate inutilmente;
Se cobrir-me de dons espirituais e adquirir fé, a ponto de transplantar montanhas, e não tiver compreensão das necessidades do próximo, nada sou;
E se vier a distribuir todos os bens que acaso possua, a benefício dos companheiros em dificuldades maiores que as nossas, ou entregar-me à fogueira em louvor de minhas próprias convicções, e não demonstrar compreensão, em auxílio dos que me cercam isso de nada me aproveitaria.
A compreensão é tolerante, prestimosa, não sente inveja, não se precipita e não se ensoberbece em coisa alguma. Não se desvaira em ambição, não se apaixona pelos interesses próprios, não se irrita, sem suspeita mal. Tudo suporta, crê no bem, espera o melhor e sofre sem reclamar. Não se regozija com a injustiça e, sim, procura ser útil, em espírito e verdade".
De todas as virtudes, permanecem por maiores a fé, a esperança e a caridade; e a caridade, evidentemente, é a maior de todas; entretanto, urge observar que, se fora da caridade não há salvação, sem compreensão a caridade falha sempre em seus propósitos, sem completar-se para ninguém.
Maria Dolores no livro Alma e Vida nos diz na lição Lembrança Íntima:
"Se souberdes de alguém
Que se afastou do bem,
Nada digas de mal,
Porque não sabes se a pessoa
Que se complica ou se atordoa
Tem algo que lhe agride a limpeza mental.
Se escutares na estrada
Que essa ou aquela criatura vive errada,
Abençoa, trabalha e silencia...
Com referência à tentação e à queda
Ou à calúnia feroz que a tanta gente enreda,
Cada qual tem seu dia.
Se vires chaga ou lama,
Cala-te, faze o bem, asserena-se e ama,
Planta alegria e paz.
De tolerância e amparo no caminho
Ou do braço leal de algum vizinho
Eu preciso e também precisarás.
Lembra a fonte que passa a entregar-se, de todo,
Por mais se lhe arremesse pedra ou lodo,
Ei-la fazendo o bem...
Seja onde for, recorda, alma querida,
Que o próprio Deus, o Pai e Excelso Autor da Vida,
Não despreza ninguém".

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