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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

ATMOSFERA ESPIRITUAL

O padrão dos pensamentos deter­mina o ambiente
Allan Kardec usou o mesmo títu­lo, em sua Revista Espírita de maio de 1867, para abordar a questão da influên­cia dos maus fluidos – produzidos pelos sentimentos contrários à caridade –, que tornam os ambientes desagradáveis e muitas vezes intoleráveis.
Não é outra a causa dos cons­trangimentos que se estabelecem nos relacionamentos, especialmente em grupos onde o ambiente "parece pesar" e surgem as sensações de desconforto. E há que se considerar que a permanência desses "ambientes pesados", carac­terísticos de ondas mentais conflitantes, pode acarretar graves prejuízos morais e mesmo desuniões e danos à saúde, já que desencadeadores de obsessões.
A abordagem do Codificador é extremamente lúcida e coerente. Selecionamos alguns trechos ao leitor, indicando, todavia, a fonte original para leitura e estudo na íntegra, conforme citado no primeiro parágrafo.
"(...) sabemos que, numa reunião, além dos assistentes corporais, há sempre auditores invisíveis; que sendo a impermeabilidade uma propriedade do organismo dos Espíritos, estes podem achar-se em número ilimitado num dado espaço. (...) Sabe-se que os fluidos que emanam dos Espíritos são mais ou menos salutares, conforme seu grau de depuração. Conhece-se o seu poder curativo em certos casos e, também, seus efeitos mórbidos de indivíduo a indivíduo. Ora, desde que o ar pode ser saturado desses fluidos, não é evidente que, conforme a natureza dos Espíritos que abundam em determinado lugar, o ar ambiente se ache carregado de elementos salutares ou malsãos, que devem exercer influências sobre a saúde física, assim como sobre a saúde moral? Quando se pensa na energia da ação que um Espírito pode exercer sobre um homem, é de admirar-se da que deve resultar de uma aglomeração de cente­nas ou milhares de Espíritos? Esta ação será boa ou má conforme os Espíritos derramem num dado meio um fluido benéfico ou maléfico, agindo à manei­ra das emanações fortificantes ou dos miasmas deletérios, que se espalham no ar. Assim se pode explicar certos efeitos coletivos, produzidos sobre massas de indivíduos, o sentimento de bem-estar ou de mal-estar, que se experimenta em certos meios, e que não tem nenhuma causa aparente conhecida, o entusias­mo ou o desencorajamento, por vezes a espécie de vertigem que se apodera de toda uma assembléia, de toda uma cidade, mesmo de todo um povo. Em razão do seu grau de sensibilidade, cada indivíduo sofre a influência desta atmosfera viciada ou vivificante. Por este fato, que parece fora de dúvida e que, ao mesmo tempo que a teoria e a experiência, nós achamos nas relações do mundo espiritual com o mundo material, um novo princípio de higiene, que, sem dúvida, um dia a ciência fará entrar em linha de conta.(...)"
Ora, o trecho transcrito é por demais claro. Ele remete a outras tantas considerações, impossíveis de serem trazidas ao simples espaço de um artigo. Mas poderíamos ponderar sobre como subtrair-se a estas influências (e Kardec aborda isso na continuidade do texto).
O fato concreto é que somos sem­pre responsáveis pelo tipo de influência que atraímos ou alterações que produzi­mos nos fluidos que nos circundam por força dos sentimentos e pensamentos que cultivamos.
Numa assembléia, pequena ou numerosa, o padrão dominante dos pensamentos é fator decisivo para deter­minar o tipo de sensação que vigorará "no ar" daquele ambiente. Alterá-lo tam­bém é tarefa dos mesmos pensamentos e sentimentos. Fruto da perseverança no bem e no reconhecimento dos valores que conduzem ao estabelecimento da harmonia na convivência.
Uma vez mais surge a necessidade da melhora moral como único recurso de vivermos melhor.
Orson Peter Carrara

O ARAUTO
ANO XIV – Nº 82 – JANEIRO/FEVEREIRO – 2011
PUBLICAÇÃO BIMESTRAL
ÓRGÃO OFICIAL DA USE – INTERMUNICIPAL DE PIRACICABA
Sede e correspondência:
Rua 15 de Novembro, 944 14º andar – sala 143

13400‑370 – Piracicaba ‑ SP 

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