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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Eficácia da prece

Folheando o Evangelho


Seja o que for que peçais na prece, crede que a obtereis e concedido vos será o que pedirdes.  (Marcos, cap. XI, v. 24.).
Há quem conteste a eficácia da prece, com fundamento no princípio de que, conhecendo Deus as nossas necessidades, inútil se torna expô-las. E acrescentam os que assim pensam que, achando-se tudo no Universo encadeado por leis eternas, não podem as nossas súplicas mudar os decretos de Deus... Se assim fosse, nada mais seria o homem do que instrumento passivo, sem livre-arbítrio nem iniciativa... Sendo o homem livre de agir num sentido ou noutro, seus atos lhe acarretam, e aos demais, consequências subordinadas ao que ele faz ou não. Há, pois, devidos à sua iniciativa, sucessos que forçosamente escapam à fatalidade e que não quebram a harmonia das leis universais...
Desta máxima: “Concedido vos será o que pedirdes pela prece”, fora ilógico deduzir que basta pedir para obter e injusto acusar a Providência se ela não acede a toda súplica que se lhe faça... É como um pai criterioso que recusa ao filho o que seja contrário aos seus interesses. Em geral, o homem só vê apenas o presente; ora, se o sofrimento é de utilidade para sua felicidade futura, Deus o deixará sofrer, como o cirurgião deixa que o doente padeça as dores de uma operação que lhe trará a cura.


Extraído de  O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, cap. XXVII, itens 5, 6 e 7.

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