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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

“Encontros de Atitudes de Amor” - 2º Momento: O Aprendizado do Amor

Tema: Aprender a Amar
Do livro Laços de Afeto – Caminhos do Amor na Convivência - Ermance Dufuax (Espírito) – Médium: Wanderley S. de Oliveira
(alguns trechos desse maravilhoso capítulo - O destaque em negrito é nosso)
Escutamos freqüentemente frases que constituem atestados de incompatibilidade ou admiração instantânea em relacionamentos, emitidas rotineiramente nas diversas rodas de convivência, definindo alguns sentimentos que temos pelo outro como se fossem predestinados e definitivos.
Convivemos comumente “ao sabor” daquilo que sentimos espontaneamente por alguém.
Consideremos nesse tema que o Amor não é um automatismo do sentir no aprendizado das relações humanas, como se houvessem fatores predisponentes e inderrogáveis para gostar ou não dessa ou daquela criatura.
Amar é uma aprendizagem. Conviver é uma construção.
Não existe Amor ou desamor à primeira vista, e sim simpatia ou antipatia. Amor não pode ser confundido com o sentimento ocasional e especialmente dirigido a alguém. Devemos entendê-lo como O Sentimento Divino que alcançamos a partir da conscientização de nossa condição de operários na obra universal, um “estado afetivo de plenitude”, incondicional, imparcial e crescente.
Ninguém ama só de sentir. Amor verdadeiro é vivido. O atestado de Amor verdadeiro é lavrado nas atitudes de cada dia. Sentir é o passo primeiro, mas se a seguir não vêm as ações transformadoras, então nosso Amor pode estar sendo confundido com fugazes momentos de felicidade interior, ou com os tenros embriões dos novos desejos no bem que começamos a acalentar recentemente.
O Amor é crescente no tempo e uniforme no íntimo, não tem hiatos.
Mesmo entre aqueles que a simpatia brota instantaneamente, Amor e convivência sadia serão obras do tempo no esforço diário do entendimento e do compartilhamento mútuo do desejo de manter essa simpatia do primeiro contato, amadurecendo-a com o progresso dos elos entre ambos.
Sabendo disso, evitemos frases definitivas que declarem desânimo ou precipitação em razão do que sentimos por alguém. Relações exigem cuidados para serem edificadas no Amor, e esse aprendizado exige os testes de aferição nos transcorrer dos tempos.
Se nos guardamos na retaguarda moral e afetiva, esperando que os outros melhorem e se adaptem às nossas expectativas para com eles, a fim de permitirmo-nos amá-los, então, certamente, a noção de gostar que acalentamos é aquela na qual ainda acreditamos que Deus faculta isso com Dom Divino e natural em nossos corações conforme a sua Vontade.
Encontrando-nos nesse patamar de evolução, nada mais fazemos que transferir para o Pai a responsabilidade pessoal do testemunho sacrificial, na criação de elos de libertação junto a quantos esposam nossos caminhos nas refregas da vida. 4
Amor não é empréstimo Divino para o homem e sim aquisição de cada dia na aprendizagem intensiva de construir relacionamentos propiciadores de felicidade e paz.
Espíritas que somos temos bons motivos para crer na força do Amor, enquanto a falta de razões convincentes tem induzido multidões de distraídos aos precipícios da dor, porque palmilham em decidida queda para as furnas do desrespeito, da lascividade, da infidelidade, da vingança e da injustiça, em decrépitas formas de desamor.
A terapêutica do Amor é, sem dúvida, a melhor e mais profilática medicação do Pai para seus filhos na criação. Compete-nos, aos que nos encontramos à mingua de paz, experimentá-la em nossos dias, gerando fatos abundantes de Amor, vibrando em uníssono com as sábias determinações cósmicas estatuídas para a felicidade do ser na aquisição do glorioso e definitivo titulo de Filhos de Deus.
E se esse sentimento sublime carece aprendizagem, somente um recurso poderá promover semelhante conquista: A educação.


Conselho Espírita de São Bernardo do Campo 
“Encontros de Atitudes de Amor” 
Grupo Fraternidade Espírita João Ramalho
Reunião do dia 2 de março de 2008 

Tema Central: Aprendendo a Amar

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