Estudo de: João Batista da
Costa
Capítulo 31 - Aflição
"Olhai por vós
mesmos..." João (II João, 1:8)
Vivemos tempos
difíceis, onde a
mídia nos apresenta constantemente uma sociedade conturbada, jovens sem
direção, vivenciando experiências nas drogas, a rebeldia tomando
direções
alarmantes, governantes sem escrúpulos e a sociedade muitas vezes se
pergunta
até quando?
Por tudo isto a
aflição toma
conta do ser humano, parece-nos que estamos sem direção.
São tempos de
transformações, e é
necessário não desanimar, há muito amor em tudo, e Jesus se encontra no
leme
desta grande embarcação.
No capítulo XVIII do
livro
"A Gênese", há registro dos momentos em que estamos vivendo:
"Os tempos marcados
por Deus
são chegados, dizem-nos de todos os lados, em que grandes acontecimentos
vão se
realizar para a regeneração da humanidade. Nosso globo, como tudo quanto
existe, está sujeito à Lei do Progresso, progride fisicamente pela
transformação dos elementos que o compõem, e moralmente pela purificação
dos espíritos
encarnados e desencarnados que o povoam. A humanidade terrestre, chegada
a um
destes períodos de crescimento, está totalmente, já há quase um século,
no
trabalho de transformação; é por isso que ela se agita de todos os
lados, presa
de uma espécie de febre, e como que movida por uma força invisível, até
que
retorne seu assento sob nossas bases".
E nestas agitações de
transformações, vem a aflição do ser humano, aturdido com os
acontecimentos do
dia-a-dia.
Em carta da segunda
epistola do
Apóstolo São João ele nos fala do amor, que nos amemos uns aos outros
conforme
nos disse Jesus, e no versículo 8 diz ele:
"Olhais por vós
mesmos, para
que não percamos o que temos guardado; antes, recebamos o inteiro
galardão".
São Lucas, Cap. VI, v.
20 e 21,
escreve as bem aventuranças em que Jesus se dirige aos simples da terra.
"Bem-aventurados vós,
que
sois pobres, porque vosso é o reino dos céus. - Bem-aventurados vós, que
agora
tendes fome, porque sereis saciados. - Ditosos sois vós, que chorais,
porque
rireis".
O Capítulo V d'O
Evangelho
Segundo o Espiritismo nos fala da justiça das aflições, das causas
atuais e
anteriores das aflições. Busquemos somente um pequeno trecho para nossa
reflexão.
O item 4 do referido
livro nos
diz:
"De duas espécies são
as
vicissitudes da vida, ou, se o preferirem, promanam de duas fontes bem
diferentes, que importa distinguir. Umas têm sua causa na vida presente;
outras, fora desta vida.
Remontando-se à origem
dos males
terrestres, reconhecer-se-á que muitos são consequência natural do
caráter e do
proceder dos que os suportam.
Quantos homens caem
por sua
própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e
de
sua ambição!
Quantos se arruínam
por falta de
ordem, de perseverança, pelo mau proceder, ou por não terem sabido
limitar seus
desejos!
Quantas uniões
desgraçadas,
porque resultaram de um cálculo de interesse ou de vaidade e nas quais o
coração não tomou parte alguma!
Quantas dissensões e
funestas
disputas se teriam evitado com um pouco de moderação e menos
suscetibilidade!
Quantas doenças e
enfermidades
decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero!"
E assim, esta lição do
Evangelho
vai nos apresentando a origem de toda a aflição sobre a terra.
Emmanuel, no livro em
estudo
Ceifa de Luz, comenta-nos sobre aflição. Vamos buscar outra lição no
livro O
Espírito da Verdade na lição intitulada Afliges-te:
"Afliges-te com a
vizinhança
do parente menos simpático.
Esqueces-te, no
entanto, dos que
vagueiam sem rumo.
Afliges-te com leve
dor de cabeça
que o remédio alivia.
Esqueces-te, porém,
dos que
carregam a provação da loucura na grade dos manicômios.
Afliges-te por perder a
condução,
no momento oportuno.
Esqueces-te,
entretanto, dos que
jazem detidos em catres de sofrimento, suspirando pelo conforto de se
arrastarem.
Afliges-te pelo erro
sanável da
costureira, na vestimenta que encomendaste.
Esqueces-te, contudo,
daqueles
que ostentam a pele ultrajada de chagas, sem se queixarem.
Afliges-te em casa
porque alguém
te não fez o prato de preferência.
Esqueces-te, todavia,
dos que
varam a noite, atormentados de fome.
Afliges-te com as
travessuras do
filhinho desajustado.
Esqueces-te, contudo,
das
crianças perdidas, ao sabor da intempérie.
Afliges-te por
insignificantes
deveres no ambiente doméstico.
Esqueces-te, porém,
dos que
choram sozinhos, no leito dos hospitais.
Afliges-te, tantas
vezes, por
bagatelas!...
Fita, no entanto, a
retaguarda e,
reparando as aflições dos outros, agradecerás ao Senhor a própria
felicidade
que não conseguias ver".
Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
Rua Rodrigues Alves,588
Vila Tibério - Cep 14050-390
Ribeirão Preto (SP)
CNPJ: 45.249.083/0001-95
Reconhecido de Utilidade Pública pela Lei Municipal nº. 3247/76.
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