Tema:
Aprender a Amar
Do
livro Laços de Afeto – Caminhos do Amor na Convivência - Ermance Dufuax
(Espírito) – Médium: Wanderley S. de Oliveira
(alguns
trechos desse maravilhoso capítulo - O destaque em negrito é nosso)
Escutamos
freqüentemente frases que constituem atestados de incompatibilidade ou
admiração instantânea em relacionamentos, emitidas rotineiramente nas diversas
rodas de convivência, definindo alguns sentimentos que temos pelo outro como se
fossem predestinados e definitivos.
Convivemos
comumente “ao sabor” daquilo que sentimos espontaneamente por alguém.
Consideremos
nesse tema que o Amor não é um automatismo do sentir no aprendizado das
relações humanas, como se houvessem fatores predisponentes e inderrogáveis para
gostar ou não dessa ou daquela criatura.
Amar
é uma aprendizagem. Conviver é uma construção.
Não
existe Amor ou desamor à primeira vista, e sim simpatia ou antipatia. Amor não
pode ser confundido com o sentimento ocasional e especialmente dirigido a
alguém. Devemos entendê-lo como O Sentimento Divino que alcançamos a partir da
conscientização de nossa condição de operários na obra universal, um “estado
afetivo de plenitude”, incondicional, imparcial e crescente.
Ninguém
ama só de sentir. Amor verdadeiro é vivido. O atestado de Amor verdadeiro é
lavrado nas atitudes de cada dia. Sentir é o passo primeiro, mas se a seguir
não vêm as ações transformadoras, então nosso Amor pode estar sendo confundido
com fugazes momentos de felicidade interior, ou com os tenros embriões dos
novos desejos no bem que começamos a acalentar recentemente.
O
Amor é crescente no tempo e uniforme no íntimo, não tem hiatos.
Mesmo
entre aqueles que a simpatia brota instantaneamente, Amor e convivência sadia
serão obras do tempo no esforço diário do entendimento e do compartilhamento
mútuo do desejo de manter essa simpatia do primeiro contato, amadurecendo-a com
o progresso dos elos entre ambos.
Sabendo
disso, evitemos frases definitivas que declarem desânimo ou precipitação em
razão do que sentimos por alguém. Relações exigem cuidados para serem
edificadas no Amor, e esse aprendizado exige os testes de aferição nos
transcorrer dos tempos.
Se
nos guardamos na retaguarda moral e afetiva, esperando que os outros melhorem e
se adaptem às nossas expectativas para com eles, a fim de permitirmo-nos
amá-los, então, certamente, a noção de gostar que acalentamos é aquela na qual
ainda acreditamos que Deus faculta isso com Dom Divino e natural em nossos
corações conforme a sua Vontade.
Encontrando-nos
nesse patamar de evolução, nada mais fazemos que transferir para o Pai a
responsabilidade pessoal do testemunho sacrificial, na criação de elos de
libertação junto a quantos esposam nossos caminhos nas refregas da vida. 4
Amor não é empréstimo Divino para o homem e sim
aquisição de cada dia na aprendizagem intensiva de construir relacionamentos
propiciadores de felicidade e paz.
Espíritas
que somos temos bons motivos para crer na força do Amor, enquanto a falta
de razões convincentes tem induzido multidões de distraídos aos precipícios da
dor, porque palmilham em decidida queda para as furnas do desrespeito, da
lascividade, da infidelidade, da vingança e da injustiça, em decrépitas formas
de desamor.
A
terapêutica do Amor é, sem dúvida, a melhor e mais profilática medicação do Pai
para seus filhos na criação. Compete-nos, aos que nos encontramos à mingua de paz,
experimentá-la em nossos dias, gerando fatos abundantes de Amor, vibrando em
uníssono com as sábias determinações cósmicas estatuídas para a felicidade do
ser na aquisição do glorioso e definitivo titulo de Filhos de Deus.
E
se esse sentimento sublime carece aprendizagem, somente um recurso poderá
promover semelhante conquista: A educação.
Conselho Espírita de São Bernardo do Campo
“Encontros de Atitudes de Amor”
Grupo Fraternidade Espírita João Ramalho
Reunião do dia 2 de março de 2008
Tema Central: Aprendendo a Amar
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